Na segunda-feira a Braskem, de propriedade do Grupo Odebrecht, lançou o plástico a partir do etanol e na quarta-feira o Grupo Odebrecht confirma sua entrada no setor de açúcar e álcool, conforme podemos verificar pela notícia publicada no Valor no dia 28 de junho:
Odebrecht planeja destinar R$ 5 bi para açúcar e álcool
O grupo Odebrecht confirmou ontem a sua entrada no setor sucroalcooleiro, prevendo injetar R$ 5 bilhões nos próximos oito anos em usinas e no plantio de cana-de-açúcar. A meta é ficar entre as três maiores empresas do setor.
Segundo Ruy Sampaio, diretor de investimentos da Odebrecht, o novo negócio faz parte do projeto de expansão do grupo de um faturamento próximo a US$ 12 bilhões em 2006 para US$ 18 bilhões em 2012. "As operações no setor de açúcar e álcool têm potencial para responder por 15% a 20% do faturamento da Odebrecht em oito anos", afirmou o executivo.
A investida em açúcar e álcool segue o plano estratégico da Odebrecht de criar um terceiro negócio depois de consolidação dos investimentos em construção e petroquímica. Em 2006, o grupo faturou R$ 24 bilhões, dos quais R$ 16,5 bilhões vieram da petroquímica Braskem (70% da receita) e R$ 7,4 bilhões da construtora CNO (30%). Nos últimos cinco anos, a receita do grupo cresceu em média 17% ao ano. A compra de ativos petroquímicos da Ipiranga em março deve elevar a receita da Braskem para perto de R$ 20 bilhões.
Como primeiro movimento no setor sucroalcooleiro, a Odebrecht vai incorporar a empresa de participações CZRE. A companhia foi criada há pouco mais de um mês por Eduardo Pereira de Carvalho (ex-presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar/Unica, entidade que reúne as empresas do setor), além de Clayton Hygino Miranda, Zenilton Melo e Roger Haybittle, todos ex-executivos da Coimex.
A nova estrutura societária, sob o controle da Odebrecht e que terá os demais executivos da CZRE como sócios minoritários, será presidida por Miranda. Essa empresa terá seu nome escolhido pela agência Africa, do publicitário Nizan Guanaes.
Eduardo Pereira de Carvalho disse que a negociação durou pouco mais de um mês. "As duas empresas perceberam que tinham objetivos em comum e, para a CZRE, era mais seguro associar-se a um grupo com um projeto de longo prazo do que captar recursos de fundos, que possuem prazos para sair do negócio", justificou Carvalho.
Segundo Ruy Sampaio, da Odebrecht, a meta é abrir o capital da nova empresa no médio prazo para a captação de recursos no mercado. "Isso não ocorrerá neste ano, nem no ano que vem; depende de como vai reagir o mercado", afirmou o diretor.
A Odebrecht avalia que poderá produzir entre 30 milhões e 40 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano no prazo de oito anos. "Hoje o maior grupo do setor sucroalcooleiro produz isso. Se em oito anos eles estiverem produzindo 80 milhões, vamos atrás dessa nova marca. A idéia é brigar pela liderança", afirmou Clayton Miranda.
O investimento de R$ 5 bilhões não leva em consideração os aportes previstos para logística e co-geração de energia a partir do bagaço de cana, explicou Ruy Sampaio. Segundo ele, a Odebrecht também fará investimentos em armazéns e vagões para transporte do açúcar aos portos. Não está descartada a formação de parcerias para a instalação de um alcooduto para transporte do etanol. Tais negócios, no entanto, ainda estão em fase de estudos, disse Sampaio.
A formação do complexo de usinas, segundo Sampaio, será feita com a construção de unidades próprias, aquisições e parcerias com outros grupos. O foco é a formação de clusters, formados por três a quatro usinas com capacidade conjunta de moagem de 12 milhões de toneladas de cana por ano. Os locais avaliados pelo grupo são áreas de fronteira dos Estados de Minas Gerais, de Goiás, de Mato Grosso do Sul e do Paraná.
