Desde muito pequeno ouço muito do figo-roxo, visto que Valinhos, cidade vizinha de Campinas onde moro, é a capital desta fruta e a tecnologia tornou o suprimento quase contínuo desta fruta. Em minha infância só lembro de ver figo em casa no meses de verão, agora sempre encontro para comprar nos bons varejões.
Segue abaixo reportagem do Cosmo que também foi publicada no Correio Popular de 19 de abril:
Exportação de figo-roxo dispara e o lucro é certo
Certificação garante presença da fruta brasileira na mesa do exigente consumidor estrangeiro
O figo-roxo, que os imigrantes italianos trouxeram para a região de Campinas no comecinho do século passado, se firma como importante opção de agronegócio. A cultura familiar, que nasceu em pequenas roças de Valinhos, já ocupa 500 hectares de terra em municípios de toda a região. O produtor rural descobriu o potencial do mercado estrangeiro. Em 1972, quando foram feitas as primeiras exportações, foram embarcados 4 toneladas da fruta fresca. Em 2008, no entanto, mais de 1,6 mil toneladas de figo brasileiro foram saboreadas mundo afora.
A crescente participação brasileira no mercado internacional se dá por uma razão muito simples. O Estado de São Paulo (responsável por 80% da produção nacional da fruta) desenvolveu procedimentos próprios de manejo: folhas pulverizadas uma a uma, sistema racional de irrigação, podas radicais. Ao contrário de outras regiões do planeta (quando as safras são sazonais), a roça paulista produz o ano todo.
A produção apurada exige investimento: eletrificação da roça, construção de galpões com câmaras refrigeradas e instalação de redes hidráulicas. Mas o profissionalismo garante lucro. O quilo do figo exportado há quase quatro décadas rendia ao produtor 76 centavos de dólar. Hoje, o preço beira US$ 4,50. O figo roxo está presente principalmente nas mesas europeias, e as vendas justificam cada centavo aplicado na produção. O Sítio Monte Carlo, por exemplo, no bairro campineiro Pedra Branca, tem 16 alqueires tomados por 38 mil pés de figo. O produtor Salvador Orlando Brotto afirma que passou a exportar há 15 anos, mas começou a fechar contratos importantes no momento em que conquistou a certificação para as frutas.
De acordo com José Augusto Maiorano, diretor regional da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), o comércio internacional é regido pelo protocolo GlobalGap. Mas, por aqui, o Programa de Produção Integrada de Frutas (PIF), instituído pelo Ministério da Agricultura, não só estabeleceu normas brasileiras, como passou a contemplar as exigências internacionais. (Rogério Verzignasse - Agência Anhangüera de Notícia)
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