sábado, julho 14, 2007

BIomassa pode ajudar o crescimento econômico do Brasil

Muito interessante o artigo abaixo encontrado no Mercado Carbono do Terra (http://invertia.terra.com.br/carbono) que revela o potencial econômico de nossos biocombustíveis e o que eles podem fazer para o país:

BIOMASSA PODE DOBRAR PIB DO PAÍS, DIZ ESTUDO

Um estudo do economista Adriano Benayon, autor entre outras obras do livro Globalização versus Desenvolvimento procura demonstrar que, diferentemente de algumas opiniões internacionais e mesmo de expoentes da política nacional, a biomassa é a melhor alternativa para substituição do combustível fóssil derivado do petróleo. O trabalho aborda todas as vantagens de um plano bem ordenado, da questão social à ambiental. Mas é no campo econômico que o especialista dá números que justificam a adoção imediata de políticas favoráveis aos combustíveis renováveis. Segundo ele, os óleos vegetais naturais podem render ao País nos mercados interno e externo R$ 635,3 bilhões.

Se forem adicionados ganhos com subprodutos, como o farelo, rico em proteínas, será possível criar gado confinado, reduzindo a necessidade de extensas pastagens, hoje uma das principais responsáveis pelos desmatamentos provocadores do aquecimento global e baixo aproveitamento da terra. Os ganhos indiretos corresponderiam ao dobro dos diretos, fazendo triplicar o total para R$ 1,9 trilhão, quantia equivalente a 80% do Produto Interno Bruto do Brasil.

Segundo Benayon, o mercado do óleo diesel é de cerca de 40 bilhões de litros e poderia crescer para 45 bilhões em 10 anos, com faturamento anual de R$ 50 bilhões. Mas apenas 22,5 bilhões de litros de óleos vegetais naturais seriam capazes de substituir os 45 bilhões de diesel, a um custo de R$ 0,40. A diferença, para menos em relação ao diesel de petróleo seria R$ 0,70 por litro. A esses números devem ser somados os obtidos com a produção do álcool.

No aspecto ambiental, o economista diz que a escolha pela biomassa, em vez de provocar novos desmatamentos, deve ampliar o reflorestamento, com a substituição, em grande parte, da cultura da soja por árvores, como o dendezeiro, 15 vezes mais produtivo de óleo por hectare/ano. E a maioria das árvores oleaginosas de grande produtividade é perene e requer pouco ou nenhum agrotóxico. Produzem por 40 a 60 anos e são renovadas sem necessidade de mover a terra: dendê em regiões úmidas e quentes, como a Amazônia; pinhão manso, roxo e bravo, além do tungue, do Sul ao Nordeste e nos cerrados. Ainda: florestas nativas, conservando-as, como o babaçu, no meio norte. O pinhão incorpora ao solo nitrogênio, fósforo e potássio, diminuindo o uso de adubos químicos. O estudo na íntegra, repleto de números e comparativos, foi publicado no jornal A Nova Democracia (Udop, Mercado Carbono Terra, 12/7/07)

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