Apesar de todo esforço e desejo do Governo Federal em transformar a produção de biodiesel o paraíso para a agricultura familiar, ainda não existe parcela significativa deste setor na produção, conforme podemos ler em artigo publicado no Panorama Brasil:
AGRICULTURA FAMILIAR AINDA PARTICIPA POUCO DA PRODUÇÃO DE BIODIESEL
A agricultura familiar ainda não está participando como poderia da produção de biodiesel no país. A avaliação é do consultor do portal especializado Biodieselbr, Univaldo Vedana. Segundo ele, a agricultura familiar representa menos de 5% do total da produção de matéria-prima para o biodiesel.
Segundo Vedana, para mudar esse quadro é preciso, primeiramente, definir as culturas que a agricultura familiar possa trabalhar. “Há necessidade de pesquisar e chegar a um consenso para saber qual a melhor alternativa para cada região, e isso é complicado. São muitas as opções e algumas precisam ser estudadas”, avalia.
Ele também considera que é preciso atualizar o programa de biocombustíveis desenvolvido pelo governo e estender, por exemplo, os benefícios do Selo Combustível Social para usinas que utilizem óleo de cozinha usado. “Não temos pobres só no campo. Nós temos o pessoal da reciclagem das grandes cidades que também precisam de incentivo”, afirma.
O consultor argumenta também que a produção de oleaginosas pela agricultura familiar não é suficiente para atender às exigências do governo para a concessão do Selo Combustível Social.
“É difícil organizar milhares de produtores para que produzam determinado produto, não é tão simples assim. Falar é fácil, agora, ir lá no campo, convencer os pequenos produtores, dar condições para que eles produzam determinado produto para a empresa poder ter benefício é complicado”, diz.
Atualmente, para obter o selo, as indústrias devem comprar um mínimo de 10% de matéria-prima de agricultores familiares nas regiões Centro-Oeste e Norte, 30% no Sul e Sudeste e 50% no Nordeste.
Vedana defende que o incentivo seja dado para que a agricultura familiar participe da produção de biodiesel, mas por meio do plantio de culturas perenes, que tenham alta produção de óleo por hectare e que exijam alto emprego de mão-de-obra.
Segundo Vedana, a atual produção de biodiesel depende aproximadamente de 80% do óleo de soja, 15% de gordura animal e o restante de outros óleos vegetais. “O preço da soja é ditado pelo mercado internacional, e hoje está muito caro. Como se vai fazer biodiesel para ser competitivo com o diesel de petróleo, se a matéria prima já está mais cara que o diesel”, questiona.
Para ele, o governo precisa criar políticas agrícolas voltadas à produção de outros óleos que não tenham fins alimentares, que sejam específicos para o biodiesel. Vedana lembra que o Brasil tem terras e condições para isso. Há também um período de entressafra no qual 70% da área agrícola não é utilizada.
“Temos uma gama de culturas com tecnologias, com conhecimentos já dominados, faltando apenas incentivo para que o produtor plante, ou a garantia de compra da produção. É isso que está faltando para o biodiesel realmente deslanchar”, conclui Vedana.
AGRICULTURA FAMILIAR AINDA PARTICIPA POUCO DA PRODUÇÃO DE BIODIESEL
A agricultura familiar ainda não está participando como poderia da produção de biodiesel no país. A avaliação é do consultor do portal especializado Biodieselbr, Univaldo Vedana. Segundo ele, a agricultura familiar representa menos de 5% do total da produção de matéria-prima para o biodiesel.
Segundo Vedana, para mudar esse quadro é preciso, primeiramente, definir as culturas que a agricultura familiar possa trabalhar. “Há necessidade de pesquisar e chegar a um consenso para saber qual a melhor alternativa para cada região, e isso é complicado. São muitas as opções e algumas precisam ser estudadas”, avalia.
Ele também considera que é preciso atualizar o programa de biocombustíveis desenvolvido pelo governo e estender, por exemplo, os benefícios do Selo Combustível Social para usinas que utilizem óleo de cozinha usado. “Não temos pobres só no campo. Nós temos o pessoal da reciclagem das grandes cidades que também precisam de incentivo”, afirma.
O consultor argumenta também que a produção de oleaginosas pela agricultura familiar não é suficiente para atender às exigências do governo para a concessão do Selo Combustível Social.
“É difícil organizar milhares de produtores para que produzam determinado produto, não é tão simples assim. Falar é fácil, agora, ir lá no campo, convencer os pequenos produtores, dar condições para que eles produzam determinado produto para a empresa poder ter benefício é complicado”, diz.
Atualmente, para obter o selo, as indústrias devem comprar um mínimo de 10% de matéria-prima de agricultores familiares nas regiões Centro-Oeste e Norte, 30% no Sul e Sudeste e 50% no Nordeste.
Vedana defende que o incentivo seja dado para que a agricultura familiar participe da produção de biodiesel, mas por meio do plantio de culturas perenes, que tenham alta produção de óleo por hectare e que exijam alto emprego de mão-de-obra.
Segundo Vedana, a atual produção de biodiesel depende aproximadamente de 80% do óleo de soja, 15% de gordura animal e o restante de outros óleos vegetais. “O preço da soja é ditado pelo mercado internacional, e hoje está muito caro. Como se vai fazer biodiesel para ser competitivo com o diesel de petróleo, se a matéria prima já está mais cara que o diesel”, questiona.
Para ele, o governo precisa criar políticas agrícolas voltadas à produção de outros óleos que não tenham fins alimentares, que sejam específicos para o biodiesel. Vedana lembra que o Brasil tem terras e condições para isso. Há também um período de entressafra no qual 70% da área agrícola não é utilizada.
“Temos uma gama de culturas com tecnologias, com conhecimentos já dominados, faltando apenas incentivo para que o produtor plante, ou a garantia de compra da produção. É isso que está faltando para o biodiesel realmente deslanchar”, conclui Vedana.
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