Parece que a internacionalização da cana brasileira está chegando até no mais tradicional fabricante de equipamentos para o setor sucroalcooleiro,a Dedini. A notícia abaixo, foi publicado no site Brasil Agro e tem como fonte, o Relatório Reservado:
DEDINI É O PASSAPORTE DA ALSTOM PARA O SETOR SUCROALCOOLEIRO
A Alstom abriu negociações para a compra da Dedini, a maior fabricante de equipamentos para a indústria sucroalcooleira do Brasil. A proposta dos franceses envolve a compra de 60% das ações – o restante permaneceria em poder dos atuais controladores. Nos últimos dois anos, esta é a terceira tentativa da Alstom de adquirir a Dedini. Talvez seja a derradeira e a mais bem-sucedida das investidas.
Nas duas vezes anteriores, o grupo francês se deparou com uma empresa na crista da onda, com a carteira recheada de pedidos, o que levou os controladores a rechaçarem qualquer possibilidade de conversa. Desta vez, no entanto, o cenário parece ser mais propício para a negociação. A Dedini tem sido diretamente afetada pela safra de cancelamentos de projetos na área sucroalcooleira.
Neste ano, ainda deverá faturar mais de R$ 2 bilhões devido ao carry over de entregas feitas antes do agravamento da crise. Para o próximo ano, no entanto, esta cifra deverá cair de maneira expressiva. A empresa já projeta para 2009 uma taxa de ociosidade em torno de 30% da sua capacidade instalada.Além da iminente perda de faturamento, a Dedini sofre também com seus conflitos societários.
Os atritos são protagonizados por Mario Dedini Ometto – filho do empresário Dovílio Ometto, que controlava a Dedini até seu falecimento, em agosto do ano passado – e seu sobrinho Giuliano Dedini Ometto, presidente do Conselho de Administração. Na tentativa de aumentar seu poder dentro da companhia, ambos têm se movimentado para comprar as participações de acionistas minoritários . A Alstom já manteve contatos com os dois acionistas, condição sine qua nom para qualquer tentativa de compra do controle da Dedini.
Caso se confirme, a aquisição da Dedini permitirá à Alstom criar uma nova unidade de negócios no Brasil, reduzindo a dependência em relação aos setores de transporte e de energia. Os franceses estão dispostos até mesmo a se associar a projetos de construção de usinas no país, como forma de alavancar o fornecimento de equipamentos. Ao mesmo tempo, a compra da Dedini poderá funcionar como uma espécie de reciclagem da imagem da Alstom no Brasil, abalada por denúncias de corrupção para a venda de produtos e serviços ao Metrô de São Paulo (Relatório Reservado, 23/12/08)
Um comentário:
Que tristeza essa noticia sobre a compra de Dedini como também a aquisição por parte de Monsanto na genética da cana. Pelo menos Cosan ganhou.
Parabens pelo blog - está cheio de noticias bvem escolhidas.
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