Matéria da revista Superinteressante comenta sobre a possibilidade da utilização de algas como biocombustíveis. Vamos esperar para ver:
"ALGA OU GASOLINA, DOUTOR?"
Reinaldo José Lopes
Algas microscópicas podem virar o biocombustível número 1 do mundo - se alguns probleminhas técnicos saírem do caminho.
Nunca na história deste planeta se falou tanto em biodiesel. Os produtores da soja brasileira, do óleo de dendê indonésio e de outras culturas agrícolas salivam diante das perspectivas de transformar esse monte de matéria vegetal nos combustíveis do futuro.
Mas esses sonhos podem desmoronar diante de um concorrente inusitado: as algas. Essa aposta está sendo feita por uma série de empresas americanas de nomes mirabolantes, como Solix Biofuels e Solazyme.
No papel, a idéia mais que razoável: algumas espécies de algas verdes, seres de uma célula só que funcionam basicamente como as plantas terrestres, são até 100 vezes mais produtivas que a soja, por exemplo. E botar as bichinhas para crescer não requer prática nem tampouco habilidade: elas não precisam de terra, só de água, luz e gás carbônico.
O óleo da célula delas pode ser transformado em biodiesel, capaz de mover todo tipo de veículo e ainda ser usado para aquecer casas. A alta eficiência de crescimento delas também significa que uma área relativamente pequena seria suficiente para cultivá-las, em vez das vastas lavouras de soja que hoje impulsionam o desmatamento na Amazônia.
Resta saber, porém, se vai dar para resolver os problemas que impedem a produção do algadiesel em larga escala. É preciso achar o jeito certo de controlar o crescimento das algas - se ele for rápido demais, umas acabam tapando a luz das outras e enguiçam o processo. E também ainda é um problema extrair o óleo das algas - é preciso usar métodos químicos, porque não dá para simplesmente espremê-las, como se faz com as azeitonas.
Em resumo, falta provar que o algadiesel vai fazer tão bem ao bolso quanto pode fazer ao ambiente.
"ALGA OU GASOLINA, DOUTOR?"
Reinaldo José Lopes
Algas microscópicas podem virar o biocombustível número 1 do mundo - se alguns probleminhas técnicos saírem do caminho.
Nunca na história deste planeta se falou tanto em biodiesel. Os produtores da soja brasileira, do óleo de dendê indonésio e de outras culturas agrícolas salivam diante das perspectivas de transformar esse monte de matéria vegetal nos combustíveis do futuro.
Mas esses sonhos podem desmoronar diante de um concorrente inusitado: as algas. Essa aposta está sendo feita por uma série de empresas americanas de nomes mirabolantes, como Solix Biofuels e Solazyme.
No papel, a idéia mais que razoável: algumas espécies de algas verdes, seres de uma célula só que funcionam basicamente como as plantas terrestres, são até 100 vezes mais produtivas que a soja, por exemplo. E botar as bichinhas para crescer não requer prática nem tampouco habilidade: elas não precisam de terra, só de água, luz e gás carbônico.
O óleo da célula delas pode ser transformado em biodiesel, capaz de mover todo tipo de veículo e ainda ser usado para aquecer casas. A alta eficiência de crescimento delas também significa que uma área relativamente pequena seria suficiente para cultivá-las, em vez das vastas lavouras de soja que hoje impulsionam o desmatamento na Amazônia.
Resta saber, porém, se vai dar para resolver os problemas que impedem a produção do algadiesel em larga escala. É preciso achar o jeito certo de controlar o crescimento das algas - se ele for rápido demais, umas acabam tapando a luz das outras e enguiçam o processo. E também ainda é um problema extrair o óleo das algas - é preciso usar métodos químicos, porque não dá para simplesmente espremê-las, como se faz com as azeitonas.
Em resumo, falta provar que o algadiesel vai fazer tão bem ao bolso quanto pode fazer ao ambiente.
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