Do total de cana a ser produzido, 60% serão destinados à produção de etanol - o equivalente a 1,4 bilhão a 1,9 bilhão de litros por ano - que inicialmente serão destinados ao mercado interno. Os outros 40% irão para a produção de açúcar, o que pode render de 1,6 milhão a 2,2 milhões de toneladas por safra. Essa produção será exportado.
A nova empresa começará a operar já neste ano com a usina adquirida recentemente pela CZRE e cujo nome ainda é mantido em sigilo. A usina está localizada no Estado de São Paulo, processa 2 milhões de toneladas de cana por ano e é avaliada por especialistas do mercado em US$ 132 milhões.
Conforme Sampaio, o negócio de produção de polímeros verdes (resinas plásticas à base de cana-de-açúcar) e a produção de ETBE (aditivo para gasolina feito a partir de etanol), que serão produzidos pela Braskem a partir de 2009, não terão ligação direta com a nova empresa. "A Braskem pode até tornar-se cliente", explicou Sampaio. A demanda estimada pela Braskem é de 250 milhões a 300 milhões de litros, podendo chegar a 1 bilhão por ano até 2019.
A Odebrecht avaliou áreas diversas potenciais para a abertura do seu terceiro negócio, o que incluía investimentos em biotecnologia, transmissão de energia e mineração. Um dos fatores que pesou pela escolha do grupo pela indústria de açúcar e álcool foi o grande potencial de competitividade do país além da ainda baixa concentração de empresas grandes no setor. A Odebrecht chegou a ter outros negócios no passado, mas teve de se desfazer de ativos em reflorestamento para celulose e telecomunicações, entre outros. O alto endividamento provocado pela desvalorização do real no início da década levou o grupo a desfazer-se destes ativos, concentrando apenas nas atividades de construção e de petroquímica.
Odebrecht planeja destinar R$ 5 bi para açúcar e álcool
O grupo Odebrecht confirmou ontem a sua entrada no setor sucroalcooleiro, prevendo injetar R$ 5 bilhões nos próximos oito anos em usinas e no plantio de cana-de-açúcar. A meta é ficar entre as três maiores empresas do setor.
Segundo Ruy Sampaio, diretor de investimentos da Odebrecht, o novo negócio faz parte do projeto de expansão do grupo de um faturamento próximo a US$ 12 bilhões em 2006 para US$ 18 bilhões em 2012. "As operações no setor de açúcar e álcool têm potencial para responder por 15% a 20% do faturamento da Odebrecht em oito anos", afirmou o executivo.
A investida em açúcar e álcool segue o plano estratégico da Odebrecht de criar um terceiro negócio depois de consolidação dos investimentos em construção e petroquímica. Em 2006, o grupo faturou R$ 24 bilhões, dos quais R$ 16,5 bilhões vieram da petroquímica Braskem (70% da receita) e R$ 7,4 bilhões da construtora CNO (30%). Nos últimos cinco anos, a receita do grupo cresceu em média 17% ao ano. A compra de ativos petroquímicos da Ipiranga em março deve elevar a receita da Braskem para perto de R$ 20 bilhões.
Como primeiro movimento no setor sucroalcooleiro, a Odebrecht vai incorporar a empresa de participações CZRE. A companhia foi criada há pouco mais de um mês por Eduardo Pereira de Carvalho (ex-presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar/Unica, entidade que reúne as empresas do setor), além de Clayton Hygino Miranda, Zenilton Melo e Roger Haybittle, todos ex-executivos da Coimex.
A nova estrutura societária, sob o controle da Odebrecht e que terá os demais executivos da CZRE como sócios minoritários, será presidida por Miranda. Essa empresa terá seu nome escolhido pela agência Africa, do publicitário Nizan Guanaes.
