quarta-feira, agosto 15, 2007

O agronegócio do cashmere chinês e seus danos ambientais

Encontrei um post muito interessante no blog da Patrícia Campos Mello do Estadão que comenta sobre a produção de cashmere na China. A produção em massa fez com que o custo do cashmere caísse consideravelmente porém com grandes danos ao meio-ambiente:


Abaixo o cashmere democrático
por Patricia Campos Mello

Sabe aquele suéter lindo de cashmere que você comprou por uma pechincha? Pois é, ele está acabando com as pastagens da China e criou uma nuvem de poluição que chegou até a Califórnia.

Uma série de matérias de Evan Osnos, correspondente do Chicago Tribune na China, mostra como o aumento na demanda pelo cashmere está causando um enorme desequilíbrio ecológico. A população de bodes produtores de cashmere da região de Alashan, na China, multiplicou-se por 15 na última década. Essa superpopulação de bodes acabou com as pastagens da região. E como os animais ficam raspando os cascos pontudas no chão – é como se eles estivessem sempre de salto agulha, brinca Osnos – geram uma gigantesca nuvem de poeira. Essa nuvem de poeira atravessa o Pacífico e está poluindo a costa da Califórnia, que já registrou um aumento na incidência de problemas respiratórios.

Os EUA foram inundados por cashmere barato da China nos últimos anos. Foi-se o tempo em que suéter de cashmere era made in Italy ou France, e custava no mínimo US$ 100. Hoje em dia, uma malha de cashmere sai por US$ 25.

A democratização do cashmere e suas conseqüências ambientais é um ótimo exemplo sobre o preço que pagamos pelo boom chinês.

É hora de boicotar o cashmere e salvar as pastagens da China.

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