quarta-feira, março 28, 2007

Agronegócio Bizarro parte II

Notícia da BBC publicado no UOL mostra mais um detalhe bizarro do agronegócio.

28/03/2007 - 10h23
Pílula antiarroto para vacas 'reduz' efeito estufa

Na luta contra o aquecimento global, o cientista Winfried Dochner, da Universidade de Hohenheim, na Alemanha, apresentou uma arma inusitada: pílulas antiarrotos para vacas.

O especialista alemão afirma que os arrotos dos ruminantes respondem por cerca de 4% das emissões de gás metano no planeta. E a tendência seria de crescimento, já que o consumo de carne está aumentando.

"Não podemos evitar esse desenvolvimento. Mas com novos métodos, podemos reduzir a influência das vacas no efeito estufa para até 3%, e ainda economizaremos dinheiro", diz o especialista em nutrição animal Dochner.

A solução que ele criou para o problema tem o tamanho de um punho fechado: uma superpílula batizada de "Bolus", composta de substâncias microbióticas que se dissolvem no estômago das vacas durante vários meses, ajudando na digestão.

Dieta

Esse "remédio", aliado a uma rigorosa dieta com mais gorduras e com horas específicas de alimentação, diminuiria a produção de metano dos animais, segundo o estudioso.

"Um animal que mastiga e digere continuamente melhora o aproveitamento de substâncias no seu próprio corpo. É como com as pessoas: mais refeições ao longo do dia são significativamente mais saudáveis para o corpo."

O metano é produzido pelo processo químico de fermentação que resulta da ruminação das vacas e é formado pela combinação das moléculas d'água e de dióxido de carbono.

Com a nova técnica, em vez de ser arrotado para fora pelos animais, ele seria usado pelo organismo das vacas para a produção de glicose.

Com isso, o cientista alemão afirma que elas produziriam mais leite, o que as tornaria economicamente mais eficientes.

Com a dieta e, principalmente a superpílula, a produção diária de metano seria diminuída consideravelmente, segundo Dochner.

O cientista ainda procura patrocinadores para a sua idéia.

Cola de madeira à base farelo de soja

A utilização de sub-produtos dos processos agroindustriais é bastante antiga e em certos produtos ocorre uma mudança de produto em função de utilizações mais nobres, como por exemplo, o bagaço de cana que no passado era usado na fabricação de papel e agora gera energia elétrica para todo o acionamento da usina e uma quantidade extra que é enviada à rede. Porém pesquisadores buscam constantemente a agregação de valor edstes sub-produtos. Encontrei no site da Embrapa (www.embrapa.br) a seguinte notícia:

Cola de madeira à base de farelo de soja será apresentada em seminário (18/03/2007)

O farelo de soja, considerado a mais importante matéria-prima para alimentação animal, está sendo usado também para o desenvolvimento de produtos não alimentares, devido à sua quantidade abundante e baixo custo. A pesquisadora Mila P. Hojilla–Evangelista, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), irá apresentar os resultados da utilização do farelo de soja na produção de cola de madeira, no seminário internacional Soja: recurso renovável para usos industriais não alimentares, que será realizado, nos dias 11 e 12 de abril, no Windsor Barra Hotel, no Rio de Janeiro (RJ), pela Embrapa Soja, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

A pesquisadora Mila P. Hojilla–Evangelista irá apresentar os resultados da utilização do farelo de soja em colas para a madeira, a serem aplicadas como selante. “Vou apresentar os resultados da nossa formulação, que é aplicada por spray, e a comparação da força ligante dos adesivos à base de soja com os adesivos padrões, que possuem farinha de trigo como componente”, explica.

Durante a palestra, Evangelista pretende abordar como o farelo de soja foi usado no passado em produtos não alimentares. Segundo ela, na década 40, o farelo de soja era matéria-prima em cola de papéis laminados e adesivos para madeira, indústria têxtil e moldes plásticos. “No entanto, com o surgimento de materiais sintéticos alternativos mais baratos, o uso do farelo da soja foi limitado à alimentação animal”, explica.

Economia

O farelo de soja é considerado a mais importante matéria-prima para alimentação animal, sendo responsável por 65% do suprimento mundial de proteína. Evangelista afirma que o farelo de soja é o mais barato produto protéico da soja. Baseando-se em valores de dezembro de 2006, a pesquisadora disse que o farelo de soja é vendido a aproximadamente U$ 181/ton, a farinha de soja a U$ 480/t, o concentrado protéico de soja U$ 2050/t e o isolado protéico de soja a U$ 2700/t. “Comparando-se seu preço com aqueles farelos de outras oleaginosas, o preço do farelo de soja é próximo ao do farelo de algodão (U$178/t) e da canola (U$163/t), maior do que o de girassol (U$95/t) e menor do que o preço do farelo de milho (U$325/t), o qual é outra fonte protéica para alimentação animal”, enumera.

