Apesar das notícias do post anterior, a UNICA (União da Agroindústria de Cana-de-Açúcar) avalia que os fundamentos do setor sucroalcooleiro estão bem. Abaixo segue nota publicada pela UNICA em seu site:
UNICA: Fundamentos do etanol de cana continuam fortes
Os fundamentos do setor sucroenergético brasileiro são bons em comparação com a realidade de outras indústrias de bicombustível. A avaliação foi feita pelo representante-chefe da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) na América do Norte, Joel Velasco, em duas apresentações realizadas no Canadá: uma durante o “Canadian Renewable Fuels Summit”, em Ottawa, a outra para o “Canadian Council of the Americas”, em Toronto.
Com o comentário, o executivo da UNICA respondeu às preocupações quanto ao impacto dos altos custos de produção e da crise no sistema financeiro global sobre a produção de etanol, manifestadas especialmente por produtores de etanol dos Estados Unidos e do Canadá que vem pedindo socorro a seus governos. Conforme noticiado pelo diário The Hill, que circula nos meios políticos de Washington, os produtores americanos querem não só um aumento no limite de etanol de milho que pode ser misturado à gasolina (hoje, o limite é de 10%), mas também pedem mais incentivos fiscais (leia-se subsídios) do governo americano.
Entre os fatos apresentados por Velasco que exemplificam os fundamentos do etanol brasileiro está o que mostra que o setor sucroenergético produz açúcar e bioeletricidade, além do etanol a partir da cana-de-açúcar. “Em breve vamos ter outros produtos, como plásticos e hidrocarbonetos, todos originados da cana”, afirmou.
A expansão sustentável do setor sucroenergético no Brasil também figurou nas argumentações apresentadas. “Tanto do ponto de vista ambiental como econômico e social, a indústria de cana brasileira tem se mostrado sustentável. Por isso, continuamos recebendo novos investidores, como ADM e Monsanto, apenas para citar duas grandes empresas que anunciaram investimentos no setor recentemente”, concluiu Velasco.
Nesta semana, o JP Morgan divulgou um relatório que dá sustentação ao discurso feito por Velasco no Canadá. O documento demonstra claramente que o setor sucroenergético brasileiro oferece muitas oportunidades, como o número crescente de outros produtos, além do etanol, que podem ser produzidos a partir da cana-de-açúcar.
“No Canadá”, informou o executivo da UNICA, “ainda se usa muito milho e trigo para produzir etanol, embora haja também muito investimento em tecnologias para produção do etanol celulósico. Talvez a mais bem sucedida usina de etanol celulósico seja a da Iogen.
Para baixar a apresentação feita por Velasco nos eventos no Canadá, clique aqui.
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