terça-feira, maio 22, 2007

Exportação de frutas - potencial enorme do Brasil

A exportação de frutas tropicais ainda é muito pequena quando comparada ao potencial de nosso país. Entretanto, sempre tem gente buscando aumentar este volume. Em artigo publicado no DCI de hoje (22 de maio) podemos observamos ações neste sentido:

Brasil incrementa exportação de frutas

Robson Bertolino

A missão de produtores brasileiros de frutas e derivados que irá ao norte da África visitar os países do Marrocos, Egito e Tunísia, entre maio e junho, está otimista em relação à geração de negócios.

Iniciativa da Agência de Promoção das Exportações do Brasil (Apex) e Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB), a missão terá como objetivo fomentar negócios de até US$ 200 milhões entre produtores brasileiros e compradores dos três países.Segundo Antônio Sarkis Júnior , presidente da Câmara, o agronegócio tem grande potencial de acordos para produtos como frutas, sucos e produtos industrializados. “O Egito, por exemplo, é forte importador de produtos do agronegócio do Brasil, o que apresenta boa oportunidade para o aprofundamento e o incremento das relações comerciais entre os países”, diz.

A projeção do presidente da entidade é de fechar o ano de 2007, com 15% mais de exportações em frutas e derivados para aqueles países.

Outro fator, que segundo o executivo, está atraindo mais investidores, é o fato dos países visitados estarem mudando as respectivas legislações. O Marrocos já vem implementando tratados de comércio com os Estados Unidos e com a União Européia. A Tunísia passa por reformas que buscam estimular o crescimento econômico e diminuir o desemprego, em especial a reforma fiscal e a do setor bancário. Já o Egito está incentivando as exportações e o fluxo turístico interno, o que está impulsionando as perspectivas para um aumento do consumo e dos investimentos privados.

Potencial

Para Paulo Passos , consultor internacional que vai representar o Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf) na missão, o objetivo é abrir novos mercados, promovendo os sucos e frutas do Brasil junto aos possíveis importadores para futuras negociações. “O Marrocos importou, em 2006, US$ 46,8 milhões de frutas e sucos. Já a Tunísia comprou US$ 21,7 milhões e o Egito, 118 milhões de litros de sucos, estes números demonstram o potencial destes países para frutas e sucos, e o Brasil possui capacidade de suprir este mercado, visto que produzimos 40 milhões de toneladas de frutas”, revela.

Segundo o executivo, este ano a entidade já representou os associados (90 empresas atualmente) em feiras como a Gulf Food realizada em Dubai que contou com a presença de cinco empresas brasileiras que efetivaram negócios na ordem de US$ 400 mil e prevêem mais US$ 3 milhões em negócios para os próximos 12 meses.

E no segundo semestre deste ano o Ibraf irá realizar o Brazilian Fruit Festival, ação de promoção, degustação e comercialização de frutas frescas e derivados, em redes de varejo em Dubai. Outro evento na Alemanha terá a participação de uma comissão de produtotes brasileiros.

Negócios

Uma das empresas participantes é a Predilecta Alimentos , que já mantém relação comercial com compradores do Egito e prospecta ampliar seus negócios. De acordo com Ivini Granado , gerente de Exportação da empresa, os produtos da companhia já estão presentes em 55 países e, com a missão, essa participação tende a crescer. “Já vendemos polpa de fruta para o Egito. Nossa projeção é de fazer negócios da ordem de US$ 100 mil em médio prazo e triplicar em três anos”, constata.

A executiva acredita que a efetivação de acordos comerciais são fundamentais para as empresas do setor ampliarem suas margens de negócios. “Alguns países não consomem determinadas frutas e divulgar o produto é fundamental”, conta.

De acordo com Eduardo Moraes , sócio gerente da Latinex , empresa que comercializa produtos alimentícios com sede em Curitiba (PR), a empresa deverá assinar um contrato com um importador líbio para embarcar o equivalente a US$ 60 mil por mês em leite e sucos durante um ano, valor que ele acredita chegar em US$ 100 mil mensais. “A participação na missão do norte da África será uma forma de intensificar nossa presença na região”, conta.

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