sábado, setembro 06, 2008

Small caps do Agronegócio - algumas sugestões de analistas

As small caps são ações de pequenas empresas que eventualmente podem passar despercebidas pela maioria dos investidores, entretanto, os analistas sempre estão de olho nelas e o artigo abaixo retirado do Portal Exame em 21 de agosto:

20 ações para o longo prazo

Os melhores papéis de small e mid caps na opinião de 30 especialistas financeiros consultados por EXAME

Por Bruno Toranzo e José Carlos Videira

Um dos enganos mais comuns entre os novos investidores do mercado de capitais é achar que as expressões small e mid caps se referem aos papéis de pequenas e médias empresas. Com faturamento de 2 bilhões de reais, a fabricante de carrocerias Marcopolo é uma das maiores companhias brasileiras. Mas, pelos parâmetros da bolsa, a Marcopolo é uma small cap — tem valor de mercado inferior a 5 bilhões de reais e volume diário de negócios na bolsa entre 200 000 e 4 milhões de reais. Na Bovespa, a CPFL, uma gigante do setor de energia, é apenas uma mid cap, por estar entre as companhias que têm valor de mercado entre 5 bilhões e 20 bilhões de reais e ações que negociam, em média, de 5 milhões a 25 milhões de reais por dia. Essas duas categorias de ações sofreram muito nos últimos meses com a saída de investidores estrangeiros da Bovespa, acuados pela crise internacional. Daqui para a frente, no entanto, a tendência é que vários desses papéis se recuperem. “Nem tudo o que caiu vai voltar a subir, mas esse é o momento em que empresas com histórias interessantes começam a se destacar”, diz Sérgio Goldman, diretor no Brasil da empresa americana de investimentos Bulltick. “Ainda há muitas small e mid caps baratas com perspectivas de valorização no longo prazo.”


Para apontar quais são elas, EXAME consultou 30 profissionais — entre analistas, gestores e consultores — dos principais bancos, corretoras, gestoras de recursos e assessorias de investimento do país. Só foram selecionadas as ações que receberam, ao menos, dois votos dos especialistas. Depois disso, essas indicações foram comparadas com um levantamento feito pela consultoria Economática, que analisou indicadores financeiros das companhias de capital aberto para apontar as mais promissoras. O resultado dessa extensa triagem são as 20 ações que constam desta reportagem. Isso quer dizer que o risco de algo dar errado é pequeno? Não. Num ambiente volátil como o atual, a chance de altos e baixos é grande — e algumas das ações recomendadas têm risco elevado. Para os especialistas consultados, porém, quem estiver disposto a agüentar solavancos e a deixar seu dinheiro aplicado por mais de um ano pode obter retornos interessantes com esses papéis. Além de terem potencial de alta para os próximos 12 meses, as ações listadas a seguir devem continuar se valorizando no longo prazo, dizem os especialistas. Espera-se que essas empresas sejam beneficiadas pelo crescimento econômico — que deve arrefecer, mas dificilmente ficará abaixo de 3% ao ano no curto prazo — e pelo grau de investimento, que costuma atrair recursos estrangeiros para ações de companhias de menor porte na bolsa. “O investidor que souber escolher empresas que ganham com esse cenário vai lucrar mais que a média da bolsa”, diz Alexandre Póvoa, diretor da gestora de recursos Modal.


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