segunda-feira, março 30, 2009

Consciência ambiental? Apague as luzes por uma hora!

Sempre achei que devemos deixar um mundo melhor para nossos filhos (tenho dois, um de seis anos e uma de dois), porém me canso de ver muitas ações midiáticas, principalmente quando vem dos países desenvolvidos. Estes mesmos países adoram gastar uma enormidade de todo tipo de energia enquanto desprezam tudo o que já fizemos na área de combustíveis renováveis.

Recebo sempre em meu email, crônicas do Mário Persona, palestrante do setor corporativo que você pode conhecer melhor clicando em seu site e Blog.

A de hoje foi uma muito interessante sobre o tema ambiental, que apesar não parecer relacionado ao agronegócio, acredito que estão muito próximos. Esta crônica, abaixo na íntegra, fala sobre a ação proposta por ONGs ambientalistas que ocorreu no último sábado:

29/03/2009
A hora do Abreu
por Mario Persona

O tropel de trezentos cavalos ecoou pelo vale quando o pedal do acelerador sentiu o toque da espora do dono. O motor do SUV respondeu rápido e os enormes pneus obedeceram à tração nas quatro rodas, fazendo o veículo escoicear em meio a uma saraivada de pedras e barro. Pelo retrovisor já não era possível enxergar a trilha, oculta por uma cortina de fumaça.

Abreu precisava vencer logo aquele trecho antes de chegar ao asfalto. Tinha um compromisso consigo mesmo e com a sociedade. Não podia faltar. Como sempre fazia, abriu o vidro e atirou para o mato as garrafas de água vazias e o saco plástico com os restos de frutas e sanduíches naturais. Ele se preocupava com a saúde, mas só aos sábados, quando queria estar bem disposto para vencer as trilhas. No domingo ele saía da trilha e do sério, e caprichava no churrasco.

No caminho parou no açougue do amigo para abastecer de carne o seu freezer. O amigo reservava para ele a melhor picanha, diretamente de uma fazenda no Amazonas. Enquanto colocava os pacotes em tríplices sacolas plásticas para evitar que rasgassem, Abreu calculou se as cervejas que tinha em casa no congelador ao lado do freezer seriam suficientes. Achou que sim. Só precisava mesmo da carne e de dois sacos de carvão.

Em casa, os pneus deixaram um rastro de barro na calçada, na entrada e no piso da garagem, mas a faxineira cuidaria de passar um esguicho em tudo na segunda-feira. Antes disso Abreu já teria levado o carro para lavar. O pessoal do posto não reclamava de lavar na segunda o barro seco do sábado, pois Abreu sempre deixava uma gorjeta para compensar o dobro de esforço, água e xampu que seu carro exigia.

Antes de sair da garagem olhou de relance para o jet sky ao lado da moto de 800 cilindradas. Logo ele levaria seu novo brinquedo náutico para a casa de madeira que tinha na marina, onde também ficava sua lancha de 28 pés e dois motores diesel. Abreu olhou para o relógio e viu que ainda dava tempo de tomar uma sauna antes do banho. Foi só quando saiu do banho quente que percebeu que a casa estava fria. Com a mão enrugada regulou o ar condicionado central que mantinha sempre ligado. Caminhou para a sala e olhou outra vez para o relógio. Tinha chegado a hora.

Abreu acionou o interruptor e as trinta e oito lâmpadas incandescentes parcialmente embutidas no teto se apagaram. Em seguida desligou um a um cada abajur dos oito cantos de sua enorme sala. Por uma hora Abreu ficaria em estado de espera, igual aos doze leds coloridos dos aparelhos eletrônicos na estante.

Sentindo uma paz interior como há muito não sentia, Abreu foi até a janela e fechou as cortinas para evitar que as luzes da casa do vizinho estragassem a aura preservacionista que preenchia cada recôndito de sua alma. Se o vizinho não queria participar da "Hora do Planeta" o problema era dele. Cansado e com sono, Abreu desabou no sofá e sonhou que era Al Gore.

Brasil - exemplo no recolhimento de embalagens de agrotóxicos

Postei ontem uma notícia ruim relacionada ao setor de agroquímicos, porém acabei de achar, também no site do Canal Rural, uma notícia que mostra que o trabalho de recolhimento de embalagens de agrotóxicos é de 95%. Um ótimo trabalho evitando contaminação:

Brasil recolhe 95% das embalagens de agrotóxicos e vira exemplo

Diferencial é sistema de fiscalização aplicado no país

O Brasil já recolheu mais de 100 mil toneladas de embalagens de agrotóxicos usados pelos agricultores desde que entrou em operação o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), em março de 2002. A taxa de retorno chegou, em 2008, a 95%, bem superior à de outros países que têm programas semelhantes.

Segundo o coordenador de agrotóxicos do Ministério da Agricultura, Luís Carlos Rangel, o Canadá, o Japão e os Estados Unidos têm taxa de retorno entre 20% e 30% das embalagens. O diferencial brasileiro, segundo ele, é o sistema de fiscalização aplicado aqui, no qual o revendedor e o comprador são identificados e a devolução das embalagens monitorada, inclusive com punições previstas.

– Esse é o sistema que o Brasil identificou como sendo o mais inteligente e que estamos conseguindo ensinar para o resto do mundo para que eles também possam agregar esse conhecimento para o sistema de recolhimento de embalagens deles – afirmou Rangel.

AGÊNCIA SAFRAS

domingo, março 29, 2009

Agricultor ainda não sabe mexer com agroquímicos

Encontrei no site do Canal Rural, uma notícia da Agência Fapesp que comenta sobre a aplicação inadequada de agroquímicos. Esta conclusão foi tirada de uma pesquisa realizada em Goiás. Caso isso seja a realidade do Brasil, isto é muito triste, pois a agricultura moderna depende dos agroquímicos fortemente e seu uso inadequado traz sérios danos ambientais e ao ser humano:

Falta de conhecimento perpetua aplicação inadequada de agrotóxicos

Agricultores ainda desconhecem cuidados básicos e não usam equipamento de proteção

Uma pesquisa feita com plantadores de tomate indicou que 72,9% dos entrevistados têm consciência do risco a que estão expostos quando manipulam agrotóxicos, mas essa percepção não é suficiente para, segundo o estudo, “desencadear o processo de mudança de atitude”.

O trabalho, feito em seis municípios de Goiás, foi publicado na revista Ciência e Agrotecnologia e identificou também que muitos trabalhadores começaram na lavoura ainda na infância – com cerca de 10 anos de idade – e a grande maioria tem apenas o ensino fundamental incompleto.

De acordo com Sueli Martins de Freitas Alves, professora da Universidade Estadual de Goiás (UEG) e uma das autoras do artigo, o estudo identificou em várias lavouras problemas no manuseio dos agrotóxicos. Os problemas, segundo ela, se iniciam no local em que são colocados os produtos que estão em uso, que é o mesmo onde estão os alimentos dos trabalhadores.

– Verificamos também que durante o preparo da calda de aplicação, em algumas lavouras os trabalhadores responsáveis pela tarefa não usavam os equipamentos de proteção individual indicados para o manuseio. Eles também não levavam em conta o horário de aplicação nem a direção do vento, além de não usar os equipamentos de proteção individual e observar o intervalo de reentrada na lavoura – disse.

