terça-feira, abril 28, 2009

Entenda um pouco da gripe suína

Compilei um pouco de informações sobre o tema em alguns sites da net que encontram-se abaixo.

O primeiro deles do G1 explica o funcionamento da doença, o segundo do AviSite comenta sobre a influência dela no comércio de carnes, o terceiro do Notícias Agrícolas que fala sobre como podemos afetar a crise global ,o quarto é um post do Blog da Galileu que fala sobre o site da Google Maps que posiciona os casos e o último é do Valor, mas encontrei no AviSite, que comenta sobre as oscilações de preço em Kansas e Chicago dos grãos.

Entenda como a gripe suína se espalha entre humanos

Segundo especialistas, vírus não passa facilmente de humano a humano. Contato com porcos aumenta risco, mas consumo de carne suína é seguro.

Do G1, com informações da Reuters

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) divulgou algumas informações sobre o vírus H1N1, a chamada gripe suína , que está causando preocupação mundial após casos confirmados em México, EUA, Canadá e Espanha.

A análise do vírus sugere que ele tem uma combinação de características das gripes suína, aviária e humana. Essa versão, especificamente, não havia sido descoberta antes pelos cientistas. Mas, felizmente, a conclusão inicial é a de que o vírus se espalha mais facilmente entre os porcos, e o contágio de humano para humano não é tão comum e simples quanto o da gripe comum.

A maioria dos casos ocorre quando pessoas têm contato com porcos infectados ou objetos contaminados circulando entre pessoas e porcos. Não há contaminação pelo consumo de carne ou produtos suínos. Cozinhar a carne de porco a 71 graus Celsius mata o vírus da gripe suína, assim como outros vírus e bactérias.

Os sintomas da gripe suína em humanos são similares àqueles da gripe convencional -- febre repentina, tosse, dores musculares e cansaço extremo. Esse novo surto, aparentemente, também causa mais diarreia e vômitos que a gripe convencional.

Vacinas estão disponíveis aos porcos para a prevenção da gripe suína. Não há vacina para humanos, embora o CDC esteja formulando uma. A vacina contra a gripe convencional pode ajudar a prover proteção parcial contra o vírus suíno H3N2, mas não contra o H1N1, como o que está circulando agora.

Reservatório e misturador

Os porcos têm uma constituição que os permite serem infectados por gripes humanas ou aviárias. Quando um vírus da gripe de diferentes espécies infecta porcos, eles podem se misturar dentro do animal e novos vírus mutantes podem ser criados -- como a cepa do H1N1 vista agora.

Esse vírus pode ser retransmitido dos porcos de volta para os humanos, que até podem se contaminar entre si, mas num processo bem mais difícil do que em uma gripe convencional.

Ameaça da gripe suína aumenta incerteza sobre evolução da crise global

Washington, - A assembleia semestral conjunta do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM) terminou hoje em Washington com a ameaça da gripe suína agravando o já incerto panorama enfrentado pela economia mundial.

O surto da doença já matou 22 pessoas no México, onde cerca de outras 60 mortes estão sob investigação por causa da suspeita de que também teriam sido causadas pelo vírus.

O secretário de Fazenda mexicano, Agustín Carstens, reconheceu hoje em entrevista coletiva a gravidade da situação ao afirmar que "este assunto pode ter um grande impacto econômico, mas o maior impacto agora é sobre as vidas e o bem-estar humano".

"Sem querer ignorar que se trata de um assunto muito sério e que tem um alto potencial de produzir transtornos, acho que é muito cedo para dar uma opinião mais concreta", insistiu Carstens.

Já o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, não hesitou em dizer durante entrevista coletiva que o surto é "um desastre muito grande" para o México.

O Banco Mundial (BM), que emprestará US$ 205 milhões ao México para ajudar o país a combater a gripe suína, avaliará "rapidamente" o impacto econômico da epidemia.

A gripe suína dominou grande parte da entrevista coletiva conjunta de Strauss-Kahn, Carstens e do presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, que encerrou a reunião semestral dos organismos multilaterais.

A entrevista foi concedida no final da reunião ministerial do Comitê de Desenvolvimento, um órgão executivo conjunto do FMI e o BM, da qual participaram representantes dos 185 países-membros de ambas as instituições.

A reunião terminou hoje com o compromisso de acelerar os trâmites para dar mais voz aos países em desenvolvimento e emergentes no BM, a fim de conseguir um acordo no início de 2010.

"A crise e a necessidade de uma enérgica resposta multilateral destacaram ainda mais a necessidade de uma maior participação dos países em desenvolvimento na direção do BM", disse o Comitê de Desenvolvimento em comunicado.

O compromisso alcançado por todos os acionistas prevê que o processo, segundo o comunicado, deve ser "transparente, consultivo e inclusivo".

Os ministros reconheceram no texto a "dramática" deterioração da economia mundial desde sua última reunião, em outubro de 2008.

Segundo os presentes, os países em desenvolvimento enfrentam consequências "especialmente sérias" na medida em que a crise financeira e econômica se torna uma calamidade humana.

Além disso, os representantes lembraram que a crise já arrastou "mais de 50 milhões de pessoas, principalmente mulheres e crianças", para a extrema pobreza.

A reunião ministerial reconheceu o papel dos organismos multilaterais na luta contra a crise e louvou os compromissos dos países-membros de aumentar consideravelmente os recursos para o FMI.

O fundo, que tinha acesso a US$ 250 milhões em recursos antes da reunião do Grupo dos Vinte (G20, países ricos e principais emergentes) em Londres, no início de abril, terá US$ 1 trilhão para lutar contra a crise graças ao apoio recebido no encontro.

