A notícia abaixo publicada no Avisite mostra como a crise está afetando o comércio mundial de carnes. O que impressiona é a queda da carne bovina, setor muito importante para o Brasil:
Em 2009 caem as exportações mundiais das três carnes, diz USDA
Campinas, 17 de Abril - Pela primeira vez em mais de uma década, as importações mundiais das carnes suína, bovina, de peru e de frango apresentam, em um único ano, a mesma tendência: de declínio em relação ao ano anterior. A deterioração da situação econômica mundial, políticas restritivas de comércio, fortalecimento do dólar e mudanças nas condições de mercado estão entre as razões que devem determinar a queda de demanda em alguns dos principais países importadores de carnes.
Campinas, 17 de Abril - Pela primeira vez em mais de uma década, as importações mundiais das carnes suína, bovina, de peru e de frango apresentam, em um único ano, a mesma tendência: de declínio em relação ao ano anterior. A deterioração da situação econômica mundial, políticas restritivas de comércio, fortalecimento do dólar e mudanças nas condições de mercado estão entre as razões que devem determinar a queda de demanda em alguns dos principais países importadores de carnes.
A previsão é do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) e sugere que em 2009 as importações mundiais de carnes podem ficar abaixo dos 20 milhões de toneladas (o estimado para 2008, entre os principais países importadores, foi 20,975 milhões de toneladas), recuando no ano cerca de 5,5% e mantendo-se ligeiramente acima dos 19,715 milhões de toneladas estimados para 2007.
A carne mais afetada pelo problema será a bovina, cujas importações podem decrescer mais de 13%. Para a carne suína está sendo previsto um recuo de 2,96%. Mas como as importações do produto já haviam caído também em 2008, a queda em dois anos pode chegar aos 6,87%, o que corresponderia ao menor volume negociado nos últimos cinco anos.
Influenciadas sobretudo pela Rússia (cujas importações representam 15% das importações mundiais), as compras de carne de frango pode recuar mais de 2%. Isso significa que o volume adquirido internacionalmente, da ordem de 7,732 milhões de toneladas em 2008, pode ficar em torno dos 7,555 milhões de toneladas, o que ainda significará acréscimo de 7,5% sobre os 7,025 milhões de toneladas de 2007.
A queda nas importações implica, naturalmente, na concomitante queda das exportações. Mas – detalhe importantíssimo – enquanto prevê que nos EUA as exportações recuarão mais de 10%, o USDA sugere que as exportações de carne do frango do Brasil podem aumentar cerca de 2%. É pouco, sem dúvida, mas é (na visão do USDA) o único País exportador em que as vendas externas de carne de frango tendem a crescer. Em um nível que elevaria a participação brasileira de 38,61% (2008) para 42,23% das exportações mundiais.
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