A pesquisadora aponta que os problemas identificados são consequências não só do uso inadequado dos agrotóxicos, mas decorrentes de diversos outros fatores que interferem diretamente nas condições e no ambiente de trabalho.

– Ressaltamos, contudo, que esses problemas podem ocorrer em maior ou menor intensidade, dependendo da assistência técnica e do preparo que os trabalhadores têm para manusear esses produtos – destaca Sueli.

Segundo o estudo, diversos determinantes socioeconômicos estão relacionados com a amplificação ou a redução do impacto da contaminação humana por agrotóxicos, com destaque para o nível educacional, habilidade de leitura e escrita e renda familiar.

Os dados da pesquisa foram colhidos a partir das visitas de campo realizadas de dezembro de 2004 a outubro de 2005, em seis municípios de Goiás, Estado que, em 2005, foi o maior produtor de tomate do Brasil. Foram entrevistados 96 trabalhadores.

Pouca proteção

De acordo com a pesquisa, os problemas no uso de agrotóxicos são decorrentes do modelo de produção agrícola adotado e da estratégia de introdução e difusão dessa tecnologia.

– Esperar que, em curto prazo, os tomaticultores utilizem tecnologias alternativas não é uma previsão realista, pois essas tecnologias necessitam ainda de maior apoio técnico para poder alcançar os níveis desejados de produção agrícola e viabilidade comercial – afirmou Sueli.

O estudo avaliou diversas etapas do processo de manuseio dos agrotóxicos, como a preparação da calda, horário e intervalo de aplicação de agrotóxicos, equipamentos para aplicação e equipamentos de proteção individual e a percepção de riscos.

Cerca de um terço dos entrevistados afirmou não ter horário definido para as pulverizações. Outro ponto importante foi perceber que a velocidade do vento e o horário de aplicação dos agrotóxicos são fatores para os quais os trabalhadores não têm muita preocupação, com exceção de quando está ventando muito.

– Observar a direção e a velocidade do vento é importante para evitar que o vento traga a névoa tanto para o rosto e o corpo do trabalhador como para as barracas que são utilizadas para descanso e alimentação – explicou a pesquisadora.

Quanto aos equipamentos de proteção individual, o estudo identificou que em apenas 30% das lavouras foram encontrados equipamentos de proteção individual fornecidos pelos proprietários das lavouras.

Em relação à percepção de risco, os trabalhadores foram divididos em duas categorias, os que percebem o risco, porém continuam usando os agrotóxicos, e aqueles que não percebem o risco ou não acreditam nele.

Na primeira categoria ficaram 72,9% dos entrevistados. Desses, 51,4% não usavam equipamentos de proteção individual, 25,7% usavam e 22,9% usavam outro tipo de proteção. Na segunda categoria, apenas 7,7% usavam equipamentos adequados.

Outro dado que chamou a atenção dos pesquisadores foi que 58,4% dos entrevistados trabalhavam com agrotóxicos há mais de 15 anos.

AGÊNCIA FAPESP

domingo, março 22, 2009

Usinas de açúcar e álcool no Brasil chegam a 420

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento liberou, no dia 13 de março, o levantamento com as usinas do país. O documento em PDF encontra-se disponível aqui e com base nestes dados, foram elaboradas por mim as figuras abaixo:


As principais conclusões são que o sudeste ainda concentra grande parte das usinas, cabendo a São Paulo a primazia absoluta e Minas Gerais já ocupa a segunda posição. O Nordeste vem em segundo lugar com concentração em Pernambuco e Alagoas.

E mesmo em regiões sem tradição canavieira como os estados do Norte e o Rio Grande do Sul existem usinas.

A maior parte das usinas é do tipo misto, que produz açúcar e álcool, enquanto que mais de um terço são apenas destilarias de álcool, sobrando apenas 5 unidades para produção de apenas açúcar. Com o desenvolvimento do mercado de etanol estas unidades tenderão a se tornar mistas também.

quarta-feira, março 18, 2009

Cidade sueca quer eliminar uso de combustível fóssil

Encontrei no site da UNICA a notícia abaixo que fala sobre Kalmar, cidade sueca que deve ser exemplo para todo o mundo, ainda mais quando pensamos que ela encontra-se em local tão dependente de energia para sobrevivência:

Kalmar, Suécia: Modelo de gestão de energia para o século XXI

A cidade de Kalmar, na Suécia, está perto de eliminar totalmente seu uso de combustíveis fósseis. Os carros e os ônibus públicos da cidade - e grande parte dos veículos particulares - já estão utilizando a mistura de 85% de etanol de cana-de-açúcar importado do Brasil com 15% de gasolina (E85), ou biogás feito de restos de madeira e adubo.

Além do setor de transportes, a cidade, que tem 60 mil habitantes, substituiu a maioria de seu petróleo, gás e fornos elétricos pelo aquecimento público da região, produzido por fábricas que queimam serragem e restos de madeiras deixadas por madeireiras. Energias provenientes de hidrelétricas, usinas nucleares e fontes eólicas abastecem mais de 90% da demanda por eletricidade da região.

De acordo com o consultor de emissões e tecnologia da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Alfred Szwarc, Kalmar representa um modelo de gestão da energia para o século 21, incentivando o uso de fontes renováveis de energia e formas inovadoras e eficientes de uso. “Enquanto alguns ficam criando barreiras protecionistas e buscando as mais diversas razões para desqualificar o uso de biocombustíveis, a Suécia e, particularmente, Kalmar seguem na direção oposta, mostrando o caminho da sustentabilidade racional."

A mudança dos combustíveis fósseis para renováveis está ajudando a diminuir gastos com gasolina e gás, e preservar empregos nesta fase de crise econômica global. O município de Kalmar, que possui uma renda menor que a média nacional, já obtém mais de 65% de sua energia de fontes renováveis.

Até 2030, a cidade de Kalmar pretende não utilizar combustíveis fósseis. Até lá, o pouco uso de gás, diesel ou petróleo utilizado será compensado pelas exportações de energia gerada por combustíveis renováveis.

A Suécia tem procurado alternativas para diminuir sua dependência de petróleo desde o choque da commodity em 1970. Hoje, as preocupações com as mudanças climáticas têm incentivado ainda mais estas mudanças.

Cosan acerta incorporação da NovAmérica

A notícia não é tão nova, pois é de segunda-feira (16/março), mas vale a pena comentá-la. Tão importante quanto a incorporação de mais 12 milhões de toneladas de cana a serem moídas, que podem resultar em ganhos operacionais, a COSAN levou junto à marca UNIÃO, marca líder em açúcar refinado. As duas notícias abaixo, a primeira do Valor e a segunda da Agência Estado, falam sobre o tema:

Cosan obtém 10% do mercado com aquisição
Mônica Scaramuzzo, de São Paulo - 16/03/2009

O grupo Cosan deverá processar cerca de 56 milhões de toneladas de cana na safra 2009/10, ampliando em cerca de 12 milhões de toneladas a moagem sobre o ciclo 2008/09. Esse aumento já reflete a incorporação da Nova América pela companhia, operação que permitiu à Cosan elevar sua participação na moagem de cana do país de 8% para 10%. O volume que será processado pela Cosan ultrapassa toda a produção de cana da Austrália, um dos principais países produtores de açúcar do mundo.

