A Tecnologia da Informação já está presente há tempos no agronegócio, mas agora parece que ele vai extrapolar a porteira e possibilitar ao consumidor o conhecimento da origem do alimento que come. A notícia abaixo do Canal Rural dá conta que o Walmart está oferecendo aos seus clientes em Porto Alegre a possibilidade de rastrear pela internet o teu pedaço de carne. No meio texto existe um link para rastreamento de uma picanha apresentada à imprensa:
Walmart oferece rastreamento de cortes de carne pela internet
No Rio Grande do Sul, o churrasco já pode ser pesquisado por clientes de Porto Alegre
O Walmart deu início no Rio Grande do Sul a um projeto que em alguns anos deve permitir que os consumidores conheçam a origem de toda carne e hortifrutigranjeiros comprados nos supermercados controlados pela marca no país.
Atualmente, clientes de quatro supermercados da rede Nacional em bairros nobres de Porto Alegre – Auxiliadora, Três Figueiras, Bela Vista e Boa Vista – já podem conferir pela internet, através de um código na embalagem, qual é a fazenda de procedência dos cortes especiais para churrasco vendidos na marca Novilho Campeiro.
Segundo o site Baguete, a novidade é possível graças a tecnologia da CheckPlant, com o apoio do Mafrig, frigorífico que abate o gado oriundo de 70 fazendas gaúchas que supre as gôndolas do Nacional e de quatro produtores de hortifrutis orgânicos.
No site, o consumidor pode conferir fotos e a localização exata da fazenda criadora, indicada no Google Maps, assim como a data de abatimento no Marfrig.
Quem quiser fazer o teste sem sair da frente do computador, deve acessar http://walmart.rastreabilidadeonline.com.br/ e digitar 00334X183F42, a identificação de um corte de picanha mostrada em coletiva de imprensa realizada em Porto Alegre nessa sexta, dia 17.
– Esperamos ter essa novidade disponível em todos os 100 Nacionais que vendem Novilho Campeiro até a meta de 2011 – prevê José Noeli, gerente comercial do Walmart para o Rio Grande do Sul.
É um bocado de carne. A marca Novilho Campeiro responde por 10% das vendas totais de carne bovina do Nacional no estado, algo em torno de seis a sete toneladas de carne mensais.
Noeli destaca que o custo de implementação da novidade – não revelado pelo Walmart – não será transmitido para o consumidor final.
– O custo é dividido entre nós e os produtores e a vantagem é mostrar que oferecemos um produto com origem garantida – comenta o executivo.
A possibilidade do consumidor rastrear a origem da carne é originada em um acordo assinado entre Walmart, Carrefour e Pão de Açúcar com frigoríficos em 2009, pelo qual os fornecedores se comprometiam a não comprar gado oriundo de fazendas que praticassem desmatamento ou trabalho escravo.
– Esse tipo de informação e garantia será cada vez mais exigida pelos consumidores – acredita Noeli.
Experiente no ramo de carnes, onde atua há 15 anos, o profissional estabelece uma comparação com os cortes vendidos a vácuo, cuja oferta e consumo começaram pequenas e hoje representam metade das vendas.
Fundada por dois ex-alunos de 30 anos da Ciência da Computação da UCPel, com mestrados pela UFSC e Ufrgs, a CheckPlant emprega 15 profissionais das áreas de TI e agronomia em Pelotas.
A empresa é especialmente forte na área de frutas para exportação, onde é grande a exigência dos compradores por rastreabilidade: metade das frutas rastreadas vendidas no país usa tecnologia da CheckPlant.
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