As operações de mercados futuros ainda são pouco utilizadas pelos produtores agrícolas do Brasil. Estima-se que o mercado pode crescer algumas vezes quando comparamos com as operações em Chicago na CBOT. Abaixo segue um artigo publicado no www.jornalcana.com.br por um especialista no setor:
O ministério da saúde adverte: Não fazer hedge pode causar pânico, stress e perda de sono
Arnaldo Luiz Correa - Archer Consulting - Assessoria em Mercado de Futuros, Opções e Derivativos Ltda
O mercado de açúcar derreteu na semana, perdendo na média, 15 dólares por tonelada. A queda - confirmou-se na publicação do Commitment - foi dirigida por especulação. A posição pesada dos fundos de índice, quase não se alterou, ficando ao redor das 10 milhões de toneladas de açúcar. Opa! Quer dizer que são os fundos de índice que estão carregando nas costas todo o superávit de açúcar desse ano? Sim. Imagine em que mãos fortes estão essas 10 milhões.
O mercado fechou rigorosamente no mesmo nível de 2 anos atrás. E coincidentemente, se compararmos a máxima com a mínima dos últimos 12 meses, temos 17.25 contra 8.63, ou uma queda de 50%. Em ocasiões como essa, quando o pânico invade a sala a razão se joga pela janela. E muitas usinas podem correr o mesmo risco do ano passado quando ficaram altistas no topo do mercado, e se atiraram a comprar calls (opções de compra) e vender puts (opções de venda), podem agora ficar baixistas no chão do mercado fixando nesses níveis.
Lamentavelmente, não dá para re-inventar a roda se alguém deixou de fazer o hedge. Não fazer hedge causa desvio de atenção. Dança da chuva, nessa altura do campeonato, não vai resolver. A adivinhação (que os antigos chamavam de feitiçaria) deixou de ser o método de previsão favorito desde 1654 quando Pascal e Fermat introduziram um procedimento sistemático de cálculo de probabilidade de eventos. Dessa forma, disciplina com o hedge e não se apaixonar pela posição costumam funcionar em 99.9% dos casos. Além disso, ninguém quebra com lucro no bolso. Os gurus que nos brindaram no ano passado com sua esplendorosa sapiência e previsões mirabolantes de felicidade eterna e preços acima de 20 centavos se escondiam atrás das ilastras nos coquetéis pós-Sugar Dinner. Agora só faltam ressurgirem das cinzas, como fênix estrambelhadas para vaticinar que dessa vez o mercado vai para 4 centavos.
Não há dúvida, que o pânico via hedge de última hora por parte daqueles que estão sub-hedgeados, que seguraram a posição para dias melhores, que não chegaram e nem parecem estar a caminho, ainda pode pressionar mais o mercado. A luz no fim do túnel da esperança foi apagada para economizar energia, enquanto o custo de produção com o real valorizado eleva para 10.43 centavos de dólar por libra-peso posto usina, ou, grosso modo, um prejuízo de US$ 60 por tonelada. A situação só não é pior porque o mercado interno e o álcool acabam por compensar os preços baixos do açúcar no mercado internacional. Cálculos da Archer Consulting, no entanto, mostram que as usinas que destinam mais de 1/3 de sua produção equivalente cana para a exportação passam a operar no vermelho.
O volume de contratos negociados em NY quebrou mais um recorde em bases anuais. Nos últimos 12 meses, mais de 17 milhões de contratos foram negociados, ou 860 milhões de toneladas. Hoje, para cada tonelada negociada existem 17 no mercado futuro, fruto do da preocupação com a gestão de risco em nível global.Produtores devem apontar o lápis e fazer suas contas levando em consideração seu mix de produção e remuneração ao acionista antes de embarcar no pânico. Consumidores no mercado interno que não aproveitarem os preços baixos serão os próximos a se queixar no muro das lamentações.
O ministério da saúde adverte: Não fazer hedge pode causar pânico, stress e perda de sono
Arnaldo Luiz Correa - Archer Consulting - Assessoria em Mercado de Futuros, Opções e Derivativos Ltda
O mercado de açúcar derreteu na semana, perdendo na média, 15 dólares por tonelada. A queda - confirmou-se na publicação do Commitment - foi dirigida por especulação. A posição pesada dos fundos de índice, quase não se alterou, ficando ao redor das 10 milhões de toneladas de açúcar. Opa! Quer dizer que são os fundos de índice que estão carregando nas costas todo o superávit de açúcar desse ano? Sim. Imagine em que mãos fortes estão essas 10 milhões.
O mercado fechou rigorosamente no mesmo nível de 2 anos atrás. E coincidentemente, se compararmos a máxima com a mínima dos últimos 12 meses, temos 17.25 contra 8.63, ou uma queda de 50%. Em ocasiões como essa, quando o pânico invade a sala a razão se joga pela janela. E muitas usinas podem correr o mesmo risco do ano passado quando ficaram altistas no topo do mercado, e se atiraram a comprar calls (opções de compra) e vender puts (opções de venda), podem agora ficar baixistas no chão do mercado fixando nesses níveis.
Lamentavelmente, não dá para re-inventar a roda se alguém deixou de fazer o hedge. Não fazer hedge causa desvio de atenção. Dança da chuva, nessa altura do campeonato, não vai resolver. A adivinhação (que os antigos chamavam de feitiçaria) deixou de ser o método de previsão favorito desde 1654 quando Pascal e Fermat introduziram um procedimento sistemático de cálculo de probabilidade de eventos. Dessa forma, disciplina com o hedge e não se apaixonar pela posição costumam funcionar em 99.9% dos casos. Além disso, ninguém quebra com lucro no bolso. Os gurus que nos brindaram no ano passado com sua esplendorosa sapiência e previsões mirabolantes de felicidade eterna e preços acima de 20 centavos se escondiam atrás das ilastras nos coquetéis pós-Sugar Dinner. Agora só faltam ressurgirem das cinzas, como fênix estrambelhadas para vaticinar que dessa vez o mercado vai para 4 centavos.
Não há dúvida, que o pânico via hedge de última hora por parte daqueles que estão sub-hedgeados, que seguraram a posição para dias melhores, que não chegaram e nem parecem estar a caminho, ainda pode pressionar mais o mercado. A luz no fim do túnel da esperança foi apagada para economizar energia, enquanto o custo de produção com o real valorizado eleva para 10.43 centavos de dólar por libra-peso posto usina, ou, grosso modo, um prejuízo de US$ 60 por tonelada. A situação só não é pior porque o mercado interno e o álcool acabam por compensar os preços baixos do açúcar no mercado internacional. Cálculos da Archer Consulting, no entanto, mostram que as usinas que destinam mais de 1/3 de sua produção equivalente cana para a exportação passam a operar no vermelho.
O volume de contratos negociados em NY quebrou mais um recorde em bases anuais. Nos últimos 12 meses, mais de 17 milhões de contratos foram negociados, ou 860 milhões de toneladas. Hoje, para cada tonelada negociada existem 17 no mercado futuro, fruto do da preocupação com a gestão de risco em nível global.Produtores devem apontar o lápis e fazer suas contas levando em consideração seu mix de produção e remuneração ao acionista antes de embarcar no pânico. Consumidores no mercado interno que não aproveitarem os preços baixos serão os próximos a se queixar no muro das lamentações.
Maiores informações - http://www.archerconsulting.com.br
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