terça-feira, outubro 02, 2007

O lado "perverso" do etanol de milho na tradição americana

A crescente utilização de milho para a produção de etanol está fazendo com que a tradicional fabricante de ketchup Heinz pense em excluir a utilização de adoçantes à base de milho em sua fórmula, como podemos ver na reportagem da BBC abaixo:

"EFEITO ETANOL" PODE OBRIGAR EMPRESA A TIRAR MILHO DE KETCHUP

Uma das marcas de katchup mais amadas pelos americanos poderá ter de mudar a sua fórmula. E a culpa é do etanol. A empresa Heinz, fabricante do ketchup de mesmo nome, já estuda criar uma fórmula que não utilize milho como adoçante.

Isso se deve à alta de preços que o cereal vem enfrentando no mercado americano, devido ao aumento da demanda por etanol. Nos Estados Unidos, o combustível é predominantemente feito a partir de milho.

’Se o preço do milho continuar a subir de forma dramática, como ocorreu no ano passado, devido ao etanol, teremos de buscar outros adoçantes’’, disse Michael Mullen, diretor de Assuntos Corporativos Globais da Heinz.

MESMO SABOR

Mas Mullen fez questão de frisar que uma eventual alteração da fórmula do ketchup não propiciaria uma mudança de sabor do produto.

"A Heinz jamais faria uma mudança em seu principal produto sem promover uma cuidadosa pesquisa com seus consumidores. Não faríamos uma mudança se isso fosse representar uma alteração do sabor. É algo que levamos muito a sério."

Assim como faz a Coca-Cola, por exemplo, a fórmula do katchup da Heinz é mantida em segredo. O xarope de milho usado como adoçante do codimento é apenas um dos componentes básicos do molho.
A fórmula do katchup fabricado pela Heinz nos Estados Unidos e no restante do mundo é distinta. Apenas o catchupe americano faz uso de xarope de milho como adoçante. Em outros países, o adoçante é açúcar.

"Estamos acompanhando de perto o que vai acontecer em relação aos preços do milho. Se a escalada de preços que vem desde o ano passado prosseguir, será preciso estudar outras opções", disse Mullen. Nos últimos seis meses, o preço do milho subiu em mais de US$4 por alqueire.

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