quinta-feira, agosto 20, 2009

Fazendas Reunidas Boi Gordo - relembrar para não esquecer

Muita gente nova não acompanhou esta história, por isso resolvi colocar abaixo a notícia recente do Canal Rural sobre este caso que transformou o agronegócio em golpe.

Vítimas de golpe da Fazenda Boi Gordo aguardam julgamento do processo
Cerca de 30 mil brasileiros ainda não conseguiram ver a cor do dinheiro que investiram na empresa

Núria Saldanha

Criada em 1988, a Boi Gordo parecia um sonho para os investidores. A oferta de rentabilidade de 38% ao ano, com a engorda de bois nas fazendas do grupo levou muitos brasileiros a apostarem nos números fantásticos. A aplicação de dinheiro em bois de papel virou febre no fim dos anos 90 e logo conquistou uma vasta clientela formada principalmente pela classe média.

Cerca de 70% dos investidores aplicaram montantes de até R$ 15 mil. Hoje, o processo que cuida do ressarcimento das vítimas de um dos maiores golpes da história do Brasil ainda está em andamento.

– O brasileiro é um sonhador e foi criada a imagem do fazendeiro do asfalto. As pessoas se sentiam fazendeiras, donas de uma boiada que nunca existiu – analisou o advogado José Luiz Silva Garcia.

Ao buscar informações sobre o investimento, o gerente comercial Carlito Ribeiro de Macedo encontrou muita gente satisfeita com o negócio. Clientes da Boi Gordo que aplicavam e recebiam de volta valores conforme a excelente promessa do contrato. Foi aí que decidiu investir R$ 100 mil da reserva da empresa que possui. E quando precisou resgatar o dinheiro, veio a notícia de que a empresa estava falida. Já são oito anos tentando equilibrar as dívidas enquanto espera o dinheiro de volta.

– A situação me desequilibrou financeiramente, já que era um fundo de reserva que eu tinha para qualquer emergência – lamenta Carlito Ribeiro.

O esquema funcionava como uma pirâmide e os rendimentos oferecidos não refletiam o lucro com a atividade pecuária, que gira em torno de 10%. Para completar o valor nos contratos que iam sendo resgatados, o grupo usava o dinheiro dos clientes novos que entravam. As contas não fechavam, e começaram então a surgir as dificuldades financeiras.

A notícia de que o negócio não ia bem se espalhou, e milhares de clientes resgataram o dinheiro. A Boi Gordo declarou ter 100 mil cabeças de gado no pasto, mas deveria ter pelo menos dez vezes mais, de acordo com os valores recebidos dos investidores. A situação ficou insustentável, e em 2001 entrou em concordata.

Recentemente o dono da empresa, Paulo Roberto de Andrade, conseguiu anular a ação penal e não pode mais ser preso. Mas o processo que cuida do ressarcimento das vítimas de um dos maiores golpes da história do Brasil ainda está em andamento.

Apesar da maioria das propriedades do Grupo Boi Gordo terem como sede o Estado de Mato Grosso, o processo corre no Fórum João Mendes Junior, na primeira vara cível de São Paulo. Isso porque, de acordo com a lei de falências, o juízo competente para casos como este, deve estar no local do principal estabelecimento da empresa falida, e a administração das Fazendas Reunidas Boi Gordo SA ficava na capital paulista.

Assim como Carlito, outros 30 mil brasileiros ainda não conseguiram ver a cor do dinheiro que investiram na empresa. Mas de acordo com o síndico da massa falida, advogado nomeado pelo juiz para identificar, avaliar e vender o patrimônio da empresa acusada, Gustavo Sauer de Arruda Pinto, pelo menos uma parte deste dinheiro deve ser devolvida.

– Não há a mínima chance de cobrir esse passivo porque ele é muito grande. Atualizado até abril de 2004, ele alcança R$2,5 bilhões – explica o advogado.

Parte do valor vai ser arrecadado com a venda das fazendas do grupo. Primeiro, vai pagar a dívida trabalhista, depois a dívida fiscal e, só depois, o dinheiro será dividido entre os credores. Um problema sem data para terminar.

– Em uma previsão otimista, eu poderia estar pagando os credores trabalhistas no fim do ano que vem – finaliza Gustavo Sauer.

3 comentários:

Anônimo disse...

Eles vieram na nossa empresa a alguns anos atras, nunca vi tanta prepotência, sou contabilista e aconselho que não existe milagre em economia quando procurar um novo investimento verifique sempre as garantias da empresa . Se trantando de um negocio de risco, não fique refem do capital investido.

Anônimo disse...

É, na epoca, trabalhava como comprador d e gado gordo em um frigorífico na região, das fazendas reunidas boi gordo, e é lamentável o que a contecia, é que o gerente o Gustavo e outro camarada um desses veterinários, roubavam tudo é por isso e por outras que faliu...
O gado era abatido e os dois já referidos faturava entre 15/30 % prá eles. Ex se um boi gordo dava 18@ eles faturavam 14 prá empresa e 4@ prá eles... dá prá acreditar??/
Mas é a mais pura verdade...

Abraços aos otários que investiram nesse barco de ladrões....
heheh

Anônimo disse...

isso so acontece aqui n o Brasil que os vagabundos roubam e fica por isso mesmo m as o que podemos fazer eu adoraria ser o fidel castro e colocar os donos da boi gordo no paredao e acabar coom toda a raça ordinaria deles , pois eles roubaram meu marido um homen super honesto que nunca saiu da linha mas o que ganhamos por sermos honesto aqui no Brasil nada so revolta dessa gente que vai ficar impune