Em nota publicada no blog Mundo Agro da Exame, capitaneado por Fabiane Stefano, podemos observar que o Bradesco fez uma análise não muito boa para o ano de 2009 para as commodities agrícolas. Na sequência, texto integral da nota que também pode ser encontrado diretamente no Portal Exame, clicando aqui:
A carne não é fraca
O Bradesco divulgou nesta semana um amplo relatório de tendências setoriais para 2009 no qual são atualizados prognósticos feitos em maio de 2008. No agronegócio, foram analisados 14 produtos agropecuários. E o cenário geral não é animador. Embora o relatório aponte que os preços internacionais permaneçam acima da média histórica, os fatores de risco para o agronegócio são muitos. Aumento de custos, margens reduzidas, redução da oferta de crédito e volatilidade cambial justificam a revisão de boa parte dos cenários de "favorável" para "desfavorável". Nessa situação estão as lavouras de soja, milho, trigo, algodão, arroz e feijão. O que chama a atenção é que, entre tantos prognósticos negativos, as projeções para as cadeias de bovinos, suínos e aves se mantêm favoráveis. Os três segmentos - grandes exportadores - são amplamente beneficiados pela desvalorização do real, pois receberão mais reais pela mesma mercadoria. No caso de suínos e aves, a queda dos preços da soja e do milho implica a redução de custos - o que é uma ótima notícia em épocas de aperto. É provável que o setor brasileiro de carnes também venha a sentir os efeitos de uma demanda mundial mais fraca - assim como boa parte dos produtores de commodities. Mas isso deverá ser compensado pela forte competitividade que o país tem na produção de proteína animal. Em horas de crise, só os mais fortes tendem a ganhar mais espaço no mercado.
Por Fabiane Stefano
Publicado em 12/11/2008 - 17:14
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