terça-feira, maio 15, 2007

Commodities e a pobreza

Em encontro realizado em Brasília na semana passada a Global Iniciative on Commodities produziu um relatório onde indica que o mercado mundial de commodities tem um papel importante e fundamental na diminuição da pobreza mundial. Veja a seguir nota publicada no site do MAPA (www.agricultura.gov.br).

COMMODITIES NO CENTRO DO DEBATE

A redução da pobreza mundial só será possível se o mercado de commodities estiver no centro do debate da comunidade internacional. Esta conclusão está no documento produzido pelas delegações dos 70 países reunidos no Global Initiative on Commodities e publicado hoje (10/05) em Brasília. O documento conjunto dá sugestões para melhorar a condição de vida de mais de 2,5 milhões de pessoas que tiram dos produtos de base a sua sobrevivência.

O evento, promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pelo Global Fund for Commodities (CFC) pretende chamar a atenção do mundo para a relação entre a produção e comercialização de commodities e o combate à pobreza. “Iniciativas como esta, que pretendem lançar bases a caminho de fixar um marco legal para este mercado, obter transparência, instituir padrões e lutar pela diversificação de culturas são fundamentais para fortalecer o mercado de commodities”, acredita o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto.

Hoje, a discussão sobre commodities – produtos de base, não-industrializados e com baixo valor agregado -- se torna ainda mais importante diante da expansão do mercado de agroenergia, do qual países de clima tropical podem se beneficiar produzindo etanol e biodiese1. “O boom na produção de alguns commodities deve estar conectado à redução da pobreza. Pela sua experiência, o Brasil é capaz de ensinar preciosas lições para os países produtores de commodities”, acredita Lakshmi Puri, diretora da divisão de Comércio Internacional e Commodities da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).

Para Célio Porto, o encontro em Brasília é exemplo de como a cooperação sul-sul, entre os países em desenvolvimento, será capaz de influenciar as discussões no âmbito da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC). “É preciso combater os subsídios agrícolas praticados por países desenvolvidos e assim permitir a entrada dos commodities nesses mercados. O combate à escalada tarifária – que impõe taxas de importação mais altas à medida que aumenta o grau de industrialização dos produtos – também é uma preocupação dos países dependentes de commodities. “Esse tipo de tarifa impede que produtores obtenham parcela maior de renda sobre o preço do produto final”, explica o diretor-chefe do CFC, embaixador Ali Mchumo

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