Pulverizado, com cerca de 400 usinas no país, movimentos de concentração como o da Cosan deverão se intensificar nos próximos meses por conta da crise financeira pela qual o segmento passa.

Com a aquisição da Nova América (essa operação permitiu que a holding Rezende Barbosa, controladora da companhia, tenha cerca de 11% de participação na Cosan), o grupo torna-se líder em varejo com a marca União. Ao todo, vai administrar cinco marcas no varejo e não pretende se desfazer de nenhuma delas. "Cada marca tem uma penetração regional", disse Marcos Lutz, vice-presidente comercial e de logística do grupo. A Cosan tem 15 dias a partir de sexta-feira para protocolar o processo de concentração no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Desde dezembro do ano passado, a Cosan tornou-se também uma distribuidora de combustíveis, com a aquisição da Esso.

Na sexta-feira, o grupo divulgou seus resultados referentes ao terceiro trimestre da safra 2008/09, o que já inclui a consolidação da Esso. No balanço da Cosan SA, a empresa encerrou o terceiro trimestre com receita líquida de R$ 2,565 bilhões, aumento de 280,5% sobre o mesmo período do ciclo passado, de R$ 674 milhões. No mesmo período, o grupo encerrou com lucro líquido de R$ 5,2 milhões, revertendo prejuízo de R$ 71,4 milhões no terceiro trimestre de 2007/08. No acumulado dos últimos nove meses, a receita líquida somou R$ 3,92 bilhões, alta de 107%, e prejuízo líquido acumulado de R$ 433,6 milhões, dez vezes mais que o mesmo período do ciclo anterior. Vale lembrar que o resultado positivo reflete em parte o ganho de capital de R$ 109,5 milhões decorrentes de venda de 18.230 hectares de terras da Cosan à Radar, da qual a companhia é acionista.

Já pelos resultados da Cosan Ltd., holding controladora da Cosan SA, o grupo fechou o terceiro trimestre com receita líquida de US$ 1,103 bilhão, 193% maior que em igual período de 2007/08. O prejuízo líquido no período é de US$ 64,6 milhões. No acumulado da safra, o faturamento líquido soma US$ 1,881 bilhão, alta de 87% sobre o mesmo período da safra anterior, com um prejuízo líquido de US$ 208 milhões. A diferença de resultado nos balanços reflete diferentes exigências contábeis pelos padrões americanos. A Cosan passará a divulgar seus resultados pelo Padrão Internacional de Demonstrações Financeiras (IFRS, na sigla em inglês) em 2010.


Cosan vai manter marcas União e Da Barra no varejo
Eduardo Magossi

O vice-presidente de comercialização e logística da Cosan, Marcos Lutz, informou hoje que a Cosan irá manter suas principais marcas de açúcar refinado no varejo após a concretização da incorporação da NovAmérica. A Cosan possui a marca Açúcar Da Barra e a NovAmérica é dona da marca Açúcar União, líder do mercado.

Segundo Lutz, as duas marcas possuem posicionamento geográfico e de mercado diferenciados. "Enquanto a União é líder no País, o Da Barra tem forte participação em apenas algumas poucas regiões", disse. Segundo ele, a sobreposição de mercado das duas marcas é mínima, o que justifica a manutenção das duas marcas.

Lutz disse também que, embora o varejo tenha margens pequenas, se comparado às outras atividades da Cosan, a união das duas empresas vai trazer um ganho de sinergia e logística que vai diluir o custo operacional alto da operação no varejo. "Estaremos presentes em muitos pontos de venda com o Açúcar União, Da Barra e as outras três marcas do grupo. A operação logística para o varejo vai ficar mais unificada", disse.

O executivo disse também que estar no varejo é estratégico para a Cosan. Segundo ele, em 15 dias, a Cosan irá entregar ao governo o protocolo com informações sobre os mercados de suas marcas de açúcar no varejo para ver se existe concentração. Na avaliação de Lutz, contudo, a concentração é muito pequena, em torno de 10% a 15% do mercado.

Novas aquisições

O diretor financeiro e de Relações com Investidores da Cosan, Paulo Diniz, disse que o grupo não irá fazer novas aquisições que possam representar uma ameaça à estrutura de capital da Cosan. "Não queremos fazer aquisições ou associações que necessitem de desembolso de capital", afirmou.

A Cosan incorporou a NovAmérica através de uma operação de troca de ações, sem investimentos financeiros. Depois da incorporação, a NovAmérica irá deter 11% do capital social da Cosan.

terça-feira, março 17, 2009

Frigoríficos querem desenvolver "Branding"

Sempre achei que o agronegócio tem que desenvolver marcas (Branding) para agregar maior valor aos seus produtos. A notícia abaixo da Gazeta Mercantil que encontrei no AviSite é um esforço nesta direção:

Frigoríficos querem dar sabor à marca

São Paulo, SP, 16 de Março - "Por favor, quero uma picanha Bertin, uma maminha Friboi e uma costela Minerva". Hipotético, o pedido acima pode até nos parecer estranho hoje, pois não é comum um consumidor comprar carne conforme a marca. Mas, se depender das empresas do setor, a história vai ser diferente num futuro bem próximo. Elas decidiram recorrer ao marketing, algo novo nesse mercado, para estimular a clientela a chegar a um açougue e escolher seus respectivos produtos.

As mudanças na comunicação refletem uma transformação vivida pelo setor desde a metade desta década. As líderes da área rumaram para a profissionalização, inclusive com abertura de capital (eram comuns as denúncias de abate clandestino e sonegação de impostos) e internacionalização (compra de empresas no exterior). Também houve alteração no perfil dos negócios, com algumas companhias se posicionando como indústrias de alimentos (com a industrialização de pratos e aquisição de empresas de outras proteínas, como suínos, aves e lácteos).

Um dos maiores frigoríficos do País, o Bertin começou a sua ação no Carnaval, patrocinando o Bar Brahma e comercializando espetinhos no Sambódromo Paulista. "Queremos replicar a ideia para outros eventos", diz Marcos Scaldelai, diretor de marketing do Bertin. As "festas de peão de boiadeiro" estão nos planos. Segundo ele, ao comercializar a carne no sambódromo e oferecê-las nos camarotes, a empresa permite ao consumidor "experimentar a marca". "O brasileiro foi acostumado a comprar de uma forma, e a Bertin quer fazer diferente".

Ele acrescenta que o trabalho com a carne se faz necessário porque a organização já tem a experiência nos lácteos - em 2007 adquiriu a Vigor. Diz ainda que a indústria vai retrabalhar a comunicação tanto dos industrializados - com lançamento de produtos - como dos produtos in natura. Scaldelai conta que, em um primeiro momento, não haverá publicidade.

