Para entender um pouco mais o comportamento das principais commodities do agronegócio brasileiro, será realizado um procedimento muito semelhante ao realizado com as ações das empresas, porém a idéia é monitorar algumas commodities (açúcar e álcool, boi, café, milho e soja) e criar um índice Commodity.
Os dados referentes ao final do ano passado são tomados como índice igual a 100, e todos os demais valores coletados diariamente são calculados a partir deste índice.
Para obter um valor para o chamado Índice Commodity, foi obedecido o valor relativo de cada commodity nas exportações brasileiras, valores relativos ao fechamento do ano passado e obtidos no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento:
Os dados referentes ao final do ano passado são tomados como índice igual a 100, e todos os demais valores coletados diariamente são calculados a partir deste índice.
Para obter um valor para o chamado Índice Commodity, foi obedecido o valor relativo de cada commodity nas exportações brasileiras, valores relativos ao fechamento do ano passado e obtidos no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento:
IC = 0,48* Média Soja + 0,21 * Média Sucro + 0,14* Média Boi + 0,13* Média Café + 0,04* Média Milho
O gráfico abaixo mostra os valores absolutos das exportações de cada setor em bilhões de dólares:
Soja
As duas cotações da soja são da BM&F, contrato cotado em US$/saco 60 kg e da Chicago Board of Trade (CBOT) cotado em US$ por bushel. A ponderação adotada é 50% para cada cotação.
Sucro
O indicador Sucro é composto por açúcar e álcool. A ponderação entre açúcar e álcool é de 30% para álcool e 70% para o açúcar.
Açúcar
O mercado do açúcar é dividido em mercado interno e externo. As cotações do mercado interno são formadas pelo contrato da BM&F açúcar cristal 150 cotado em US$/saca de 50 kg e cotação CEPEA de açúcar cristal em R$/saca de 50 kg com imposto posto usina, enquanto que no mercado externo temos o contrato Sugar #5 da London Futures Exchange cotado em U$ por tonelada e pelo contrato Sugar#11 da ICE (IntercontinentalExchange) em Nova Iorque (antiga NYBOT) cotado em centavos de U$ por libra peso. A ponderação adotada foi de 1/3 para o mercado interno e 2/3 para o mercado externo
Álcool
O álcool será avaliado apenas pela cotação ESALQ de álcool hidratado em R$ por litro posto usina. Estes valores são semanais e não diários.
Boi
As cotações do mercado de boi foram obtidos, devido ao entendimento de que bois são diferentes em mercados diferentes, somente nos mercados internos. Os valores adotados foram do contrato da BM&F cotados em R$ por arroba e os dois indicadores ESALQ/BM&F referentes ao setor: Indicador Boi cotado também em R$ por arroba e o Indicador Bezerro cotado em R$ por unidade. Como valor médio, considerou-se a média simples entre eles, ou seja, 1/3 para cada ítem.
Café
O café foi analisado no mercado interno e nos mercados internacionais, sendo que a cotação interna obtida foi da BM&F cotada em US$ por saca de 60 kg. Nos mercados internacionais foram considerados a London Futures Exchange com cotação em US$ por tonelada e em Nova Iorque no ICE (IntercontinentalExchange - antiga NYBOT) cotado em centavos de U$ por libra. Assim como no caso do boi, a média será média simples.
Milho
As duas cotações do milho são as mesmas da soja, ou seja, BM&F, contrato cotado em R$/saco 60 kg e da Chicago Board of Trade (CBOT) cotado em US$ por bushel. A ponderação adotada também é a de 50% para cada cotação.
A seguir o gráfico com os valores médios diários para cada commodity e o Índice Commodity durante os meses de janeiro a março:
Analisando o gráfico acima, podemos verificar que somente o setor sucro teve crescimento, apesar de mostrar queda no final do mês de março. O café teve um pico em janeiro com grande queda e uma recuperação no final do período, o mercado de boi manteve-se estável, a soja teve um crescimento no início seguido por uma queda, mas fechando o período próximo de 100 e o milho teve o pior desempenho de todos, sempre com valores muito menores que os demais, por isso o indice commodity teve desempenho positivo na 1ª metade do período seguido por desempenho negativo na 2ª metade, fechando próximo de 100.
Tomando-se como base os valores da médias mensais, gráficos a seguir, podemos entender o comportamento descrito no parágrafo anterior.
No setor sucro, o açúcar teve um crescimento que não impactou de maneira mais forte na média do setor devido à queda do álcool. A maior recuperação entre todas os mercados encontra-se no setor sucro e trata-se das cotações de açúcar do CEPEA, que recuperaram os baixos valores do ano passado,
Para o boi, verificou-se pouca variação, sempre permanecendo abaixo dos valores do início do ano.
O milho e soja tiveram comportamento semelhantes nos dois mercados, BM&F começa melhor que a CBOT mas ambos tem queda durante os meses, porém com o milho sempre com valores inferiores ao da soja.
No café, o mercado que teve mais variação foi o mercado de Londres que teve um pico em janeiro porém com grande queda nos outros meses. Tanto Nova Iorque quanto São Paulo tiveram desempenho muito próximo.
Com relação ao Índice Commodity, podemos verificar que teve uma queda durante os três meses e apesar disso manteve-se ligeiramenteo positivo, fechando o trimestre em 103,2.
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