O comportamento altista das principais commodities agrícolas e a tendência destes valores permanecerem por algum tempo tem feito os investidores a voltarem seus olhos e bolsos para fundos de commodities.
O artigo abaixo foi traduzido da edição de 11 de dezembro da Commodity News for Tomorrow, publicação da CBOT (Chicago Board of Trade) que pode ser encontrada em www.cbot.com/commoditynews :
Commodities agrícolas voltam à moda entre os investidores
Os preços futuros de grãos e oleaginosas têm crescido constantemente no último ano, mas muitos analistas dizem que o setor ainda tem condições ir além.
O setor, antes fora de moda, está ganhando força com os investidores graças ao aumento da demanda de alimentos, o uso de matérias-primas agrícolas na produção de biocombustíveis e ao nervosismo nos mercados mais tradicionais como petróleo e metais.
Muitos analistas esperam esta tendência para, pelo menos, os próximos cinco anos, quando as commodities agrícolas seguirão o petróleo e os metais no atual ciclo de alta (“Bull”) de commodities.
“A agricultura é uma das áreas mais fortes para tendências altistas”, disse Michael Lewis, principal analista global de pesquisa de commodities do Deustche Bank.
Interesse nos mercados futuros agrícolas tem crescido devido ao nervosismo em outros mercados de commodities, especialmente nos metais devido à turbulência no mercado global, disse Lewis. Existem também incertezas em comprar petróleo após os preços recentemente subirem para cerca de US$ 100 o barril.
O Sub-Índice Dow Jones – AIG Grains subiu 25,5% em um ano no final de Novembro e o Sub-Íìndice Agrícola subiu 15,5%. Mas o Índice de Commodities Dow Jones – AIG subiu apenas 10,7% no mesmo período.
Como ouro e petróleo, os mercados agrícolas estão agora sendo vistos como “portos seguros” para as preocupações com inflação e aversão ao risco dos investidores que tem tido pouco impacto ao setor, conforme disseram analistas do Commerzbank.
Somente os fundos agrícolas da Schoroders alcançaram US$ 1,65 bilhões em ativos no primeiro ano de funcionamento, no final de outubro. Os ativos então aumentaram outros 21% alcançando US$ 2 bilhões no final de novembro.
“Os preços agrícolas têm estado estáveis por 25 anos e somente começaram a subir no ultimo ano”, disse o gerente de fundo Rodolphe Roche. “Nós acreditamos que estamos no inicio de uma alta no mercado agrícola que pode continuar pelos próximos 20 anos”.
Nem todos no mercado compartilham deste entusiasmo.
Alguns traders observaram que em 2006 os preços futuros do açúcar em Nova Iorque atingiram seu maior valor nos últimos 25 anos e somente pela produção recorde de excedentes nas duas safras posteriores, seus preços caíram cerca de 58%.
“As commodities agrícolas têm também passado por um histórico de expansão e contração de preços”, disse um analista londrino. Ele disse que os mercados irão se estabilizar dentro de um ou dois anos conforme a demanda de grãos para produzir etanol ficar menor do que a produção.
Lewis também disse que a corrida por produtos agrícolas pode ser menor do que a por metais e petróleo, porque os produtores podem responder aos sinais de mercado mais rapidamente.
A maioria dos produtores de grãos somente precisa de um ano para reagir aos preços quando tomam decisões sobre que cultura plantar, enquanto que ajustar minas e refinarias toma muito mais tempo. A área mundial de trigo espera-se que cresça 4% na próxima safra em responda aos altos preços.
Entretanto, a maioria dos investidores está confiante que a corrida altista dos produtos agrícolas irá durar pelo menos outros cinco anos.
A empresa inglesa Close Investments Ltd está planejando lançar neste mês um fundo de investimentos de duração de seis anos investindo igualmente em mercados futuros de trigo, soja e milho em Chicago, trigo em Kansas City e açúcar em Nova Iorque. O objetivo deste fundo é captar 20 milhões de libras em capital.
“Nós sentimos que é uma hora apropriada no mercado e não está diretamente relacionado aos demais mercados financeiros”, disse Roland Kitson, diretor da Close Investments. O entusiasmo renovado por commodities agrícolas está refletindo no apetite por conhecimento sobre o setor.
Em contraste com este problema de oferta que alavancou os preços globais do trigo aos seus maiores níveis neste ano, analistas esperam que os preços sejam suportados no longo prazo pelo aumento das necessidades globais de alimentos.
“É um caso de demanda”, disse Hussei Allidina do Morgan Stanley. Disse também que os preços futuros do trigo em Chicago podem cair a um mínimo de US$ 6,50 o bushel em 2008-09, de uma média de US$ 8,00 em 2007-08, devido ao aumento da área plantada pelos agricultores. Mas devido à forte demanda por alimentos, ele não espera que volte a US$ 2,80 – 3,80, intervalo da década passada.
“É um caso muito claro de demanda”, com o crescimento da população e o rápido crescimento da riqueza nos mercados emergentes como China e Índia, disse Patrick Armstrong, analista do Insight Investments. E conforme a receita aumenta, mais pessoas incluem leite e carne em suas dietas, disse Armstrong.
