A participação dos fundos de investimentos nos mercados de commodities está atraindo a ira dos políticos nos EUA, conforme podemos verificar pela notícia publicada pelo New York Times.
ALTA DAS COMMODITIES GERA REAÇÃO CONTRA ESPECULAÇÃO NO MERCADO
Em Washington, os especuladores financeiros parecem todos ter alvos colados às costas. Eles estão sendo culpados pelos altos preços da gasolina, pela disparada dos custos dos alimentos e pela instabilidade nos mercados de commodities.
Os legisladores estão criticando as autoridades regulatórias por não os estarem reprimindo de maneira mais vigorosa. "Vocês estudam o que acontece, mas não tomam providências contra esse crescimento incrível na especulação", disse o senador Carl Levin a um importante funcionário da CFTC (Commodity Futures Trading Commission), em recente audiência no Senado. "A menos que a CFTC se disponha a agir contra a especulação, não temos um policial de patrulha", disse Levin.
O senador Joseph Lieberman, do Connecticut, sem partido, disse que estava trabalhando em uma proposta que proibiria qualquer atuação de grandes investidores institucionais nos mercados de commodities. No mesmo dia, o governo Bush aprovou proposta do Senado para criar um grupo de trabalho interagências, no governo federal, que investigaria as especulações com commodities. Ao menos quatro audiências públicas trataram do tópico nos dois últimos meses, e o senador Lieberman conduzirá mais uma sessão no dia 24.
Embora as autoridades regulatórias dos mercados de commodities observem regularmente as transações em busca de manipulações, a CFTC nas últimas semanas decidiu adotar a incomum providência de confirmar publicamente que estava conduzindo investigações, em busca de atividades ilegais tanto no mercado de energia quanto nos agrícolas. Com a intensificação da pressão política, as autoridades regulatórias reforçaram suas demandas por informações mais detalhadas de parte das Bolsas de commodities, a fim de melhorar sua capacidade de monitorar os mercados.
Em comunicado divulgado recentemente, Walter Lukken, presidente da CFTC, afirmou que a comissão estava determinada a garantir que os preços das commodities "sejam estabelecidos pelas forças fundamentais de oferta e procura, e não por práticas abusivas ou manipulativas".
Ainda que seja comum culpar os especuladores, nos momentos de dificuldade financeira, a hostilidade crescente contra eles começa a preocupar pessoas com anos de conhecimento sobre como funciona o mercado de commodities. Porque, dizem essas pessoas, sem especuladores, os mercados simplesmente não funcionam. Os especuladores, pessoas dispostas a arriscar seu capital em busca de lucros elevados, têm posição central em mercados de commodities saudáveis, dizem esses observadores.
Restrições amplas à atuação deles poderiam prejudicar mercados que já estão sob pressão devido à crescente demanda mundial por alimentos e combustível. Mesmo em Washington existe acordo generalizado quanto a que não existe um fator único que se possa responsabilizar pela alta nos preços do alimento e da energia.
As economias famintas e de alto crescimento da Índia e da China estão afetando a demanda mundial de maneira fundamental, e problemas climáticos e políticas governamentais quanto ao comércio e a produção de álcool são apenas alguns dos muitos fatores que afetam a oferta.
As commodities, cotadas em dólares, tendem a subir de preço à medida que a moeda americana cai, o que as torna um refúgio popular para os investidores temerosos de inflação. Ao contrário dos praticantes do hedge -agricultores, mineradoras, refinarias e outros interesses comerciais que produzem ou utilizam as commodities-, os especuladores, como os investidores conhecidos como "day traders" nos mercados de ações, estão simplesmente tentando lucrar com as variações nos preços.
Alguns especuladores acompanham as tendências do mercado, comprando na alta dos preços e levando-os a subir ainda mais. Mas outros compram quando acreditam que os preços caíram demais, vendem quando consideram que os preços estão altos demais ou fazem apostas que darão lucro apenas caso os preços venham a cair.
Quanto mais dinheiro o especulador estiver disposto a colocar em ação no mercado, maior a liquidez que este apresenta e mais fácil se torna comprar e vender sem causar grande oscilação de preço. Qualquer operador, especulador ou praticante de hedge pode tentar manipular mercados. Mas, porque o mau humor quanto à especulação cresce tanto quanto os preços do combustível e dos alimentos, alguns estudiosos estão preocupados com a possibilidade de que as pessoas estejam começando a considerar especulação, que é a busca legal de lucros no mercado, como sinônimo de manipulação -transações secretas e conspiratórias que têm por objetivo causar movimentos deliberados nos preços a fim de gerar lucros ilegais.
Certamente aconteceram saltos incomuns de preços nos mercados de commodities, como a abrupta e íngreme viagem de montanha-russa do mercado do algodão no começo de março e as mais recentes oscilações nos mercados de petróleo, que alarmaram alguns dos participantes do mercado.