Diversificação

O analista Fabiano Tito Rosa, da Scot Consultoria, lembra que o processo de diversificação dos frigoríficos começou há pouco mais de dois anos e só não continuou por causa da crise. Ele explica que, entre 2002 e 2006, o setor se capitalizou com bons resultados em exportações e abriu capital. O resultado, segundo ele, foi a ida às compras, primeiro dentro de suas áreas de atuação (boi) e, depois, diversificando o conjunto de produtos para agregar valor e utilizar a logística.

Um dos primeiros a iniciar o processo foi o JBS , que agora reformula sua comunicação, investindo por ano 10% a 15% a mais em comunicação. A empresa fez uma pesquisa no ano passado para mudar o posicionamento de suas marcas, trabalho que deve ser implantado em 2009. O levantamento, segundo o gerente de marketing, Flavio Saldanha, mostrou que o consumidor quer uma carne vermelha, não muito gorda e fresquinha, apontando diferenças entre preferências e dias de compra de mulheres e homens. "Vamos, mais uma vez, adaptar a carne à preferência do consumidor". Uma das primeiras ações de marca da JBS começou há sete anos com o projeto Açougue Nota 10, em que o frigorífico "administra" o açougue do varejista, capacitando o pessoal.

A JBS tem uma comunicação para cada marca. Na Maturatta, por exemplo, houve campanha publicitária até setembro passado, em rádios e títulos masculinos, pois é uma carne de churrasco. A empresa também já havia utilizado ponto-de-venda e realizado duas edições do estilo "prove e aprove" - em bares onde o consumidor era convidado a provar a carne e votar naquele que ofereceria a melhor iguaria. Segundo ele, as ações de marketing aumentaram em 45% das vendas.

Para a marca Organic Beef, a JBS trabalha na formação do conceito de carne orgânica, por meio de palestras em supermercados e a veiculação de publicidade em revistas de gastronomia.

A aquisição da americana Swift Company, em 2007, marcou a entrada da JBS no segmento de proteínas e o reforço na globalização da marca, pois a brasileira já havia adquirido outras empresas que detinham o nome Swift no mundo. No Brasil, a companhia rejuvenesceu a marca e lançou produtos, para estar presente "do café da manhã ao jantar". É agora, "depois da lição de casa feita", segundo Saldanha, que a marca prepara ações no ponto-de-venda.

O gerente de marketing da JBS acredita em uma evolução rápida do consumidor em relação às marcas e lembra que, há duas décadas, os cortes atuais das carnes não existiam.

A avaliação é de que o setor está em uma "quarta fase" em relação à compra: na primeira, escolhia-se entre traseiro e dianteiro; depois carne de primeira ou segunda. Hoje a compra se dá por cortes. A próxima etapa, segundo ele, é a escolha pela marca.

Valor

O diretor acadêmico da pós-graduação da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Edson Prestelli, explica que, quando uma empresa trabalha com commodity, como as carnes, geralmente busca agregar valor a seus produtos. "Muitas companhias fazem essa migração. Ao fazê-la, precisam mudar suas estratégias de mercado, incluindo uma comunicação mais intensa", diz. O resultado, segundo ele, é o investimento em embalagem e um "esforço em comunicação".

O diretor de marketing do Grupo Marfrig, Sergio Mobaier, diz que a proposta da empresa é trabalhar todos os pontos de contatos com o consumidor. Outro objetivo é se mostrar como uma organização de alimentos, e não mais de agroindústria. As mudanças podem ser vistas nas embalagens, principalmente de produtos industrializados, em ações no ponto-de-venda e em anúncios veiculados em revistas especializadas.

Segundo ele, a empresa quer ser reconhecida como aquela que oferece uma solução completa de alimentos, do café da manhã ao jantar. O frigorífico ingressou em áreas nas quais não atuava, aqui e no exterior, como aves e suínos. Isso o levou a vender produtos de maior valor agregado. Mobaier explica que a fase na qual a empresa se encontra é do desenvolvimento das marcas.

Mobaier acredita que hoje exista um segmento que consome carne por marca e está disposto a desembolsar uma verba maior pelo produto em troca de qualidade. Ele cita como exemplo a linha "Bassi", da própria Marfrig, considerada "de grife" pelo executivo. A mesma estratégia é desenvolvida para as demais marcas: Mabella, DaGranja, Palatare e Pena Branca.

Mercado interno

No Minerva, o interesse por desenvolver a marca nasceu no ano passado quando a empresa passou a trabalhar mais com o mercado interno e com produtos de maior valor agregado. "Deixamos de ser só carne em in natura", diz Ana Paula Bortolo, gerente de marketing da indústria. O resultado foi a mudança no slogan, que passou de "qualidade em carnes" para "qualidade em alimentos".

As ações de marketing do Minerva contam com promotores em supermercados, degustação, campanha de relacionamento (sorteio para a ida à festa de Barretos), a identidade visual em aventais de açougueiros e publicidade em revistas especializadas em serviços de alimentos. "Estamos em um processo de mudança na comunicação", diz Ana Paula.

O economista e sócio da RC Consultores, Fábio Silveira, lembra que existe um processo de "enobrecimento" da marca, fruto também do acirramento da concorrência.

Para o diretor da consultoria AgraFNP, José Vicente Ferraz, o fato está mais relacionado com a mudança do setor do que com a crise. "Quando se tornaram empresas de alimentos, consolidaram marcas. Quando há marca, investe-se em comunicação". (Neila Baldi)

sábado, março 14, 2009

Números do contrato ALL - COSAN

Complementando o post "COSAN em pleno vapor: contrato ferroviário e possível aquisição da Nova América" de segunda-feira passada, encontrei uma notícia no site Notícias Agrícolas de autoria da Revista Ferroviária que dá alguns números a este projeto:

Um senhor projeto de logística

A ALL e a Cosan, de Rubens Ometto, fecharam na semana passada os contratos do que deve ser a maior obra privada de logística do Brasil nos próximos anos: a duplicação da ferrovia paulista Campinas – Santos. O projeto está orçado em 1 bilhão de reais. Metade dos recursos será aplicada na abertura da estrada de ferro. A outra metade, na compra de locomotivas e vagões. Uma vez pronta, a ferrovia suportará o triplo do tráfego atual. Boa parte de sua capacidade será reservada ao transporte de álcool e açúcar da Cosan para seus terminais em Santos.




sexta-feira, março 13, 2009

Ministério da Agricultura lança vídeo sobre etanol

Encontrei no site Notícias Agrícolas a nota do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento sobre o lançamento de um vídeo sobre o Etanol:

Vídeo sobre etanol já se encontra no portal do Mapa

O vídeo Etanol - A Energia do Futuro, editado sob a coordenação da Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, já está disponível no portal www.agricultura.gov.br. Nos idiomas português, espanhol e inglês e legendado em inglês e espanhol, o material vai disseminar a bemsucedida experiência do Brasil com o etanol.

O filme mostra a evolução dos engenhos da época da colonização, no século 16, até os dias de hoje com as modernas usinas de açúcar e etanol. Também traz informações sobre o pioneirismo brasileiro no uso do etanol, combustível limpo, renovável e sustentável, em veículos bicombustíveis.

