A imprensa só fala no possível apagão no futuro, mas como podemos observar na reportagem de ontem da Gazeta Mercantil, a solução encontra-se perto e fácil:
CANA PODE GERAR 15% DA ENERGIA NO PAÍS
O Brasil poderá gerar 15% de sua energia elétrica a partir da cana-de-açúcar até 2015, em comparação com os 3% atuais, ajudando a aliviar uma escassez de energia já prevista, prevê Marcos Jank, presidente da Unica (União da Agroindústria Canavieira de São Paulo). A produção de energia elétrica a partir do bagaço da cana-de-açúcar poderá crescer para 11.500 megawatts até 2015 e para 14.400 megawatts até 2020, disse Jank durante entrevista concedida ontem em Amsterdã, na Holanda.
"Até o final da próxima década, a eletricidade será a segunda maior fonte de receita para os usineiros, sendo que a primeira será o etanol e a terceira será o açúcar", afirmou. "A temporada de colheita da cana é a temporada de estiagem no Brasil, exatamente quando incorremos no risco de registrar apagões devido ao fato de o nível dos reservatórios estar baixo", disse Jank. "Por isso, essa medida pode ser uma forma de proteção. Cada 1.000 megawatts de bioeletricidade gerada no Brasil tem o mesmo efeito que acrescentar um volume de 5% de água nos reservatórios", acrescentou.
O presidente da Unica reconheceu que o setor de biocombustíveis está "sob ataque" devido ao receio em relação a sua sustentabilidade, e, por isso, precisa melhorar sua imagem. "Nós precisamos defender o etanol mundialmente contra as críticas sem embasamento científico", disse Jank em conferência realizada antes da entrevista coletiva. "Precisamos de mais comunicação sobre o etanol. Nós temos um problema em relação a isso."
Grupos como a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) dizem que o setor gera inflação nos preços dos alimentos, prejudica o meio ambiente e pode piorar os níveis de pobreza dos agricultores de países em desenvolvimento.
Os governos de Europa e Estados Unidos estão estimulando o uso de combustíveis alternativos para limitar as emissões de dióxido de carbono geradas por combustíveis fósseis e reduzir a dependência das importações de petróleo. A União Européia (UE) quer que biocombustíveis como o etanol respondam por 10% do combustível utilizado em seu setor de transportes públicos até 2020. O presidente George W. Bush quer aumentar o consumo de etanol dos EUA com a quase quintuplicação da meta para o uso de combustíveis renováveis até 2017.
"Precisamos trabalhar juntos na comunicação, mesmo que utilizemos diferentes matérias-primas em diferentes países e tenhamos políticas diferentes" para informar o público "sobre os benefícios dos biocombustíveis e, especificamente, do etanol", disse Jank. O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar e de etanol, a partir da cana-de-açúcar, tendo registrado a produção de 30,2 milhões de litros de etanol e de 430 milhões de toneladas de cana na safra 2006-2007. A produção brasileira de cana mais do que dobrará até 2020, passando a 1 bilhão de toneladas.
CANA PODE GERAR 15% DA ENERGIA NO PAÍS
O Brasil poderá gerar 15% de sua energia elétrica a partir da cana-de-açúcar até 2015, em comparação com os 3% atuais, ajudando a aliviar uma escassez de energia já prevista, prevê Marcos Jank, presidente da Unica (União da Agroindústria Canavieira de São Paulo). A produção de energia elétrica a partir do bagaço da cana-de-açúcar poderá crescer para 11.500 megawatts até 2015 e para 14.400 megawatts até 2020, disse Jank durante entrevista concedida ontem em Amsterdã, na Holanda.
"Até o final da próxima década, a eletricidade será a segunda maior fonte de receita para os usineiros, sendo que a primeira será o etanol e a terceira será o açúcar", afirmou. "A temporada de colheita da cana é a temporada de estiagem no Brasil, exatamente quando incorremos no risco de registrar apagões devido ao fato de o nível dos reservatórios estar baixo", disse Jank. "Por isso, essa medida pode ser uma forma de proteção. Cada 1.000 megawatts de bioeletricidade gerada no Brasil tem o mesmo efeito que acrescentar um volume de 5% de água nos reservatórios", acrescentou.
O presidente da Unica reconheceu que o setor de biocombustíveis está "sob ataque" devido ao receio em relação a sua sustentabilidade, e, por isso, precisa melhorar sua imagem. "Nós precisamos defender o etanol mundialmente contra as críticas sem embasamento científico", disse Jank em conferência realizada antes da entrevista coletiva. "Precisamos de mais comunicação sobre o etanol. Nós temos um problema em relação a isso."
Grupos como a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) dizem que o setor gera inflação nos preços dos alimentos, prejudica o meio ambiente e pode piorar os níveis de pobreza dos agricultores de países em desenvolvimento.
Os governos de Europa e Estados Unidos estão estimulando o uso de combustíveis alternativos para limitar as emissões de dióxido de carbono geradas por combustíveis fósseis e reduzir a dependência das importações de petróleo. A União Européia (UE) quer que biocombustíveis como o etanol respondam por 10% do combustível utilizado em seu setor de transportes públicos até 2020. O presidente George W. Bush quer aumentar o consumo de etanol dos EUA com a quase quintuplicação da meta para o uso de combustíveis renováveis até 2017.
"Precisamos trabalhar juntos na comunicação, mesmo que utilizemos diferentes matérias-primas em diferentes países e tenhamos políticas diferentes" para informar o público "sobre os benefícios dos biocombustíveis e, especificamente, do etanol", disse Jank. O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar e de etanol, a partir da cana-de-açúcar, tendo registrado a produção de 30,2 milhões de litros de etanol e de 430 milhões de toneladas de cana na safra 2006-2007. A produção brasileira de cana mais do que dobrará até 2020, passando a 1 bilhão de toneladas.
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