Eduardo Pereira de Carvalho disse que a negociação durou pouco mais de um mês. "As duas empresas perceberam que tinham objetivos em comum e, para a CZRE, era mais seguro associar-se a um grupo com um projeto de longo prazo do que captar recursos de fundos, que possuem prazos para sair do negócio", justificou Carvalho.
Segundo Ruy Sampaio, da Odebrecht, a meta é abrir o capital da nova empresa no médio prazo para a captação de recursos no mercado. "Isso não ocorrerá neste ano, nem no ano que vem; depende de como vai reagir o mercado", afirmou o diretor.
A Odebrecht avalia que poderá produzir entre 30 milhões e 40 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano no prazo de oito anos. "Hoje o maior grupo do setor sucroalcooleiro produz isso. Se em oito anos eles estiverem produzindo 80 milhões, vamos atrás dessa nova marca. A idéia é brigar pela liderança", afirmou Clayton Miranda.
O investimento de R$ 5 bilhões não leva em consideração os aportes previstos para logística e co-geração de energia a partir do bagaço de cana, explicou Ruy Sampaio. Segundo ele, a Odebrecht também fará investimentos em armazéns e vagões para transporte do açúcar aos portos. Não está descartada a formação de parcerias para a instalação de um alcooduto para transporte do etanol. Tais negócios, no entanto, ainda estão em fase de estudos, disse Sampaio.
A formação do complexo de usinas, segundo Sampaio, será feita com a construção de unidades próprias, aquisições e parcerias com outros grupos. O foco é a formação de clusters, formados por três a quatro usinas com capacidade conjunta de moagem de 12 milhões de toneladas de cana por ano. Os locais avaliados pelo grupo são áreas de fronteira dos Estados de Minas Gerais, de Goiás, de Mato Grosso do Sul e do Paraná.
Do total de cana a ser produzido, 60% serão destinados à produção de etanol - o equivalente a 1,4 bilhão a 1,9 bilhão de litros por ano - que inicialmente serão destinados ao mercado interno. Os outros 40% irão para a produção de açúcar, o que pode render de 1,6 milhão a 2,2 milhões de toneladas por safra. Essa produção será exportado.
A nova empresa começará a operar já neste ano com a usina adquirida recentemente pela CZRE e cujo nome ainda é mantido em sigilo. A usina está localizada no Estado de São Paulo, processa 2 milhões de toneladas de cana por ano e é avaliada por especialistas do mercado em US$ 132 milhões.
Conforme Sampaio, o negócio de produção de polímeros verdes (resinas plásticas à base de cana-de-açúcar) e a produção de ETBE (aditivo para gasolina feito a partir de etanol), que serão produzidos pela Braskem a partir de 2009, não terão ligação direta com a nova empresa. "A Braskem pode até tornar-se cliente", explicou Sampaio. A demanda estimada pela Braskem é de 250 milhões a 300 milhões de litros, podendo chegar a 1 bilhão por ano até 2019.
A Odebrecht avaliou áreas diversas potenciais para a abertura do seu terceiro negócio, o que incluía investimentos em biotecnologia, transmissão de energia e mineração. Um dos fatores que pesou pela escolha do grupo pela indústria de açúcar e álcool foi o grande potencial de competitividade do país além da ainda baixa concentração de empresas grandes no setor. A Odebrecht chegou a ter outros negócios no passado, mas teve de se desfazer de ativos em reflorestamento para celulose e telecomunicações, entre outros. O alto endividamento provocado pela desvalorização do real no início da década levou o grupo a desfazer-se destes ativos, concentrando apenas nas atividades de construção e de petroquímica.
Um comentário:
moro em Ibiraci mg onde fica localizada a usina Mascaranhas de Morais tenho aconpanhado o trabalho de voceis aqui e estou esperando o regresso de voceis adimiro muinto o trabalho feito e assim a cidade cresce e da muinto trabalho para o povo incrusive para mim que pretendo conseguir uma vaga de cozinheira obrigada por tudo e parabens
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