Confira o vídeo Etanol - A Energia do Futuro

quarta-feira, março 11, 2009

Colheita mecanizada do café - algumas notícias

A mecanização do café está aumentando ano a ano e assim como na lavoura canavieira, é um processo sem retorno. Hoje na edição do Suplemento Agrícola do Estado de São Paulo encontrei duas notícias de autoria de Fernanda Yoneya sobre o tema.

Elas encontram-se logo abaixo e tem os seguintes títulos: “Cafeicultores mecanizam 100% da lavoura” e “Quem não tem máquina, tem a opção de alugar”. Para complementar a postagem, encontrei na internet um artigo antigo do site Cafeicultura de junho de 2007 que fala sobre a entrega da milésima colhedora de café produzida pela Jacto. Neste artigo tem uma breve descrição da história da colheita mecanizada que reproduzi abaixo juntamente com fotos ilustrativas.
Atualmente a Jacto, Case, Matão Equipamentos, entre outros fabricantes que produzem colhedoras auto-propelidas e de arrasto:
Cafeicultores mecanizam 100% da lavoura

Já há maquinário para todas as operações no cafezal. Mão de obra escassa é o principal motivo da tecnificação

Para tentar suprir a falta de mão de obra e de olho nas vantagens econômicas, cafeicultores estão partindo para a mecanização de 100% da lavoura - do preparo de solo à colheita. No Brasil, a mecanização do cafezal é rotina no preparo de solo, adubação, calagem e aplicação de gesso, pulverização, roçada e transporte; consolidar a colheita mecânica é o que falta para que o processo fique completo. Segundo o agrônomo Ricardo Lima de Andrade, diretor da Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas (Cocapec), de Franca (SP), com atuação na região da Alta Mogiana, a mecanização total da lavoura depende de três fatores: grau de tecnificação da fazenda, topografia e tamanho da propriedade.

CRITÉRIOS

"Deve-se avaliar se operações como adubação, pulverização e poda já são mecanizadas e se há disponibilidade de secadores; se o relevo e o arranjo das plantas permitem a entrada de máquinas e se a produção tem escala suficiente para compensar o investimento", diz. "Se não, pode-se adotar a semimecanização."

"Comecei a mecanizar há 12 anos. Já tinha roçadeira, adubadora e pulverizadores, agora comprei uma colhedora", conta o cafeicultor Antonio José de Oliveira Costa, de Dois Córregos (SP). Ele e a mulher, Maria José Mattos de Oliveira Costa, possuem 200 mil pés de café em produção, em 44 hectares. Unindo adensamento e mecanização, Costa colhe 45 sacas beneficiadas/hectare, ante 15 sacas beneficiadas/hectare, que é a média do Estado.

Segundo Costa, a colheita manual é a mais cara - estima-se que 40% dos custos de produção. Na região de Franca, o custo de produção da lavoura, segundo o diretor da Cocapec, é estimado em R$ 8 mil/hectare; com a mecanização, o custo diminui até 40%. O produtor Costa é mais otimista. "A colheita mecanizada resulta em economia de até 60% no custo das operações", calcula, destacando que uma colhedora simples, com um operador, faz o trabalho de 40 pessoas.

Além de reduzir custos com mão de obra, a mecanização da lavoura traz eficiência à fazenda, diz o gerente agrícola da Fazenda Conquista, do Grupo Ipanema Coffees, em Alfenas (MG), Eduardo Henrique Tassinari. "As operações, sobretudo a colheita, ganham agilidade, pois a máquina trabalha dia e noite." Na fazenda, adubação, pulverização, roçada, poda e colheita são mecanizadas.

RESTRIÇÕES

"Só não mecanizamos onde o terreno não permite, em áreas com mais de 20% de declividade", explica. "E, mesmo onde é mecanizado, às vezes a máquina não consegue retirar todos os grãos do pé. Aí tem de tirar na mão ou com derriçadora manual." Dos 3.500 hectares de café da fazenda, 70% da área é totalmente mecanizada; os 30% restantes compreendem áreas com topografia limitante e de plantas novas, mais sensíveis - segundo o gerente, colhedoras só entram no cafezal a partir da terceira colheita. "Mesmo nesses 30%, tem-se a semimecanização, com derriçadoras costais.

"E, graças a essa agilidade, a produção de café ganha em qualidade, diz Tassinari. "A colheita é feita com o café no estágio ideal, com predominância de cereja; se houver risco de chuva, dá tempo de salvar a safra. Depois de colhido, o café vai rapidamente para o despolpador, para não fermentar; no terreiro, com a movimentação da pilha com um microtrator e outro amontoando a produção, ganha-se um dia", diz. "Reduzo o custo com mão de obra e ganho em qualidade."
Quem não tem máquina, tem a opção de alugar

Vários produtores compraram a própria colhedora depois de testarem a colheita com maquinário alugado

O aluguel de máquinas, sobretudo de colhedoras, tem se mostrado uma opção interessante para quem não tem maquinário próprio. Além disso, produtores que possuem colhedora obtêm renda extra alugando-a. O produtor Costa diz que decidiu investir em colhedora própria depois de "experimentar" a mecanização com equipamentos alugados.

"Vi que valia a pena. Pesquisei o modelo mais adequado para o plantio adensado e escolhi um modelo compacto, ideal para a minha área." Segundo Costa, a possibilidade do aluguel ajudou na decisão pela mecanização da lavoura. "O aluguel custou, no último ano, R$ 180 a hora, já com o operador."

Em Franca (SP), embora a colheita comece só em junho, as reservas para o aluguel de máquinas começam a ser feitas este mês. "A procura começa em fevereiro, pois a colheita dura só três meses", diz o cafeicultor Geraldo Nascimento Júnior, de Itirapuã (SP). Dono de uma colhedora automotriz desde 2002, ele passou de locatário a locador. "Logo que comprei a máquina já houve demanda para alugá-la."

SERVIÇO COMPLETO

Nascimento Jr. possui 120 hectares de café (a lavoura é quase 100% mecanizada), e aluga a colhedora, a cada safra, para dez cafeicultores. Fornece também transporte, operador, combustível e manutenção do equipamento. "Com o aluguel, a colhedora também não fica ociosa", diz o produtor, que, no ano passado, cobrou R$ 200/hora o aluguel. A colhedora, que vale entre R$ 400 mil e R$ 450 mil, conforme o proprietário, colhe 4.200 litros de café cereja/hora ou 8 a 9 sacas de café beneficiado/hora. "Em uma hora ela faz o serviço de um dia."

Para que o aluguel seja compensador, o primeiro critério a ser considerado é a distância entre as fazendas, diz o produtor José Balsanufo de Paula, de Jeriquara (SP), que colhe com maquinário alugado de um produtor vizinho há sete anos. Com área de 70 hectares, ele paga entre R$ 170 e R$ 200/hora de aluguel. "Se a lavoura for propícia para ser mecanizada, com espaçamento e declividade adequados, o custo cai pela metade e o investimento compensa."

