Durante a palestra, Evangelista pretende abordar como o farelo de soja foi usado no passado em produtos não alimentares. Segundo ela, na década 40, o farelo de soja era matéria-prima em cola de papéis laminados e adesivos para madeira, indústria têxtil e moldes plásticos. “No entanto, com o surgimento de materiais sintéticos alternativos mais baratos, o uso do farelo da soja foi limitado à alimentação animal”, explica.
Economia
O farelo de soja é considerado a mais importante matéria-prima para alimentação animal, sendo responsável por 65% do suprimento mundial de proteína. Evangelista afirma que o farelo de soja é o mais barato produto protéico da soja. Baseando-se em valores de dezembro de 2006, a pesquisadora disse que o farelo de soja é vendido a aproximadamente U$ 181/ton, a farinha de soja a U$ 480/t, o concentrado protéico de soja U$ 2050/t e o isolado protéico de soja a U$ 2700/t. “Comparando-se seu preço com aqueles farelos de outras oleaginosas, o preço do farelo de soja é próximo ao do farelo de algodão (U$178/t) e da canola (U$163/t), maior do que o de girassol (U$95/t) e menor do que o preço do farelo de milho (U$325/t), o qual é outra fonte protéica para alimentação animal”, enumera.
Em 2006, a produção de farelo de soja americana foi de 42 milhões de toneladas, sendo que 33 milhões foram utilizadas no País e 8 milhões exportadas. No Brasil, foram produzidas 22 milhões de toneladas e 13 milhões exportadas. “Ele é considerado o produto final de maior valor agregado da soja processada, porque contribui com 50-75% do valor de processamento. A sua produção gera receitas substanciais para os produtores de soja de todo o mundo”, contabiliza.
Antes do seminário internacional, no dia 10 de abril, a Embrapa Soja, juntamente com a Sociedade Americana dos Químicos de Óleo (American Oil Chemist´s Society -AOCS), irá promover também no Windsor Barra Hotel, no Rio de Janeiro, um curso sobre Biodiesel: tendências, mercado, química e produção.
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