A reportagem abaixo do Valor de ontem mostra o comportamento das commodities com relação à crise dos mercados:
COMMODITIES TÊM RECUPERAÇÃO PARCIAL
Um dia depois do declínio ao limite de baixa, motivado pelas incertezas com a dimensão da crise econômica americana e a conseqüente venda de contratos pelos especuladores, as principais commodities agrícolas, negociadas na bolsa de Chicago, voltaram a subir.
A redução da taxa básica de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) em 75 pontos, para 2,25%, ajudou a dar ânimo aos investidores, embora a recuperação tenha sido apenas parcial. Os contratos de soja com vencimento em julho subiram 3,25 centavos de dólar em Chicago, para US$ 13,22 por bushel. O milho para julho atingiu US$ 5,5925 por bushel com o avanço de 8 centavos de dólar.
A alta mais expressiva, contudo, foi a dos contratos de trigo que vencem também em julho, que subiram 36 cents, para US$ 11,38 por bushel. "Os fundamentos permanecem positivos e justificam os preços altos. Com as baixas das últimas duas semanas, os investidores aproveitaram para comprar de novo", afirma André Debastiani, analista da Agroconsult. "O que ocorreu (nas baixas) foi um cenário de aversão ao risco. A leitura dos fundamentos perde valor nessas horas". A leitura pouco detida do quadro de oferta e demanda, ou "financeirização" do mercado de commodities agrícolas, como define o analista Gabriel Pesciallo, da Agência Rural, teve influência um pouco menor ontem.
Entre os cereais, por exemplo, o arroz atingiu ontem seu preço mais elevado em 34 anos, como informa o "Financial Times". O movimento seguiu um quadro típico de análise dos fundamentos em detrimento dos humores do mercado financeiro. Índia e Vietnã, dois importantes produtores, ampliaram o aperto na oferta ao anunciarem neste mês restrições às exportações.
A alta do milho foi creditada às especulações de que o excesso de chuvas em áreas produtoras dos EUA levará à redução do plantio do grão e ao cultivo de soja. O declínio de 12% do preço do trigo nas últimas três sessões pode estimular compras para a recomposição de estoques, o que puxou a alta da commodity, segundo analistas ouvidos pela Bloomberg. No Brasil, o dia também foi de alta para a commodity. O preço da saca de 60 quilos subiu 1,30%, para R$ 39,86, na média, de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral).
Milho e soja, em contrapartida, recuaram. A saca de 60 quilos de milho caiu 0,72%, para R$ 27,17, segundo o índice Esalq/BM&F. A saca de soja recuou 1,39%, a R$ 43,88, de acordo com o índice Cepea/Esalq. As poucas perdas do mercado ontem ocorreram no mercado das "soft commodities", negociadas em Nova York. Com o salto de 20% dos preços registrado nos primeiros dois meses do ano, a demanda do algodão tende a se arrefecer.
Com isso, a commodity fechou em baixa pelo quarto dia seguido. O recuo foi de 67 pontos, para 77,23 centavos de dólar por libra-peso.
COMMODITIES TÊM RECUPERAÇÃO PARCIAL
Um dia depois do declínio ao limite de baixa, motivado pelas incertezas com a dimensão da crise econômica americana e a conseqüente venda de contratos pelos especuladores, as principais commodities agrícolas, negociadas na bolsa de Chicago, voltaram a subir.
A redução da taxa básica de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) em 75 pontos, para 2,25%, ajudou a dar ânimo aos investidores, embora a recuperação tenha sido apenas parcial. Os contratos de soja com vencimento em julho subiram 3,25 centavos de dólar em Chicago, para US$ 13,22 por bushel. O milho para julho atingiu US$ 5,5925 por bushel com o avanço de 8 centavos de dólar.
A alta mais expressiva, contudo, foi a dos contratos de trigo que vencem também em julho, que subiram 36 cents, para US$ 11,38 por bushel. "Os fundamentos permanecem positivos e justificam os preços altos. Com as baixas das últimas duas semanas, os investidores aproveitaram para comprar de novo", afirma André Debastiani, analista da Agroconsult. "O que ocorreu (nas baixas) foi um cenário de aversão ao risco. A leitura dos fundamentos perde valor nessas horas". A leitura pouco detida do quadro de oferta e demanda, ou "financeirização" do mercado de commodities agrícolas, como define o analista Gabriel Pesciallo, da Agência Rural, teve influência um pouco menor ontem.
Entre os cereais, por exemplo, o arroz atingiu ontem seu preço mais elevado em 34 anos, como informa o "Financial Times". O movimento seguiu um quadro típico de análise dos fundamentos em detrimento dos humores do mercado financeiro. Índia e Vietnã, dois importantes produtores, ampliaram o aperto na oferta ao anunciarem neste mês restrições às exportações.
A alta do milho foi creditada às especulações de que o excesso de chuvas em áreas produtoras dos EUA levará à redução do plantio do grão e ao cultivo de soja. O declínio de 12% do preço do trigo nas últimas três sessões pode estimular compras para a recomposição de estoques, o que puxou a alta da commodity, segundo analistas ouvidos pela Bloomberg. No Brasil, o dia também foi de alta para a commodity. O preço da saca de 60 quilos subiu 1,30%, para R$ 39,86, na média, de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral).
Milho e soja, em contrapartida, recuaram. A saca de 60 quilos de milho caiu 0,72%, para R$ 27,17, segundo o índice Esalq/BM&F. A saca de soja recuou 1,39%, a R$ 43,88, de acordo com o índice Cepea/Esalq. As poucas perdas do mercado ontem ocorreram no mercado das "soft commodities", negociadas em Nova York. Com o salto de 20% dos preços registrado nos primeiros dois meses do ano, a demanda do algodão tende a se arrefecer.
Com isso, a commodity fechou em baixa pelo quarto dia seguido. O recuo foi de 67 pontos, para 77,23 centavos de dólar por libra-peso.
Um comentário:
Olá parabéns pelo blog.
Estou bastante entusiasmado com o mercado futuro de commodities e não encontro blogs fóruns nada que discuta isso. Tens algumas indicações???
Novamente parabéns pela iniciativa espero que poste mais vezes!
Scarassatti
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