Outra dica é, ao contratar o serviço de aluguel, elaborar um contrato, com a definição de preço, data de início e prazo de execução do trabalho. "Lembrando que os prestadores, em geral, trabalham no mínimo 15 horas/dia, o que corresponde a um volume médio diário de café colhido de 54 mil litros, a serem recebidos nos terreiros e secadores. É preciso se programar", diz o professor Fábio Moreira da Silva, da Universidade Federal de Lavras (Ufla-MG).

O pesquisador do Instituto Agronômico (IAC-Apta), Cláudio Alves Moreira, diz que a alternativa é interessante, mas alerta para o fato de o serviço remunerar o dono da máquina por horas trabalhadas ou volume colhido, "já que a máquina não pode operar em alta velocidade ou com excessiva energia de vibração das hastes derriçadoras. Isso prejudica o cafeeiro para a próxima safra", diz.

INFORMAÇÕES: IAC, tel. (0--19) 3231-5422; Ufla, tel. (0--35) 3829-1122





ONU recomenda Manejo Florestal para gerar 10 milhões de empregos

Na edição de ontem da Commodity News For Tomorrow encontrei uma notícia sobre o posicionamento da FAO da ONU que indica que o correto manejo florestal pode além de ajudar o meio-ambiente, gerar milhões de empregos, ajudando a diminuir a atual crise econômica mundial.

Abaixo segue a versão traduzida por mim da reportagem:

Milhões de Empregos "Verdes" no Manejo Florestal

Os investimentos em manejo florestal sustentável poderiam gerar 10 milhões de novos "empregos verdes" para ajudar a substituir aqueles perdidos devido à crise financeira mundial, disse na terça-feira a agência de alimentos e agricultura da ONU - FAO

"Enquanto mais empregos são perdidos devido à situação de desacelaração econômica atual, o manejo florestal sustentável pode tornar-se uma maneira de criar milhões de empregos verdes, ajudando desta forma a reduzir a pobreza e melhorar o meio-ambiente," disse o diretor adjunto de florestas da FAO Jan Heino.

"Como florestas e árvores são vitais para a retenção de carbono, tais investimentos podem também fazer uma grande contribuição aos esforços de adaptação e mitigação das mudanças climáticas", disse Heino.

Novos empregos podem incluir manejo floretal e agroflorestal, melhoria da gestão de incêndios, desenvolvimento e gerenciamento de parques de recreação, expansão de espaços verdes urbanos, recuperação de florestas degradas e plantio de novas, disse a agência com sede em Roma.

Os EUA e a Coréia do Sul estão entre os países que tem incluído florestas em seus planos de estímulo econômicos, observou. A melhoria na gestão florestal pode tambem reduzir as emissões de carbono e ter um maior impacto positivo nas mjudanças climáticas que qualquer outra iniciativa atualmente sendo planejada ou considerada pelas lideranças mundiais, disse o pronunciamento.

segunda-feira, março 09, 2009

COSAN em pleno vapor: contrato ferroviário e possível aquisição da Nova América

Apesar da crise, parece que a COSAN não para em suas atividades. Somente hoje, encontrei no Portal Exame, duas notícias da Agência Estado sobre a empresa. A primeira trata do acordo COSAN-ALL para transporte ferroviário de açúcar e álcool e a segunda da possível aquisição do grupo NovAmérica:

Cosan e ALL assinam contrato para transportar açúcar

A Cosan firmou contratos de longo prazo entre sua controlada indireta Rumo Logística e a América Latina Logística (ALL) para transporte de açúcar a granel e outros derivados. Em comunicado enviado ao mercado, a empresa sucroalcooleira diz que o acordo levará à expansão da capacidade operacional ferroviária da ALL por meio de investimentos em via permanente, pátios, vagões, locomotivas e terminais a serem realizados pela Rumo na malha da ALL. A Rumo deverá investir em um sistema de transporte ferroviário, apoiado na operação da ALL, o valor de aproximadamente R$ 1,2 bilhão. Do total, R$ 535 milhões irão para a duplicação, ampliação e melhoria da via permanente e pátios do corredor ferroviário paulista Bauru-Santos. Outros R$ 435 milhões vão para aquisição de até 79 locomotivas e 1.108 vagões HPT com capacidade de 30 toneladas por eixo e mais R$ 206 milhões serão destinados à construção e ampliação dos terminais. Em contrapartida ao investimento, a ALL garantirá, no transporte, curva de volume mínimo, chegando a 1,09 milhão de toneladas por mês a partir do quarto ano.

Também vai assegurar prática de tarifas competitivas em relação ao modal rodoviário, gestão das obras e indicação dos fornecedores de locomotivas e vagões e pagamento de aluguel dos equipamentos em valor proporcional ao transporte efetivo de açúcar e derivados. Com a implementação do investimento da Rumo, a ALL terá capacidades operacionais adicionais crescentes para a prestação do serviço de transporte, que serão proporcionais ao investimento anual a ser executado pela Rumo. No primeiro ano, a capacidade será de 545 mil toneladas (t), no segundo de 666 mil t, no terceiro de 787 mil t, no quarto de 1.090 mil t e no quinto de 1.112 mil t. Os contratos preveem o transporte com destino ao Porto de Santos (SP) de aproximadamente 9 milhões de toneladas por ano após a conclusão do investimento e 184 milhões de toneladas de produto no período de 2010 a 2028, caso as condições contratuais sejam implementadas. Essa quantidade adicional assegura um crescimento significativo, visto que no ano de 2008 o volume total transportado pela ALL foi de apenas 2 milhões de toneladas de açúcar e derivados. Esse projeto fará com que a Rumo possa explorar o potencial futuro de seu terminal portuário de açúcar, que é o maior do mundo, com capacidade estática de armazenagem de 435 mil toneladas e capacidade anual de embarque de 15 milhões de toneladas de açúcar ou grãos, operando, além de granéis sólidos, açúcar ensacado. (Agência ESTADO)

Cosan está mais perto de levar a NovAmérica Agroenergia

O Grupo Cosan está perto de finalizar a compra da NovAmérica Agroenergia, braço sucroalcooleiro do Grupo NovAmérica, para se consolidar como o maior conglomerado produtor de açúcar e álcool do planeta. Segundo fontes, a ratificação do acordo está prevista para ser oficializada até o final de fevereiro. O negócio deve ser realizado por meio de uma troca de ações da Cosan para a família Rezende Barbosa, controladora da NovAmérica. A operação também envolve um valor financeiro não revelado, além de uma participação de executivos da NovAmérica no conselho administrativo da Cosan.

A Cosan já estaria realizando o processo de análise de dados na NovAmérica, que deve se estender por 60 dias, quando a operação será ou não concretizada. A avaliação pode inviabilizar a operação, já que Agência Estado apurou que a Cosan sente-se insegura em relação ao endividamento financeiro da NovAmérica Agroenergia. De acordo com balanço divulgado em dezembro, a dívida total da NovAmérica é de R$ 723,13 milhões, sendo R$ 373,05 milhões com vencimento no curto prazo e R$ 350,08 milhões no longo prazo. No entanto, R$ 150 milhões dessa dívida de longo prazo são debêntures que devem ser resgatadas em dois anos, considerado um prazo curto no mercado diante da atual crise de liquidez. Com a fusão, o Grupo Cosan elevaria para 51 milhões de toneladas o processamento total de cana-de-açúcar, já que as suas 18 unidades moem 44 milhões de toneladas de cana por safra e as quatro unidades sucroalcooleiras da NovAmérica processam mais de 7 milhões de toneladas por safra.