Em 2006, a produção de farelo de soja americana foi de 42 milhões de toneladas, sendo que 33 milhões foram utilizadas no País e 8 milhões exportadas. No Brasil, foram produzidas 22 milhões de toneladas e 13 milhões exportadas. “Ele é considerado o produto final de maior valor agregado da soja processada, porque contribui com 50-75% do valor de processamento. A sua produção gera receitas substanciais para os produtores de soja de todo o mundo”, contabiliza.

Antes do seminário internacional, no dia 10 de abril, a Embrapa Soja, juntamente com a Sociedade Americana dos Químicos de Óleo (American Oil Chemist´s Society -AOCS), irá promover também no Windsor Barra Hotel, no Rio de Janeiro, um curso sobre Biodiesel: tendências, mercado, química e produção.

terça-feira, março 27, 2007

Turismo Rural - A saída para agricultores europeus?

Em um artigo intitulado “Ruins de produção, bons de turismo” a revista EXAME em sua edição 889 de 28 de março, podemos verificar como os produtores europeus estão diversificando suas operações de modo a compensar sua falta de competitividade na produção agrícola, que só é competitiva graças a muito subsídios e incentivos governamentais.

Entretanto, eles estão se especializando em turismo rural e são, sem nenhuma dúvida, os mais eficientes nisso.

Esta modalidade foi criada na década de 1950 para evitar o êxodo rural e existem vários roteiros como visitas às propriedades antigas, participação de processo de colheita de uvas e até mesmo passeios de bicicletas pelas plantações de tulipas na Holanda.

O crescimento global deste setor é de 6% ao ano, maior do que o turismo convencional.

Um dos melhores exemplos deste turismo é o realizado pela Bodegas Hidalgo na Espanha, que aproveitando sua boa imagem no Japão, desenvolveu pacotes para turistas japoneses visitarem suas instalações e realizarem a colheita das uvas a serem transformadas em vinhos.

Além do enoturismo, o turismo gastronômico também é utilizado como chamariz do turismo rural, além de detalhes históricos do Velho Continente.

A tabela abaixo mostra os valores envolvidos nos principais paises:

Outra região que aproveita bem o enoturismo é o Vale de Napa na Califórnia, que foi muito bem mostrado no filme Sideways.

Será que o Brasil também não pode desenvolver isso aqui? Fica esta questão.

segunda-feira, março 26, 2007

Agronegócio bizarro

Cada dia encontramos aplicações esquisitas do Agronegócio. No passado, o agronegócio era para produzir alimentos e fibras, agora além disso produz-se energia e matériais de base para outras indústrias (bioplástico, etc).

Encontrei no site Terra (http://www.terra.com.br) a seguinte notícia:


Segunda, 26 de março de 2007, 12h02
Bateria de açúcar é biodegradável e dura mais

Pesquisadores da Universidade de Saint Louis, Estado de Missouri, nos Estados Unidos, desenvolveram uma bateria que funciona com praticamente qualquer fonte de açúcar, de refrigerante a seiva de árvore. Os especialistas dizem que a bateria é capaz de durar de três a quatro vezes mais do que as de lítio-íon convencionais, de acordo com a Physorg.com.

A nova bateria é biodegradável e pode substituir as atuais em muitos dispositivos portáteis, inclusive notebooks. "Este estudo mostra que combustíveis renováveis podem ser utilizados em baterias a temperatura ambiente de forma mais eficiente que os a base de metal", disse Shelley Minteer, eletroquímica e chefe da equipe responsável pelo estudo.

De acordo com Minteer, a utilização de açúcar como combustível não é um conceito novo. Todos os seres vivos utilizar esta forma como método de obtenção de energia, mas só recentemente cientistas aprenderam utilizar o elemento para produzir eletricidade.

quinta-feira, março 22, 2007

Exportação ainda é um bom negócio para o Agronegócio, apesar de tudo!

Um recente trabalho do CEPEA da ESALQ mostrou que 2006 apesar de ser um ano muito ruim para o agronegócio brasileiro, mostrou-se interessante para quem exportou. O site do CEPEA é http://www.cepea.esalq.usp.br

EXPORTAR AINDA É ATRAENTE – E DEVERÁ CONTINUAR ASSIM! .

