O interesse pela utilização de commodities agrícolas como commodities energéticas está em alta nos EUA devido principalmente ao fato das grandes quantidades de milho que serão utilizadas para produção de etanol.
Muitas questões são levantadas e dentre as principais temos a questão da briga Alimento x Combustíveis, tema que tem colocado frente a frente duas grandes empresas em lados distintos. A Cargill no lado do Alimento e a Bunge no lado dos biocombustíveis; a questão da alta de preço dos alimentos; os subsídios empregados e agora também encontrei um artigo comentando a volatilidade dos preços agrícolas que devido às suas características intrínsecas de produção é completamente diferente da volatilidade do petróleo. Estas diferenças são óbvias para quem entende um pouco de agricultura: sazonalidade e dependência do clima na produção. Enquanto que a produção do petróleo é contínua durante o ano e a capacidade de produção depende apenas do capital investido para extração.
Muitas questões são levantadas e dentre as principais temos a questão da briga Alimento x Combustíveis, tema que tem colocado frente a frente duas grandes empresas em lados distintos. A Cargill no lado do Alimento e a Bunge no lado dos biocombustíveis; a questão da alta de preço dos alimentos; os subsídios empregados e agora também encontrei um artigo comentando a volatilidade dos preços agrícolas que devido às suas características intrínsecas de produção é completamente diferente da volatilidade do petróleo. Estas diferenças são óbvias para quem entende um pouco de agricultura: sazonalidade e dependência do clima na produção. Enquanto que a produção do petróleo é contínua durante o ano e a capacidade de produção depende apenas do capital investido para extração.
Segue abaixo um artigo publicado no Globo, onde um diretor do banco de investimentos Goldman Sachs avalia esta volatilidade. O artigo pode ser acessado em http://oglobo.globo.com/economia/mat/2007/01/30/287619925.asp
Goldman: biocombustíveis são mais voláteis que petróleo
O Globo Online - 30/01/07 - 15h48m Reuters/Brasil Online
LONDRES (Reuters) - As margens dos biocombustíveis são muito mais voláteis do que as do petróleo bruto e os riscos do setor também são mais difíceis de serem gerenciados, disse nesta terça-feira Kiru Rajasingam, do banco de investimentos Goldman Sachs.
Rajasingam, diretor-executivo da área de renda fixa, moedas e commodities, observou que as margens para fabricar etanol a partir do milho nos Estados Unidos (EUA) caíram durante os últimos meses.
``A volatilidade dessas margens é astronômica. É uma volatilidade muito maior do que você poderia esperar para uma refinaria de petróleo bruto', disse ele numa conferência organizada pela Euromoney.
Os preços do etanol caíram recentemente, acompanhando o declínio no mercado de petróleo bruto. Porém, os preços da matéria-prima do combustível, o milho, continuam firmes, acrescentando pressão às margens.
``As margens do biocombustível... não são como as do petróleo bruto, elas podem ser negativas e se tornarem mais negativas. (O petróleo bruto) é um negócio muito menos arriscado para participar', informou.
Rajasingam destacou que, caso as margens do petróleo bruto caiam, o mercado pode se ajustar com a queda dos preços da matéria-prima.
Já a matéria-prima utilizada para a produção de biocombustível é procurada também pelo setor de ração, no caso dos grãos, de forma que os preços não precisam ser reduzidos se as margens se tornarem negativas.
Os biocombustíveis, atualmente fabricados a partir de grãos, cana-de-açúcar e óleos vegetais, podem substituir os combustíveis fósseis e são uma alternativa para promover a redução de emissões de gases do efeito estufa, apontados como um dos fatores que contribuem para o aquecimento global.
``Os desafios para construir uma estrutura de gerenciamento (para os biocombustíveis) são vários', concluiu Rajasingam.
Ele ressaltou que, para o biodiesel, é difícil proteger os custos em parte devido às diferentes matérias-primas utilizadas na produção, como óleo de soja, de colza e de palma.
Ele também observou que diferentes políticas tarifárias, mesmo dentro da União Européia, também tornam mais difícil o 'hedge' da commodity
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