O acordo finalizaria uma disputa da Cosan com outras quatro empresas que apresentaram propostas de compra da NovAmérica. As propostas foram apresentadas até o dia 20 de dezembro e o prazo para a decisão expirou em 30 de dezembro de 2008. Ouvidas pela Agência Estado, Cosan e NovAmérica não confirmaram nem negaram a informação. A Cosan informou apenas que não comenta especulações de mercado, mas que segue analisando todas as oportunidades de crescimento. Já o Grupo NovAmérica confirmou o afunilamento das negociações, sem citar nomes de companhias, e informou que não há negociações fechadas, mas que elas seguem para um desfecho.

Com usinas nas cidades paulistas de Tarumã e Maracaí, a NovAmérica Agroenergia iniciou seu crescimento no setor sucroalcooleiro com a aquisição da marca União, da Copersucar, em 2005. Comprou ainda unidades de refino em Sertãozinho (SP) e Piedade (RJ). Em 2006, confirmou a construção de uma usina em Caarapó (MS) e, no ano seguinte, comprou a Destilaria Paralcool, em Paraguaçu Paulista (SP). Já em 2008, a NovAmérica informou que negociava a aquisição da Usina Pau D’Alho, em Ibirarema (SP), mas desistiu do negócio em função da crise. (Agência ESTADO)

quinta-feira, março 05, 2009

Mercado de máquinas despenca e um Agrishow sem tratores

Como já era esperado, ocorreu queda significativa na venda de máquinas agrícola no mês passado. Outro assunto interessante é a não presença das indústrias de tratores no Agrishow deste ano. As notícias abaixo da Gazeta Mercantil nos mostram os detalhes:

Vendas de máquinas caem 25%

São Paulo, 5 de Março de 2009 - As vendas de máquinas e implementos agrícolas despencaram mais 25% no primeiro mês do ano, na comparação com o mesmo período do ano anterior. E, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas (Abimaq), em fevereiro o tamanho do rombo no setor deve ser o mesmo. "Se repetir esse comportamento também em março a situação começa a ficar preocupante", avalia Luiz Aubert Neto, presidente da Abimaq.

De acordo com Aubert, apenas uma das 30 câmaras setoriais que compõem a Abimaq registrou crescimento nos dois primeiros meses do ano. "Somente o setor de válvulas industriais negociou volume superior ao do ano passado", revela. Em 2008, o setor de máquinas e implementos agrícolas faturou R$ 8,34 milhões, valor 42,5% maior em relação a 2007.

As vendas de colheitadeiras acompanharam essa tendência de baixa e registraram retração de 27% no primeiro mês de 2009, de acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Essa foi a pior e única queda amargada pelo segmento nos últimos 30 meses. Segundo Rego, a recuperação inaugurada em 2006 pelo setor foi freada no final do ano passado. "E em fevereiro a expectativa é que a situação fique ainda pior". O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas, Luiz Aubert Neto, lembra que no fim de 2008 as vendas de colheitadeira ficaram 50% menor.

Apenas os veículos agrícolas de pequeno porte comemoram crescimento no referente mês, sustentando as vendas de tratores em um patamar 17% maior que o volume de negociação do mesmo período do ano passado. "Em termos de unidade estamos vendendo mais, mas a potência que chega ao campo é infinitamente menor", calcula Milton Rego, vice-presidente da Anfavea.

A alta nas vendas de tratores de até 100 cv de potência no começo de 2009 foi impulsionada por programas governamentais como o "Mais Alimento", do governo federal e o "Pró Trator" do governo paulista que garantem que a dívida do produtor se prolongue por um período maior com uma taxa de juros menor.

Solo fértil

Menos máquinas agrícolas carregam até o campo uma quantidade maior de fertilizantes. De acordo com levantamento consolidado da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), em janeiro as indústrias entregaram 1,343 mil toneladas de adubos, volume 37% maior que o negociado em dezembro mas ainda 27,7% menor que o do mesmo período do ano passado.

Eduardo Daher pondera que o mercado não vai voltar a se comportar como na safra 2007/08, mas argumenta que o setor já sinaliza uma melhora pontual. "Continuamos o quarto maior mercado do mundo". Segundo ele, as carteiras de pedidos indicam uma entrega de 1,3 milhão de toneladas de fertilizantes em fevereiro. Em 2008, uma antecipação por parte dos agricultores culminou em uma entrega de 1,852 milhão de toneladas no mês de fevereiro.

A recuperação do mercado de adubos em relação aos três últimos e retraídos meses do ano passado acompanha, não na mesma proporção, uma queda nos preços de 15% dos fertilizantes vendidos no mercado interno. (Gilmara Botelho)

Agrishow se despede de Ribeirão Preto sem estandes de tratores

São Paulo, Ribeirão Preto, 5 de Março de 2009 - Sem a participação dos grandes produtores de tratores, colheitadeiras, implementos agrícolas e caminhões, a 16 edição da Agrishow, a ser realizada ainda em Ribeirão Preto, perde prestígio. Multinacionais como John Deere, Case, New Holand (CNH), Agco, Massey Fergunson, Scania e Mercedes-Benz, que sempre ostentaram os maiores e mais requintados estandes da Agrishow, vão ficar de fora da feira, considerada uma das maiores exposições de máquinas agrícolas do planeta.

A Agrale, tampouco suas subsidiárias, participarão do evento este ano. De acordo com Nelson Watanabe, gerente de vendas da Agritech Lavrale, uma das subsidiárias em questão, a empresa segue a conduta estipulada pelo Grupo determinada em conjunto com os presidentes das outras empresas do segmento associadas à Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). "Os fabricantes de tratores avaliam que não são consultados quando da realização da exposição", justifica. Segundo Watanabe, os agricultores que frequentam a Agrishow são motivados principalmente pelas empresas de máquinas agrícolas.

Milton Rego, diretor de relações externas da CNH e vice-presidente da Anfavea, explica que essa decisão de não participar do evento é das associadas e não da Associação propriamente dita. "Ninguém voltou atrás e nem vai voltar", antecipa. Rego justifica a ausência se apoiando no aumento dos custos e na sugestão dada pela Anfavea de realizar a feira a cada dois anos e negada pela organização da Agrishow. "A decisão não foi motivada apenas pela crise", afirma. Tanto a Case IH, quanto a New Holand confirmaram que não estarão em Ribeirão Preto (SP) este ano.

Os altos gastos alegados com montagem, transporte de equipamentos, viagens, hospedagem e alimentação de executivos e convidados, a Anfavea anunciou ainda em dezembro que suas associadas não participariam da Agrishow. As respectivas concessionárias também não deverão participar do evento. Caminho idêntico deverão seguir grandes fabricantes nacionais de implementos agrícolas, como Jumil, Marchesan e Jacto, que não confirmaram participação na feira, segundo uma fonte da Reed Exhibition Alcantara Machado, promotora da Agrishow.