Para acessar análise na íntegra, com gráficos, clique aqui
Por Geraldo Barros e Fabiana Fontana

O agronegócio, como qualquer setor econômico, opera subordinado a condições dos mercados interno e externo. No Brasil, como todos sabem, o mercado interno apresenta-se praticamente estagnado, restando o mercado externo como fator de dinamismo. O mercado internacional permaneceu em expansão em 2006, com os países emergentes puxando a fila, seguidos de longe pelos desenvolvidos. Os emergentes, por sua vez, são os países em que a demanda pelos produtos do agronegócio responde mais intensamente aos crescimentos de renda.

Dado esse cenário geral, no último ano o agronegócio teve aumento de preços em dólar e de volumes exportados. Acompanhando a figura 1, nota-se que os preços internacionais (em dólares) seguem padrão de alta iniciado em 2002, tendo havido aumento de 9,6% de 2005 para 2006. Porém , desde aquele mesmo ano, a taxa de câmbio no Brasil vem se valorizando, ou seja, o dólar vem caindo em relação ao real. Somente entre 2005 e 2006, o câmbio do agronegócio (IC-Agro/Cepea, composto por cesta de moedas de 10 principais compradores do agronegócio brasileiro) caiu 9,5%. Do balanço dessas duas forças resultou – nos últimos dois anos - estabilidade dos preços em reais recebidos pelos exportadores brasileiros.

O traço importante é que apesar da quase estabilidade dos preços em reais, as exportações agregadas do agronegócio continuam em expansão – o crescimento foi de 5,6% de 2005 para 2006 (Ver figura 2). Essa continuidade no ímpeto exportador tem sido explicada pelo aumento na eficiência, aumentos de produtividade e esforço extra de manutenção dos mercados conquistados.

Impulsionados pelos preços externos, os indicadores de atratividade (IAT/Cepea – câmbio vezes preço internacional) para o complexo soja, açúcar e álcool, suco de laranja, café e carnes, no período de 2000 a 2006 (figura 3) tiveram alta. O grupo de maior destaque foi o sucroalcooleiro, onde o álcool ficou 176% mais atrativo para o exportador comparado ao início do período (2000). Apenas entre 2005 e 2006, o preço em reais recebido pela exportação de álcool subiu 44,4%.

Outros produtos bafejados pelo estímulo do mercado em expansão em 2006 – comparado a 2005 - foram o açúcar (+37%), suco de laranja (+20%) e carne bovina (+17,6%). Do outro lado, em queda, estiveram, por exemplo, o frango (-15,2%), a soja (-13,8%) e, em menor grau, o café (-3,5%).

Para o corrente ano (2007), as perspectivas são, em geral, boas para os produtos do agronegócio. Prosseguem as taxas relativamente baixas de juros e a economia global em expansão – talvez só um pouco mais devagar. Em adição, prevê-se impacto substancial dos programas de agroenergia nos Estados Unidos, Europa, Brasil e quase em toda parte. O aquecimento do mercado promete pressão altista nos preços agropecuários. Para acessar análise na íntegra, com gráficos, clique aqui

Norugueses também se interessam pelo nosso etanol

O interesse mundial pelo nosso álcool (Etanol) é tão grande que até investidores noruegueses estão investindo no Brasil.

A notícia abaixo foi publicado hoje no site http://www.jornalcana.com.br:

Noruegueses e Grupo Albertina fazem aliança

Mônica Magalhães, de São Paulo

Um grupo de investidores noruegueses e o Grupo Albertina criaram uma nova a empresa, a Biofuel AS, para investir em açúcar e álcool no Brasil, de olho nos mercados doméstico e internacional.

A nova companhia detém o controle acionário da Destilaria Paranapanema, de Presidente Prudente (SP), e deverá investir em uma nova unidade na mesma cidade, somando aportes de US$ 340 milhões.

A destilaria Paranapanema pertencia à Albertina, mas foi incorporada pela nova empresa, que tem sede na Noruega.

Os grupos Norse Energy, exploradora de petróleo e gás natural, e as companhias de embarcações marítimas Umoe, Eitzen e Farstad, são alguns dos sócios da nova empresa, que conta com a presidente do grupo Albertina, Viviane Carolo, como chairman, e um total de 29 investidores noruegueses.

