sábado, setembro 18, 2010

Fome no mundo diminui, mas ainda é uma vergonha para a raça humana

Apesar de apresentar uma melhoria, algo que não tinha ocorrido nos últimos anos, o quadro de fome no mundo ainda é uma vergonha que temos que lutar contra. Nós, profissionais envolvidos na produção de alimentos, devemos acordar e pensar nisso todos os dias....

A notícia abaixo é da France Press que encontrei no Cosmo:

Fome cai pela 1ª vez em 15 anos, segundo a ONU
Para entidade, contribuiu para queda a baixa dos preços dos alimentos nos mercados internacionais e nacionais

Pela primeira vez em 15 anos, o número de pessoas com fome no mundo caiu, para 925 milhões, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), uma cifra que a entidade mesmo assim considera inadmissível.

O número de famintos no mundo, que no ano passado alcançou a alarmante cifra de 1,023 milhão, caiu 9,6% em 2010, segundo a FAO, que tem sede em Roma.

'O número de pessoas desnutridas no mundo continua inaceitável, apesar de ter registrado uma queda esperada, a primeira em 15 anos. A queda se explica graças a uma conjuntura econômica favorável em 2010', explicou a FAO.

Para a entidade, contribuiu para a queda a baixa dos preços dos alimentos nos mercados internacionais e nacionais a partir de 2008.

A agência especializada das Nações Unidas considera que a cifra de 925 milhões de pessoas com fome e desnutrição continua sendo muito alta em relação às crises alimentares e econômicas registradas antes de 2008, quando era de 850 milhões.

A maioria das pessoas (98%) que padecem de fome residem em países em desenvolvimento, onde representam 16% da população, contra 18% em 2009, recordou a FAO.

'O fato de que quase um bilhão de pessoas continuam sendo vítimas da fome, mesmo depois da conclusão das recentes crises alimentar e financeira, se traduz num problema estrutural mais profundo. Os governos deveriam promover investimentos na agricultura e ampliar as redes de segurança e os programas de ajuda social', afirma a FAO.

'A cada dez segundos uma criança morre devido à desnutrição. A fome é a maior tragédia da humanidade, um escândalo', acrescenta.

Mas a queda do número de famintos é sentida em todas as regiões do mundo. A Ásia-Pacífico foi a que mais registrou pessoas vítimas da fome, com 578 milhões de famintos, mas onde a queda foi maior, de 12% em relação a 2009.

'A proporção de famintos é mais forte na África subsaariana, com 30% da população que sofre com a fome', afirma ainda o documento.

Dois terços dos 925 milhões de pessoas subalimentadas se encontram em apenas sete países: Bangladesh, China, a República Democratica do Congo, Etióia, Índia, Indonésia e Paquistão.

Segundo os dados da FAO, na América Latina e Caribe, países tradicionalmente muito afetados pela desnutrição, como Guiana, Jamaica e Nicarágua, conseguiram respeitar o objetivo do Milênio e o Brasil está se aproximando desse objetivo.

'O objetivo do Milênio adotado em 2000 de reduzir de 20% a 10% o número de famintos antes de 2015 não será alcançado. Não chegamos sequer a 16%', comentou o diretor-geral da entidade, Jacques Diouf, ao apresentar os dados à imprensa.

Para a organização humanitária Oxfam, a queda do número de famintos não acontece por acaso. 'Há dez anos os líderes mundiais estão motivados a reduzir a fome no mundo até 2015, mas ainda estamos bem longe do objetivo. Nós sabemos que isso é possível. A vontade política é um elemento fundamental'.

Um comentário:

Unknown disse...

Otima notícia essa, infelizmente o nº de pessoas que ainda passam fome é muito alto, somente com tecnologias e a produção de alimentos em massa em países que ainda não tem uma agricultura desenvolvida é que será possível diminuir esse mal que afeta a humanidade. Exemplos como do produtor rural, presidente da associação brasileira de produtores de algodão que se arriscou em ir produzir alimentos no Sudão, bem como outros exemplos que temos de brasileiros epreendedores que estão se deslocando para o continente africano, o qual é um dos maiores necessitados de novos modelos de produção agrícola. Somente assim poderemos tentar reduzir essa mazela senão erradicá-la.
Infelizmente, haverão aqueles que farão critica ao desenvolvimento da agricultura moderna para esses países necessitados, como o fazem, para novas tecnologias de produção. São aqueles que sob uma bandeira da preservação do planeta, preocupam-se apenas com o seu prato de feijão, o qual para eles vem de uma maneira fácil, pois seu unico trabalho "produtivo" é fazer críticas de pouca relevância científica para aqueles que dedicam suas vidas a pesquisa e ao desenvolvimento de novas tecnologias de produção com o objetivo de aumentar a disponibilidade de alimentos para a humanidade
Ari Schwans
Prof. Universitário e Produtor Rural