ALTA DAS COMMODITIES GERA REAÇÃO CONTRA ESPECULAÇÃO NO MERCADO
Em Washington, os especuladores financeiros parecem todos ter alvos colados às costas. Eles estão sendo culpados pelos altos preços da gasolina, pela disparada dos custos dos alimentos e pela instabilidade nos mercados de commodities.
Os legisladores estão criticando as autoridades regulatórias por não os estarem reprimindo de maneira mais vigorosa. "Vocês estudam o que acontece, mas não tomam providências contra esse crescimento incrível na especulação", disse o senador Carl Levin a um importante funcionário da CFTC (Commodity Futures Trading Commission), em recente audiência no Senado. "A menos que a CFTC se disponha a agir contra a especulação, não temos um policial de patrulha", disse Levin.
O senador Joseph Lieberman, do Connecticut, sem partido, disse que estava trabalhando em uma proposta que proibiria qualquer atuação de grandes investidores institucionais nos mercados de commodities. No mesmo dia, o governo Bush aprovou proposta do Senado para criar um grupo de trabalho interagências, no governo federal, que investigaria as especulações com commodities. Ao menos quatro audiências públicas trataram do tópico nos dois últimos meses, e o senador Lieberman conduzirá mais uma sessão no dia 24.
Embora as autoridades regulatórias dos mercados de commodities observem regularmente as transações em busca de manipulações, a CFTC nas últimas semanas decidiu adotar a incomum providência de confirmar publicamente que estava conduzindo investigações, em busca de atividades ilegais tanto no mercado de energia quanto nos agrícolas. Com a intensificação da pressão política, as autoridades regulatórias reforçaram suas demandas por informações mais detalhadas de parte das Bolsas de commodities, a fim de melhorar sua capacidade de monitorar os mercados.
Em comunicado divulgado recentemente, Walter Lukken, presidente da CFTC, afirmou que a comissão estava determinada a garantir que os preços das commodities "sejam estabelecidos pelas forças fundamentais de oferta e procura, e não por práticas abusivas ou manipulativas".
Ainda que seja comum culpar os especuladores, nos momentos de dificuldade financeira, a hostilidade crescente contra eles começa a preocupar pessoas com anos de conhecimento sobre como funciona o mercado de commodities. Porque, dizem essas pessoas, sem especuladores, os mercados simplesmente não funcionam. Os especuladores, pessoas dispostas a arriscar seu capital em busca de lucros elevados, têm posição central em mercados de commodities saudáveis, dizem esses observadores.
Restrições amplas à atuação deles poderiam prejudicar mercados que já estão sob pressão devido à crescente demanda mundial por alimentos e combustível. Mesmo em Washington existe acordo generalizado quanto a que não existe um fator único que se possa responsabilizar pela alta nos preços do alimento e da energia.
As economias famintas e de alto crescimento da Índia e da China estão afetando a demanda mundial de maneira fundamental, e problemas climáticos e políticas governamentais quanto ao comércio e a produção de álcool são apenas alguns dos muitos fatores que afetam a oferta.
As commodities, cotadas em dólares, tendem a subir de preço à medida que a moeda americana cai, o que as torna um refúgio popular para os investidores temerosos de inflação. Ao contrário dos praticantes do hedge -agricultores, mineradoras, refinarias e outros interesses comerciais que produzem ou utilizam as commodities-, os especuladores, como os investidores conhecidos como "day traders" nos mercados de ações, estão simplesmente tentando lucrar com as variações nos preços.
Alguns especuladores acompanham as tendências do mercado, comprando na alta dos preços e levando-os a subir ainda mais. Mas outros compram quando acreditam que os preços caíram demais, vendem quando consideram que os preços estão altos demais ou fazem apostas que darão lucro apenas caso os preços venham a cair.
Quanto mais dinheiro o especulador estiver disposto a colocar em ação no mercado, maior a liquidez que este apresenta e mais fácil se torna comprar e vender sem causar grande oscilação de preço. Qualquer operador, especulador ou praticante de hedge pode tentar manipular mercados. Mas, porque o mau humor quanto à especulação cresce tanto quanto os preços do combustível e dos alimentos, alguns estudiosos estão preocupados com a possibilidade de que as pessoas estejam começando a considerar especulação, que é a busca legal de lucros no mercado, como sinônimo de manipulação -transações secretas e conspiratórias que têm por objetivo causar movimentos deliberados nos preços a fim de gerar lucros ilegais.
Certamente aconteceram saltos incomuns de preços nos mercados de commodities, como a abrupta e íngreme viagem de montanha-russa do mercado do algodão no começo de março e as mais recentes oscilações nos mercados de petróleo, que alarmaram alguns dos participantes do mercado.
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