Os preços do etanol e do açúcar estão um pouco diferente dos anos anteriores devido a uma série de motivos internos e externos. As notícias abaixo, compiladas de várias fontes, tem como objetivo esclarecer o tema:
Clima influencia preços
As empresas, que no primeiro semestre sofreram com os baixos preços praticados no mercado de etanol, estão otimistas em relação aos próximos meses do ano. José Carlos Grubisich, presidente da ETH, chegou a falar em R$ 1 por litro durante a entressafra, que começa em dezembro, durante a inauguração da sua primeira usina no Estado de Goiás, na semana passada.
Clima influencia preços
As empresas, que no primeiro semestre sofreram com os baixos preços praticados no mercado de etanol, estão otimistas em relação aos próximos meses do ano. José Carlos Grubisich, presidente da ETH, chegou a falar em R$ 1 por litro durante a entressafra, que começa em dezembro, durante a inauguração da sua primeira usina no Estado de Goiás, na semana passada.
Um dos fatores que deverão influenciar no aumento dos preços é a queda na produção de cana-de-açúcar devido às chuvas acima da média no mês de agosto. Em São Paulo, a região de Piracicaba deixou de colher cerca de 3 milhões de toneladas de cana, gerando um prejuízo de R$ 140 milhões de toneladas na cadeia do açúcar e de R$ 78 milhões no setor de álcool. Os números são da Associação dos Fornecedores de Piracicaba. Isso porque eram esperados 25 mililitros, no entanto, a média já ultrapassa 79 mililitros.
No Centro-Sul do País, a maior região produtora mundial, as chuvas de agosto foram as mais intensas de mais de seis décadas e só na segunda quinzena deste mês devem ser responsáveis por uma redução para 30 milhões de toneladas, em relação aos 40,1 milhões de toneladas da primeira quinzena. "A gente moeu menos cana nesta quinzena", disse Maurílio Biagi Filho, principal executivo da produtora de açúcar e etanol Maubisa Agrícola . "A chuva tem atrapalhado", afirmou.
Os rendimentos da atual temporada de colheita do Brasil, de abril a novembro, vão cair para o nível mais baixo de pelo menos dez anos devido à chuva, segundo Antonio Pádua, diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).
Segundo especialistas, os produtores brasileiros estão desacelerando a colheita quando chove porque a umidade reduz o teor de sacarose da cana, o composto processado em açúcar e etanol (DCI, 31/08/09)
Déficit global sustenta forte valorização do açúcar
Os preços futuros do açúcar fecharam com forte alta na sexta-feira, nas bolsas internacionais, ainda sustentados por notícias de produção menor da Índia, segundo maior produtor global, e clima chuvoso afetando o ritmo da colheita de cana no Centro-Sul do Brasil. Em Nova York, os contratos para janeiro encerraram, na sexta-feira, a 24,20 centavos de dólar por libra-peso, aumento de 86 pontos. Em Londres, os contratos para dezembro fecharam a US$ 601 a tonelada, elevação de US$ 17,50.
Neste ano, os preços do açúcar acumulam valorização de 97% em Nova York e já alcançam o maior valor dos últimos 28 anos.
"Não há vendedor no mercado. As usinas brasileiras estão fixadas e boa parte não se beneficiou destas recentes altas", afirmou Rodrigo Costa, da Newedge, corretora com sede em Nova York. A Índia deverá elevar suas importações para 4 milhões de toneladas. "Isso também tem sustentado as cotações", disse.
Analistas de mercado mantêm o discurso de que os preços futuros do açúcar podem ultrapassar os 30 centavos de dólar por libra-peso nos próximos meses. A demanda global pelo produto deverá superar a produção em 9,35 milhões de toneladas, segundo a Organização Internacional do Açúcar (OIA), informou a Bloomberg. Para a próxima safra, o déficit poderá atingir 5 milhões de toneladas.
No Brasil, as chuvas sobre os canaviais em agosto foram as mais intensas das últimas seis décadas, de acordo com informações do empresário do setor Maurílio Biagi Filho, à Bloomberg. Por conta das chuvas, a produção de açúcar e álcool deverá ser menor no país (Valor, 31/08/09)
Açúcar: Oferta Menor
O adiamento de projetos de usinas freou a oferta de cana-de-açúcar nova no centro-sul. Em 2007, houve crescimento de 70 milhões de toneladas, volume que recuou para 60 milhões em 2008 e para 45 milhões neste. No próximo, deve ser de apenas 30 milhões (Folha de S.Paulo, 29/08/09)
Açúcar bate novo recorde em 28 anos
Os preços futuros do açúcar tipo demerara bateram novo recorde em 28 anos ontem em Nova York, na ICE Futures US. O contrato mais negociado, com vencimento em outubro, subiu 4,58% e fechou cotado a 23,52 cents/lb. O mercado voltou a ser impulsionado pela preocupação com o desequilíbrio entre oferta e demanda, que deve pressionar os estoques mundiais ao longo da safra 2009/10. O problema foi agravado por mais uma quebra na produção de cana da Índia, maior consumidor mundial de açúcar (O Estado de S.Paulo, 29/08/09)
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