segunda-feira, junho 30, 2008

Pioneiros do agronegócio segundo Luis Nassif

O texto abaixo foi retirado do Blog do Luis Nassif (Luis Nassif Online) e apesar ser um pouco antigo (quase um ano), achei interessante postá-lo:

Os pioneiros do agro-negócio

Coluna Econômica – 24/08/2007

Essa coluna foi escrita com o auxílio dos leitores do Blog.

Há duas revoluções em curso na agricultura brasileira, pouco notadas, mas que ajudaram o agronegócio a chegar onde chegou e permitirá, nos próximos anos, saltos maiores dentro do conceito de auto-sustentabilidade. Nesse país de tantos falsos heróis, apenas os homens do campo reconhecem os pioneiros da grande revolução do agronegócio.

Uma das revoluções foi o Plantio Direto, que acabou com as queimadas na agricultura e permitiu o primeiro grande salto tecnológico nas formas de cultivo – paralelamente aos avanços da Embrapa.

Como explica o leitor Adauto, o plantio direto permite menor revolvimento do solo pela não utilização de arado ou grades contribuindo para menor erosão e menor compactação do solo. Desta forma, a palha de uma safra se acumula atrás da outra, melhorando as condições físicas e orgânicas, favorecendo a absorção de água e o aprofundamento das raízes.

Nas lavouras tradicionais, como soja e milho, diz ele, não se usa há muitos anos a queimada. O arado foi importada da Europa, onde era obrigatório devido ao inverno rigoroso. Havia a necessidade de inverter as camadas do solo para que houvesse aquecimento mais rápido.

O Brasil acabou importando um modelo que não era adequado para um país tropical.

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A revolução começou em 1972, quando o agricultor Herbert Bartz, de Rolândia (Paraná), segundo conta o leitor Walder Paula, baseado em tecnologia desenvolvida no Kentucky, importou equipamentos e iniciou o PD (plantio direto) em sua propriedade. Ao mesmo tempo Nonô Pereira e Frank Dijkstra iniciaram o PD nos campos gerais de Ponta Grossa/PR.

Antes do PD, foram cometidas verdadeiras barbaridades ecológicas, conta Walder. Em Rondonópolis, sua região, houve uma erosão eólica das piores, que acabou revertida com a propagação do Plantio Direto.

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Explica o leitor Roberto Barbosa, que o PD ajudou ao produtor rural não só a aumentar a produtividade como a diminuir a erosão do solo pela manutenção de uma camada protetora de restos vegetais das safras anteriores.

A queimada está mais ligada à pecuária, diz ele. Com a integração pecuária-agricultura o pecuarista/agricultor planta soja em PD, não queima o solo e semeia capim depois da colheita do grão.

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E aí se entra na segunda grande revolução, que é a integração lavoura-pecuária com plantio direto, cujo maior propagador é outro herói da agricultura brasileira, John Landers, coordenador de Novos Projetos e Relações Internacionais.

Estudos minuciosos realizados na área do Cerrado mostraram que havia ganhos consideráveis com a chamada rotatividade de culturas. Depois, se agregou o Plantio Direto. Finalmente, incluiu-se a rotatividade lavoura-pecuária. O modelo permite, por exemplo, plantar uma oleaginosa, tirar o óleo, usar a palha para fertilizar a terra e o bagaço para fazer ração.

Além da melhoria da rentabilidade, esse processo confere à agropecuária uma estabilidade econômica inédita em termos mundiais, mudando formato de financiamento e a própria lógica econômica do campo.

Os pioneiros

Segundo o leitor Alexandre Porto, papel relevante teve, também a agrônoma Ana Maria Primavesi que sistematizou e deu consistência teórica à técnica em seu revolucionário livro, Manejo Ecológico do Solo, lançado em 1979. Ela expôs com clareza a diferença entre as características do solo tropical e temperado. Explica ele: Nós ainda vivemos no conflito entre a técnica de aração européia e da coivara indígena, ambos relativamente danosos à conservação do solo e do meio ambiente como um todo.

Ecologia e negócios - 1

Frans Claassens é presidente da Força Tarefa Holandesa de Soja Sustentável. Junta as principais multinacionai que atuam na cadeia produtiva da soja. Faz parte também da Agência de Promoção e Informações Sobre Margarina, Gordura e Óleos. Sua preocupação maior é com as questões ambientais brasileiras, por uma razão objetiva: cada vez mais consumidores e ONGs estão definindo as regras para a compra de alimentos.

Ecologia e negócios - 2

Cada vez mais, os consumidores – especialmente os europeus – estão incluindo questões cada vez mais civilizatórias na análise das práticas das empresas. Quem define o que é politicamente correto são consumidores e ONGs, diz ele

Três temas são particularmente sensíveis:

1. Destruição da biodiversidade na Amazônia.

2. Práticas agrícolas não sustentáveis.

3. Questões sociais: como posse de terra

Nos últimos anos, foram desenvolvidas várias metodologias para certificação de fazendas ou regiões, visando qualificar fazendas ou regiões das diversas culturas.

6 comentários:

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