Desse montante, US$ 750 bilhões são diretamente para empréstimos.

Os outros US$ 250 bilhões serão distribuídos nos próximos seis meses para fortalecer as reservas dos países-membros, segundo anunciou ontem o FMI.

O BM prevê, por sua vez, disponibilizará até US$ 100 bilhões em empréstimos durante os próximos três anos.

Gripe suína: efeitos sobre suinocultura serão tão nefastos quanto o da gripe aviária?

Campinas, 27 de Abril - Ainda está na memória de toda a avicultura o efeito dominó que alguns poucos casos humanos de Influenza Aviária causaram sobre o setor quando a doença bateu às portas da Europa no início de 2006: queda vertiginosa no consumo de frangos e, sobretudo, uma semi-paralisação das exportações do produto, com maiores consequências sobre o principal exportador mundial do produto, o Brasil.

Note-se que, então, a Influenza Aviária vinha causando vítimas humanas há pelo menos dois anos, com o registro de quase 80 mortes acumuladas entre o final de 2003 e o de 2005. Mas foi só a partir da ocorrência de quatro mortes na “vizinha” Turquia (candidata a membro da União Européia) que o mundo dito “civilizado” tomou consciência da doença. Com uma abordagem de comunicação que quase levou à falência a avicultura de vários países.

Há possibilidades disso se repetir na suinocultura?

Aparentemente, não. Pois o mundo aprendeu com a Influenza Aviária. Tanto que nos primeiros comunicados agora expedidos – da OMS, do governo norte-americano, de órgãos internacionais e dos governos de inúmeros países – já se menciona a inexistência de qualquer risco no consumo de carne suína e/ou de seus derivados, devendo-se apenas manter as medidas de higiene de praxe no seu preparo e cozê-la em temperatura adequada (70º C) – algo que no caso da Influenza Aviária se demorou a fazer.É quase inevitável, no entanto, que em um primeiro momento haja queda no consumo de carne suína que, entretanto, deve ser passageira.

A demanda internacional também deve ser afetada (já há notícias de embargo à carne suína do México) e a questão que surge, neste instante, é se o Brasil também pode ser afetado por esse processo?

Como, neste instante, a questão afeta México e EUA é muito provável que os embargos se estendam aos dois países. E isso pode criar brechas para o produto de países como o Brasil. No que tange ao México, não há muito a vislumbrar (gráfico abaixo). Mas os EUA – é impossível esquecer – são o primeiro exportador mundial de carne suína e, segundo o USDA, negociaram externamente, em 2008, 2,313 milhões de toneladas de carne suína, quase 40% do comércio internacional. É de onde podem surgir novas oportunidades de mercado.

Ah! Sim: a eventual queda na demanda de carne suína também deve criar oportunidades de mercado para a carne de frango. Mas isso, por ora, não passa de mera especulação.

Mapa da Gripe suína
Ter, 28/04/09 por Denise Dalla Colletta


Mais uma vez o Google adiantou-se e coloca um mapa atualizado dos casos gripe suína no mundo. Confira uma parte do mapa aqui:

Para ver o mapa completo clique aqui.

A Galileu está preparando para você uma matéria sobre a gripe, quais são suas dúvidas?


Gripe contamina preços de grãos em Chicago e Kansas


São Paulo, SP, 28 de Abril - A crise causada pelos casos de gripe suína - como a doença vinha sendo chamada até ontem, apesar dos protestos dos suinocultores - na América do Norte e na Europa foi o principal fator a pesar sobre os preços de soja, milho e trigo ontem, em dia de baixas dos preços dessas commodities. Teme-se que a doença diminua a demanda por esses produtos, base para a produção de ração para animais de criação, mas há receio que a demanda por outros produtos agrícolas também seja afetada.


Na bolsa de Chicago, principal referência internacional para a formação dos preços das commodities agrícolas, os contratos de soja com vencimento em julho recuaram 37 centavos de dólar, para US$ 9,97 por bushel. Os fundos especulativos acumularam um bom lucro nas últimas seis semanas, marcada pela valorização da soja, mas, com o temor causada pela gripe suína abriu as portas para a liquidação dos contratos futuros da commodity, disse à Dow Jones Newswires Tim Hannagan, analista da Alaron Trading, em Chicago.


No fim de semana, a Rússia já havia suspendido as importações de carne suína de pelo menos uma dúzia de Estados americanos como resposta ao temor causado pela disseminação da doença. Medidas como essa mostram o medo de que a gripe diminua a produção e o consumo de carne suína e, como consequência, a produção de ração, o que tende a afetar diretamente a demanda pelos grãos.


Foi expressiva também a desvalorização do trigo. Na bolsa de Chicago, os contratos com vencimento em julho fecharam em baixa de 23,75 centavos de dólar, aos US$ 5,1950 por bushel. Em Kansas, os papéis que também vencem em julho caíram 22 cents, para US$ 5,7150 por bushel.


Como no caso da soja, o receio com os efeitos da gripe suína sobre as commodities agrícolas deu o tom dos negócios. "É um jogo emocional. Os argumentos são exagerados, mas isso é normal quando você está em meio a algo desconhecido", disse Dale Durchholz, analista da AgriVisor.


A cotação do milho também encerrou o dia em baixa. Os contratos para julho caíram 5 centavos de dólar em Chicago, negociados por US$ 3,8075 o bushel.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito legal gostei bastante
Posso usalo para fazer meu trabalho da escola