O Grupo Albertina processa 1,5 milhão de toneladas de cana na unidade instalada em Sertãozinho. Essa usina não foi incorporada ao novo negócio.

sábado, março 17, 2007

Setor Agrícola ainda é muito importante para o Brasil, segundo a OECD

Notícia do Valor Econômico Online publicada no site www.avisite.com.br, mostra um recente estudo da OECD (Organization for Economic Cooperation and Development) que compara a situação agrícola de diversos países, e uma de suas principais conclusões é de que em os oito grandes emergentes, o setor agrícola no Brasil ainda continua crescendo de importância e tamanho. A notícia pode ser lida abaixo:

Importância do setor agrícola é maior no país

Genebra, 16 de Março - O Brasil é o único de oito grandes emergentes examinados pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) onde o crescimento agrícola tem sido suficientemente forte para o setor manter relativa importância na economia. Nos outros países, o peso da agricultura cai e a prioridade na agenda política pode diminuir nos próximos anos. À exceção do Brasil e da África do Sul, a parte da agricultura no Produto Interno Bruto (PIB) foi virtualmente cortada em dois no período 1990-2005 nos países avaliados.

Ao mesmo tempo, a agricultura mantém peso muito elevado no emprego nos emergentes, indicando baixo nível de produtividade no trabalho. Chega a mais de 50% do total na Índia e 40% na China. O estudo diz que a expansão econômica nesses países leva mais agricultores a abandonarem a zona rural em busca de trabalho melhor remunerado na área urbana. Já na Bulgária, Romênia e Ucrânia, o emprego agrícola aumenta, refletindo baixo crescimento econômico e políticas de estimulo rural.

A área para agricultura cresce no Brasil, mas segue estável ou declinou nos outros países. Além do Brasil, a China também conseguiu ganhos na produção agrícola. A OCDE destaca a expansão do comércio agrícola brasileiro, representando 37% das exportações e 86% do superávit.

Para a OCDE, o Brasil tem uma das mais desiguais distribuições de renda do mundo. Diz que o governo acelerou a reforma agrária, e que a produtividade cresceu, mas questiona até que ponto os beneficiários poderão se tornar agricultores economicamente viáveis.

O relatório aponta crescente preocupação agro-ambiental no Brasil, China e Índia. No Brasil, vê o dilema das autoridades sobre o equilíbrio entre benefícios da expansão agrícola e da preservação da floresta. Embora a situação da floresta amazônica atraia maior atenção, a OCDE alerta que o impacto do uso de água na agricultura e de pesticidas são preocupações importantes.

Na China, aponta problemas de falta de água e degradação ambiental. A Índia tem apenas 4% dos recursos aquáticos do planeta para 16% da população mundial, e a falta de água é um sério problema.
(Valor Online) (Redação)

sexta-feira, março 16, 2007

Líbia também aposta no Agronegócio Brasileiro

Saiu uma notícia no site Cidade Biz comentando o interesse da Líbia em investir cerca de US$ 800 milhões na produção de frutas irrigadas no Nordeste do Brasil através de PPP.

A notícia pode ser lida na íntegra abaixo e foi publicada em http://cidadebiz.oi.com.br/paginas/38001_39000/38396-1.html.


Líbia reserva US$ 800 milhões para produzir frutas na Bahia

Primeira incursão da estatal Lafico na América do Sul tem motivações comerciais e diplomáticas

05.03.2007 - 12:53

O presidente da Líbia, Muammar Kadafi, descobriu a fertilidade das terras brasileiras. A Lafico, híbrido de companhia de investimentos e agência de fomento do governo líbio, pretende investir US$ 800 milhões na produção de frutas no Nordeste do Brasil.

A empresa participará da licitação da PPP para a irrigação de 54 mil hectares do Baixio do Irecê, em Juazeiro (Bahia).

Pretende ainda adquirir, em parceria com produtores locais, concessões de terras que serão oferecidas pelo governo federal na região. Os compradores deverão ficar com a opção de compra definitiva das propriedades ao fim do prazo de 35 anos.

A Lafico será responsável pela comercialização das frutas e investirá na logística de transporte até o Oriente Médio.

Esta será a primeira incursão da estatal líbia na América do Sul. A empresa alocará recursos próprios e de bancos dos países árabes.

Para o presidente Kadafi, a operação é um misto de investimento estratégico e prioridade de governo. Estudos feitos pela Lafico mostram que a produção de frutas no Nordeste brasileiro será não só um negócio rentável como também uma forma de abastecer o mercado líbio a preços reduzidos.

