quinta-feira, junho 12, 2008

Exportações de álcool continuam

Apesar dos baixos preços, o setor sucroalcooleiro continua exportando etanol, conforme podemos verificar na notícia abaixo publicada na Gazeta Mercantil no dia 10 de junho:

Mesmo com preço em queda, usinas exportam mais etanol

As usinas brasileiras exportaram 1,543 bilhão de litros de etanol de janeiro a maio de 2008, 15,8% mais que no mesmo período de 2007, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Mais 1 bilhão de litros está contratado para os próximos meses e nem mesmo o recuo do preço no mercado norte-americano, principal comprador do álcool brasileiro, deve comprometer a meta de embarcar 4 bilhões de litros este ano, ante os 3,2 bilhões de 2007, afirma Tarcilo Rodrigues, diretor da consultoria Bioagência.

Os exportadores que negociaram até março conseguiram preços de US$ 500 pelo metro cúbico no mercado spot (físico) e de US$ 440 para entrega em junho e julho. "O preço para quem está negociando agora é de US$ 410. Além disso, o câmbio em março estava mais favorável (R$ 1,70) que o atual (R$ 1,63)", diz Miguel Biegai, analista da Safras & Mercado. Os preços estão sob pressão do aumento da produção nos EUA. A cotação em 29 de maio na Bolsa de Chicago era de US$ 2,40 o galão (3,785 litros).

Nesta semana caiu para US$ 2,27, com alguma recuperação ontem, para US$ 2,34, segundo a Safras & Mercado. Desde meados de abril, o preço do combustível na Bolsa recuou 8,1%.Mas, deve ocorrer um ajuste na superoferta norte-americana, razão da derrubada dos preços, afirma o diretor técnico da União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica), Antônio de Pádua. "Com as atuais cotações do milho, nenhuma refinaria nos Estados Unidos está obtendo margem positiva com o etanol. É provável que ocorram paralisações pontuais dessas refinarias, reduzindo a oferta. O ajuste deve ocorrer rapidamente. As refinarias locais não têm estoques altos. Os volumes são suficientes para menos de um mês de consumo", afirmou.

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