Uma economia, conforme se fortalece, acaba criando vários outros setores antes inexistentes ou de menor importância. Um setor muito ligado ao agronegócio que se desenvolve apenas quando a economia do país cresce é o setor de Food Service, setor que fornece insumos para atividades relacionadas à comer fora de casa.
A notícia abaixo do Brasil Econômico comenta sobre este mercado e observe que em países desenvolvidos metade dos gastos com comida é feito fora de casa e no Brasil o percentual atual é de 25% apenas, ou seja, um mercado com muita possibilidade de crescimento:
Comer fora de casa engorda cardápio da Unilever e Sadia
Fábio Suzuki (fsuzuki@brasileconomico.com.br)
Ascensão do mercado de food service no Brasil leva grandes fabricantes a diversificar oferta de produtos para restaurantes.
Comer fora de casa é um fenômeno que ganha corpo com o crescimento da população urbana em todo o mundo. Por questões econômicas, no entanto, o hábito de alimentação em bares e restaurantes sempre foi um privilégio de países mais ricos.
Em mercados como o americano e o europeu, mais da metade dos gastos com comida ocorre nas ruas, enquanto no Brasil o volume é de 25%.
Mas o aumento da renda disponível em países emergentes como o Brasil está levando grandes fabricantes, como Unilever e Sadia, a apostar na profissionalização e diversificação de portfólio dentro da indústria do food service.
A Unilever, desde 2002, atua com a divisão Foodsolutions, voltada para a alimentação fora do lar, que necessita de itens específicos para atender às necessidades dos chefs de cozinha.
"Temos que manter contato direto com esses profissionais e estar atentos às tendências de consumo para aprimorar a produção", explica Rodrigo Vassimon, vice-presidente da Unilever Foodsolutions na América do Sul.
Tanto que a empresa foi um dos patrocinadores do Congresso Mundial da World Association of Chefs Societies, que ocorreu pela primeira vez na América Latina na cidade de Santiago, no Chile, no final de janeiro.
"O evento é uma oportunidade para se aproximar dos principais chefes de cozinha e ver o que há de novo nesse mercado em todo o mundo", diz Vassimon.
A aposta para crescer no mercado profissional está em marcas já consagradas pelos consumidores domésticos, como Knorr, Hellmann's e Arisco. Com essa estratégia, a divisão de foodsolution alcançou crescimento médio anual de 20% desde 2007.
Para a Sadia, que desde os anos 1990 atua na área, o segmento tem passado por um importante processo de estruturação e profissionalização no país, onde redes de restaurantes e de lanchonetes têm buscado consolidar suas marcas junto aos consumidores finais.
"Com o aumento do número de mulheres trabalhando fora de casa e de pessoas morando sozinhas, as famílias passaram a ter rotina mais acelerada e as pessoas com menos tempo para preparar uma refeição em casa. Tudo isso contribui para que a alimentação fora do lar aumente", comenta Ely Mizrahi, diretor da unidade de negócios food service da Sadia.
Venda direta
Com o crescimento da área, ambas as companhias têm intensificado os investimentos na equipe de vendas, cujos profissionais fazem o corpo a corpo com bares e restaurantes.
"O mercado está bom e as contratações visam crescimento ainda maior nesse segmento", afirma Vassimon, sem divulgar os valores inseridos pela Unilever na ampliação.
"A venda direta nos estabelecimentos e o relacionamento junto aos distribuidores são os diferenciais da nossa equipe de vendas", diz ele.
Dentro da Sadia, a atuação não é diferente. "Nossa equipe de vendas é treinada para conhecer a fundo o negócio do cliente, os processos e a aplicação dos produtos. Sugerimos também novos pratos para aumentar a renda do estabelecimento e facilitar a rotina", diz Mizrahi.
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