Foi divulgada semana passada, as projeções do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para a safra 2018/2019. Com base nestas informações, a blogueira Fabiane Stefano do Blog Mundo Agro da Exame publicou o post abaixo e ainda na sequência temos uma figura publicada na Exame mostrando outros dados interessantes sobre a competitividade do agronegócio brasileiro publicados na última edição:
Otimismo versus otimismo
O Ministério da Agricultura acabou de lançar uma série de projeções para o agronegócio brasileiro nos próximos dez anos.
O trabalho analisa 18 produtos agrícolas. Com exceção do algodão, que permanecerá estável, todas as outras culturas terão aumentos expressivos de produção até 2018.
Os destaques ficam para o etanol (que passa de 22 bilhões para 59 bilhões de litros) e para o frango, a carne bovina, o trigo e o açúcar, com crescimentos de 57%, 49%, 46% e 44%, respectivamente.
O desempenho do agronegócio tem sido alvo de estudos de longo prazo - especialmente quando se trata de duas das principais commodities agrícolas: a soja e o milho.
A Agroconsult, consultoria especializada no setor de grãos, também fez seus cálculos para a safra 2018/2019. Ela projeta que a produção de soja chega a 108 milhões de toneladas - contra os 80,9 milhões estimados pelo ministério. Pela Agroconsult, a colheita de milho também vai ultrapassar as 100 milhões de toneladas (praticamente o dobro da produção atual), número bem superior ao projetado pelo governo.
O que difere nas análises do ministério e da Agroconsult é o grau de otimismo. As conclusões do governo são mais conservadoras - e é até natural que sejam mesmo. Já a consultoria, com uma percepção mais de mercado, aposta num avanço mais agressivo.
O certo é que as duas apontam para um aumento forte na produção agrícola. Minha preocupação: se hoje não há logística (para ficar apenas nesse item) que dê suporte ao setor, o que será do escoamento da produção agrícola em 10 anos?
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