Ao mesmo tempo, a Líbia vislumbra um ganho diplomático e comercial. O presidente Kadafi tem aberto o mercado líbio para investimentos brasileiros nas áreas de energia, infra-estrutura e commodities agrícolas.

© Relatório Reservado

terça-feira, março 13, 2007

Cana foi a cultura mais rentável em 2006

Em um estudo publicado na Gazeta Mercantil de 08 de março, a cana-de-açúcar ocupou lugar de destaque na rentabilidade da produção agrícola. A seguir a notícia na íntegra:

Cana foi a cultura com maior renda em 2006

A cana-de-açúcar foi a única atividade agropecuária com rendimento positivo em 2006 e a perspectiva é que o setor continue em alta neste ano.

Quem arrendou terras para a produção sucroalcooleira ganhou 4,8% sobre o investimento, lucro acima da inflação, estimada em 3,8% no período. Quem produziu, obteve 3,96%. Foi o terceiro ano consecutivo que a atividade liderou os rendimentos do campo. Na contramão ficaram os grãos, com rentabilidade de - 4,61%.

"Está havendo uma explosão na cana-de-açúcar", diz o diretor da Scot Consultoria, Maurício Nogueira. Segundo ele, a diferença maior para o arrendamento se explica porque as usinas preferem trabalhar em um sistema próximo ao da integração da avicultura, ou seja, com a certeza da entrega do produto.

Gil Barabach, analista da Safras & Mercado, explica que o resultado da cana-de-açúcar em 2006 se deve aos preços internacionais mais altos que, no caso do açúcar, chegaram aos maiores níveis dos últimos 25 anos - quase US$ 0,20 a libra-peso. Com isso, aumentou o volume exportado tanto de álcool quanto de açúcar, impactando na renda.

Ele argumenta, no entanto, que para 2007, a performance não deve se repetir - apesar de a rentabilidade continuar positiva.Com os preços dos grãos mais elevados, a perspectiva é este segmento também tenha rentabilidade positiva este ano. "Deve diminuir os abismo entre as culturas", avalia Barabach, referindo-se à diferença na rentabilidade dos grãos e da cana-de-açúcar. A incógnita fica para a pecuária leiteira e corte devido ao aumento no custo de produção, inflacionado pelos grãos.

O diretor da Scot Consultoria diz que apesar de liderar, a rentabilidade da cana-de-açúcar vem caindo desde 2003 devido às terras mais caras - 20% em São Paulo, no ano passado. Em 2003, a atividade mais rentável era a agricultura de soja e milho, com 13,31%, seguida pela produção de cana-de-açúcar, com 12,39% e pelo arrendamento para este cultivo, com 7,47%. Desde então, apenas a pecuária, em 2004, registrou aumento na comparação com o ano anterior.O levantamento da Scot Consultoria mostra mesmo em atividades com alto emprego de tecnologia a cana-de-açúcar ainda foi mais rentável.

Segundo o estudo, houve duas realidades na pecuária: os produtores tecnificados de leite e carne conseguiram rendimentos positivos, enquanto os demais não. No entanto, Nogueira argumenta que a maior parte da pecuária é de baixa tecnologia. Neste caso, o pior rendimento ficou para o leite: - 3,65%. Os baixos preços praticados tanto para a carne - que atingiu o menor valor da história - quanto para o leite explicam o resultado negativo destas atividades.

domingo, março 04, 2007

Renault lança Mégane movido a etanol na Europa

A notícia abaixo foi publicada no site portugues Autoportal e mostra a tendência mundial, quase sem volta, da expansão de veículos a etanol. POdemos observar a importância da experiência brasileira de sucesso com o etanol e os desenvolvimentos da indústria automobilística nacional com relação aos moteres.

Renault Mégane propulsionado a bioetanol E85

A Renault vai levar ao International Agricultural Show, o qual decorre este mês em Paris, um Mégane movido a bioetanol E85. Na Primavera de 2007, o construtor lançará o modelo no mercado, equipado com um bloco 16V 1.6 de 110 cv.

Este será o primeiro veículo a bioetanol da Renault a ser comercializado na Europa. Baseada na experiência adquirida desde 2004 no Brasil, onde vende automóveis movidos a bioetanol E100, a Renault prevê que 50% por cento dos seus veículos com motores a gasolina em comercialização na Europa sejam capazes de se propulsionar com uma mistura de gasolina e de 85% de etanol já no ano de 2009.

A notícia foi publicada em: