segunda-feira, maio 24, 2010

Estrangeiros tem participação importantes nas usinas

Complementando o post anterior, encontrei os artigos do Portal Exame e do BrasilAgro que comentam sobre a participação de capital internacional em operações de açúcar e álcool no Brasil:

Participação de estrangeiros em açúcar e álcool triplica em três anos
Crise do setor e boas perspectivas do etanol incentivaram a entrada do capital externo em 22% das usinas

São Paulo - A participação de estrangeiros no setor de açúcar e álcool triplicou nos últimos três anos. Na safra 2007/2008, apenas 7% das usinas contavam com alguma presença de capital externo - seja como controlador, seja como minoritário. Já na safra 2010/2011, essa porcentagem deve chegar a 22%. A estimativa é de um estudo da União da Indústria da Cana de Açúcar (UNICA) citada pelo consultor Eduardo Chaim, da Dextron.

Chaim também coordenou uma pesquisa sobre o setor. O trabalho mostra que a tendência é de aumento da participação estrangeira entre os maiores grupos do setor, à medida que a concorrência se torne mais acirrada. Gigantes como a americana ADM, a britânica British Petroleum e a Noble Group, de Hong Kong, devem investir na ampliação de suas operações locais. Para Chaim essa competição vai melhorar a competitividade do setor, porque os estrangeiros contam com estruturas mais profissionais e ferramentas de gestão mais modernas que a maioria das empresas brasileiras.

O estudo não detectou nenhuma preferência dos grupos estrangeiros por usinas maiores ou menores. A Shell, por exemplo, entrou no setor por meio de uma joint-venture com a Cosan, que é a segunda maior empresa do setor, já a British Petroleum adquiriu 50% da usina Tropical Bioenergia, segundo Chaim, que não está entre as maiores.

Isso não quer dizer que os estrangeiros estejam fora das primeiras posições do ranking do setor. A pesquisa lembra que, dos cinco maiores grupos sucroalcooleiros do país, quatro contam com estrangeiros em seu capital – a Cosan, Louis Dreyfys, Bunge e Guarani.

Histórico

As primeiras incursões estrangeiras no setor ocorreram no início desta década, com a chegada dos franceses Louis Dreyfus, em 2000 e Tereos em 2002. A entrada de empresas estrangeiras se intensificou a partir de 2005, quando o etanol despontou no mercado internacional como uma fonte de energia renovável, impulsionado pela alta do petróleo, segundo Chaim.

Empresas de diversos países atuam no setor sucroalcooleiro brasileiro, segundo a Dextron, como China (Noble), Espanha (Abengoa), Estados Unidos (ADM, Bunge), França (Louis Dreyfus, Tereos), Holanda (Shell), Inglaterra (British Petroleum, Clean Energy Brazil) e Japão (Mitsubishi, Sojitz).(Beatriz Olivon da Exame.com)

Estrangeiros já controlam as maiores do setor sucroalcooleiro no Brasil
Estudo da Dextron aponta ainda que a tendência é de aumento da participação do capital estrangeiro nos grande grupos.

Quatro dos cinco maiores grupos sucroalcooleiros que atuam no Brasil – Cosan, Louis Dreyfus, Bunge e Guarani – possuem pelo menos 50% de controle estrangeiro. Essa é uma das conclusões de um estudo sobre a concentração de mercado no setor sucroalcooleiro desenvolvido pela Dextron Management Consulting, consultoria especializada em estratégia de negócios.

“Nos últimos cinco anos, o boom do etanol no cenário internacional e a forte posição competitiva do Brasil nesse mercado resultaram em uma série de investimentos de grupos estrangeiros no País”, explica Eduardo Chaim, consultor da Dextron que conduziu o levantamento. Ele acrescenta que, na safra 2005/2006, a situação era bem diferente. “As cinco primeiras posições do ranking de moagem de cana eram ocupadas por empresas de controle nacional: Copersucar, Cosan, Crystalsev, São Martinho e Grupo Carlos Lyra”, acrescenta.

Chaim destaca que o estudo aponta ainda que a tendência é de aumento da participação do capital estrangeiro entre os maiores grupos do setor à medida que outros novos entrantes começarem a expandir suas operações locais, entre eles ADM, British Petroleum e Noble Group.

“Os grupos estrangeiros podem fomentar o desenvolvimento do comércio internacional de etanol pela garantia de fornecimento continuado que podem assegurar e pela estrutura de exportação que possuem”, salienta o consultor.

Com estruturas profissionais e ferramentas de gestão mais modernas do que a maioria das empresas brasileiras, deverão promover um aumento generalizado de competitividade. “Tanto pela atuação como pela presença global, as estrangeiras têm maior acesso aos mercados internacionais e, portanto, estão mais bem posicionadas para capturar o crescimento do setor fora do Brasil”, conclui Chaim. (Assessoria de Comunicação da Dextron)

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