segunda-feira, junho 25, 2007

Cana ajuda a melhorar a competitividade da pecuária

Graças ao avanço da cana-de-açúcar em áreas de pastagem, existe um grande tendência na melhoria ainda mais da competitividade de nossa pecuária, conforme podemos verificar no artigo da Gazeta Mercantil:

PECUÁRIA BRASILEIRA TERÁ MAIS COMPETITIVIDADE COM O AVANÇO DO ETANOL

Graças ao potencial agrícola do Brasil, que tem o maior rebanho do mundo criado em pastos, a pecuária brasileira pode ganhar mais competitividade no mercado externo nos próximos anos pela expansão da produção de etanol de milho. As carnes, de um modo geral, devem ficar mais caras em países que criam os animais em confinamento - ou seja alimentados com ração - decorrente da alta dos preços grãos.

"O Brasil pode ter mais oportunidade no mundo'', disse a este jornal o diretor do Agronegócio e Energia da Bolsa de Mercadorias & Futuro (BM&F), Ivan Wedekin. Segundo ele, as preocupações internacionais para minimizar o possível aquecimento climático na atmosfera devem gerar "muitas'' oportunidades a outras atividades agrícolas do País, além da cana-de-açúcar usada na produção do etanol. Wedekin cita a pecuária, especialmente a bovina. "Nos Estados Unidos, 80% dos abates são de animais alimentados com ração, já no Brasil isso chega a apenas 5% do total abatido, pois a maioria dos animais é alimentada com pasto'', diz Wedekin.

Nos países em que predomina o confinamento, segundo o diretor da BM&F, a tendência é que o preço da carne fique mais caro. Com isso, o produto brasileiro terá mais competitividade, aumentando sua participação no mercado externo. Mas, segundo o analista da Scot Consultoria, Fabiano Tito Rosa, a carne bovina brasileira já é mais barata que a dos Estados Unidos, por exemplo, por conta das questões sanitárias. "Lógico que o Brasil terá mais vantagem competitiva com a expansão do etanol, mas o País ainda enfrenta barreiras sanitárias. Hoje não fornece a carne in natura para mercados mais exigentes, como Estados Unidos e Europa, que pagam mais'', acrescenta.

O analista diz, entretanto, que o Brasil tem muita vantagem competitiva entre os demais países da América do Sul, que também criam gado em pastagem, por possuir o maior rebanho do mundo - 200 milhões de cabeças - e uma cadeia mais organizada ( G.Mercantil, 14/6/07)

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