O novo presidente da feira, Cesário Ramalho da Silva, que também preside a Sociedade Rural Brasileira (SRB) não assume a ausência já declarada das associadas Anfavea, mas rebate ameaçando "ir atrás das empresas exigindo uma justificativa".

Mesmo sem a participação das associadas da Anfavea, a Agrishow projeta um crescimento no número de expositores para este ano. Segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas (Abimaq), Luiz Aubert Neto, a Agrishow 2009 vai receber 775 expositores, 55 deles internacionais, antes os 745 da versão 2008.

A expectativa dos organizadores do evento é movimentar cerca de R$ 870 milhões - no ano passado a Agrishow contabilizou R$ 800 milhões em negócios. São esperados 140 mil visitantes este ano. "Se o volume de negócios for menor do que o esperado, estará dentro da realidade do mercado", pondera o novo presidente.

A Agrishow 2009 será a última edição da feira em Ribeirão Preto. No próximo ano, o evento tem nova casa: São Carlos, a 240 km de São Paulo e a 80 km de Ribeirão Preto. Para a realização da feira, a cidade vai receber R$ 53 milhões para investir em infraestrutura, como rede elétrica e modernização dos acessos à cidade.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, problemas com a estrutura do evento em Ribeirão Preto desagradavam os fabricantes de tratores. "Fizemos estudos em Araras, Piracicaba, São Carlos e até em Ribeirão Preto. A melhor proposta foi de São Carlos", diz Aubert. Ele conta que a cidade carece de rede hoteleira para atender aos visitantes da feira. "Mas isso não impede a realização do evento". Segundo ele, as cidades próximas podem resolver o problema, inclusive Ribeirão Preto.

A Embrapa cedeu um terreno de 240 hectares na região para desenvolver projetos de agroenergia. A concessão é por 50 anos, renováveis por mais 50 anos.

terça-feira, março 03, 2009

Notícia na contramão? JBS Friboi quer contratar 5.000

Encontrei no Portal Exame uma notícia muito boa. Na contramão das últimas notícias, a JBS Friboi pretende contratar cerca de 5.000 novos funcionários. Abaixo segue a notícia completa:

JBS diz que estuda contratar após dia ruim para o setor na bolsa

Por 02 de Março de 2009 22:32

SÃO PAULO (Reuters) - No final de um dia ruim para o setor na Bolsa de Valores de São Paulo nesta segunda-feira, a JBS divulgou comunicado em que afirma que seus negócios seguem crescendo e que estuda a possibilidade de contratar 5 mil funcionários.

"Em observação aos eventos recentes no setor da carne bovina, a JBS comunica que não observou diminuição em suas margens no mercado brasileiro neste início de 2009", afirmou a empresa em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

"Dado a capacidade de abate instalada que hoje possui, a companhia está avaliando neste mês de março quais de suas plantas no Brasil terão sua produção ampliada com a possível contratação de até 5.000 pessoas durante o primeiro semestre de 2009", acrescenta a nota.

A JBS disse ainda que está reduzindo a taxa de antecipação do pagamento para aquisição de animais à vista de 4 por cento para até 2 por cento ao mês, "como forma de compensar parte de possíveis perdas dos produtores".

Nesta segunda-feira, o agronegócio contribui para a queda de 5,1 por cento do Ibovespa, após o Deutsche Bank reduzir a recomendação dos papéis de vários frigoríficos depois que a Independência, uma das maiores do setor, pediu proteção judicial contra falência nos EUA.

Os papéis da JBS fecharam o pregão em queda de 2,4 por cento, para 4,50 reais.

Energia das florestas, Klabin usará óleo de casca de madeira

A energia da biomassa é algo que parece que não tem fim. No setor sucroalcooleiro temos o bagaço como fonte tradicional e a palha como nova fonte de energia, e no setor florestal, que sempre utilizou cavacos de madeira, agora descobre uma nova fonte de energia, o óleo de casca de madeira. Veja abaixo a notícia da Gazeta Mercantil de hoje:

Klabin investe em sistema para extrair óleo de casca de madeira


São Paulo, 3 de Março de 2009 - Em busca da autossuficiência energética, a Klabin investiu R$ 20 milhões na implantação de um novo sistema para produzir um óleo combustível a partir das cascas das árvores de pinus em sua Unidade Monte Alegre, em Telêmaco Borba (PR). O aporte incluiu aquisição de dois tanques de 3,6 mil m para fazer a separação do subproduto, denominado tall oil. Com isso, uma das maiores produtoras e exportadoras de papéis do Brasil vai economizar 430 toneladas de óleo combustível por mês. Ao preço de hoje, em torno de R$ 600 por tonelada, isso representa uma redução de R$ 258 mil mensais.

Além disso, a Klabin estima uma redução na emissão de 256 mil toneladas por ano. Assim, a papeleira - que já fez duas vendas de crédito de carbono no mercado internacional, uma de 29,5 mil toneladas em 2007 e outra de 87 mil toneladas em 2008 - já planeja novas vendas futuras. "Ao todo, com os diversos projetos de redução de emissão, a Klabin tem potencial estimado de venda entre 60 a 100 mil toneladas de , mas ainda estamos validando e deve levar mais um ano", diz gerente corporativo de meio ambiente, Júlio César Nogueira.

Com todos os investimentos, iniciados na década de 1980, a Klabin já contabiliza o uso de energias renováveis em 99% dos casos. "Chegamos a um limite técnico e agora buscamos tecnologias como estas para superar esses 1% que faltam", explica Marcelo Gasparim, gerente de recuperação de subprodutos e utilidades da Klabin.

Com o projeto, que tem conclusão prevista para o segundo semestre deste ano, a Klabin passa a ser a única empresa do setor de papel e celulose a fabricar o tall oil, que será usado para geração de energia elétrica, e também pode ser comercializado para ser usado na fabricação de breu, colas especiais e na indústria de sabões, esmaltes e tintas, entre outras aplicações.Reconhecida internacionalmente como fábrica ecológica, a Unidade Monte Alegre da Klabin já se destaca na produção de energia a partir da utilização de biomassa proveniente de madeira. As melhorias vem sendo obtidas após os investimentos no projeto conhecido como MA 1100, que consumiu investimentos de R$ 2,2 bilhões para elevar a capacidade da Unidade Monte Alegre de 700 mil toneladas de papéis por ano para 1,1 milhão de toneladas/ano e amplia a capacidade total da empresa de 1,6 milhão para 2 milhões de toneladas/ano de papéis para embalagens.

A fábrica também faz uso do metanol e do lodo obtido a partir do tratamento de efluentes como combustíveis alternativos e possui as mais importantes certificações relacionadas à qualidade, meio ambiente e sustentabilidade. As florestas e a cadeia de custódia de produção de papéis são totalmente certificadas pelo FSC (Forest Stewardship Council), o Conselho de Manejo Florestal. A fábrica possui os selos ISO 9001 (qualidade), ISO 14001 (meio ambiente). Tem também a ISO 22000 (sistema de gestão para segurança de alimentos).(Anna Lúcia França)