Espera-se que as importações chinesas de soja cresçam 18% em 2007-08 para 34 milhões de toneladas, de acordo com projeções do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
“O setor agrícola está pronto para impulsionar as commodities e pronto para durar pelo menos seis ou sete anos”, disse Armstrong.
O artigo abaixo foi traduzido da edição de 11 de dezembro da Commodity News for Tomorrow, publicação da CBOT (Chicago Board of Trade) que pode ser encontrada em www.cbot.com/commoditynews :
Commodities agrícolas voltam à moda entre os investidores
Os preços futuros de grãos e oleaginosas têm crescido constantemente no último ano, mas muitos analistas dizem que o setor ainda tem condições ir além.
O setor, antes fora de moda, está ganhando força com os investidores graças ao aumento da demanda de alimentos, o uso de matérias-primas agrícolas na produção de biocombustíveis e ao nervosismo nos mercados mais tradicionais como petróleo e metais.
Muitos analistas esperam esta tendência para, pelo menos, os próximos cinco anos, quando as commodities agrícolas seguirão o petróleo e os metais no atual ciclo de alta (“Bull”) de commodities.
“A agricultura é uma das áreas mais fortes para tendências altistas”, disse Michael Lewis, principal analista global de pesquisa de commodities do Deustche Bank.
Interesse nos mercados futuros agrícolas tem crescido devido ao nervosismo em outros mercados de commodities, especialmente nos metais devido à turbulência no mercado global, disse Lewis. Existem também incertezas em comprar petróleo após os preços recentemente subirem para cerca de US$ 100 o barril.
O Sub-Índice Dow Jones – AIG Grains subiu 25,5% em um ano no final de Novembro e o Sub-Íìndice Agrícola subiu 15,5%. Mas o Índice de Commodities Dow Jones – AIG subiu apenas 10,7% no mesmo período.
Como ouro e petróleo, os mercados agrícolas estão agora sendo vistos como “portos seguros” para as preocupações com inflação e aversão ao risco dos investidores que tem tido pouco impacto ao setor, conforme disseram analistas do Commerzbank.
Somente os fundos agrícolas da Schoroders alcançaram US$ 1,65 bilhões em ativos no primeiro ano de funcionamento, no final de outubro. Os ativos então aumentaram outros 21% alcançando US$ 2 bilhões no final de novembro.
“Os preços agrícolas têm estado estáveis por 25 anos e somente começaram a subir no ultimo ano”, disse o gerente de fundo Rodolphe Roche. “Nós acreditamos que estamos no inicio de uma alta no mercado agrícola que pode continuar pelos próximos 20 anos”.
Nem todos no mercado compartilham deste entusiasmo.
Alguns traders observaram que em 2006 os preços futuros do açúcar em Nova Iorque atingiram seu maior valor nos últimos 25 anos e somente pela produção recorde de excedentes nas duas safras posteriores, seus preços caíram cerca de 58%.
“As commodities agrícolas têm também passado por um histórico de expansão e contração de preços”, disse um analista londrino. Ele disse que os mercados irão se estabilizar dentro de um ou dois anos conforme a demanda de grãos para produzir etanol ficar menor do que a produção.
Lewis também disse que a corrida por produtos agrícolas pode ser menor do que a por metais e petróleo, porque os produtores podem responder aos sinais de mercado mais rapidamente.
A maioria dos produtores de grãos somente precisa de um ano para reagir aos preços quando tomam decisões sobre que cultura plantar, enquanto que ajustar minas e refinarias toma muito mais tempo. A área mundial de trigo espera-se que cresça 4% na próxima safra em responda aos altos preços.
Entretanto, a maioria dos investidores está confiante que a corrida altista dos produtos agrícolas irá durar pelo menos outros cinco anos.
A empresa inglesa Close Investments Ltd está planejando lançar neste mês um fundo de investimentos de duração de seis anos investindo igualmente em mercados futuros de trigo, soja e milho em Chicago, trigo em Kansas City e açúcar em Nova Iorque. O objetivo deste fundo é captar 20 milhões de libras em capital.
“Nós sentimos que é uma hora apropriada no mercado e não está diretamente relacionado aos demais mercados financeiros”, disse Roland Kitson, diretor da Close Investments. O entusiasmo renovado por commodities agrícolas está refletindo no apetite por conhecimento sobre o setor.
Em contraste com este problema de oferta que alavancou os preços globais do trigo aos seus maiores níveis neste ano, analistas esperam que os preços sejam suportados no longo prazo pelo aumento das necessidades globais de alimentos.
“É um caso de demanda”, disse Hussei Allidina do Morgan Stanley. Disse também que os preços futuros do trigo em Chicago podem cair a um mínimo de US$ 6,50 o bushel em 2008-09, de uma média de US$ 8,00 em 2007-08, devido ao aumento da área plantada pelos agricultores. Mas devido à forte demanda por alimentos, ele não espera que volte a US$ 2,80 – 3,80, intervalo da década passada.
“É um caso muito claro de demanda”, com o crescimento da população e o rápido crescimento da riqueza nos mercados emergentes como China e Índia, disse Patrick Armstrong, analista do Insight Investments. E conforme a receita aumenta, mais pessoas incluem leite e carne em suas dietas, disse Armstrong.
Espera-se que as importações chinesas de soja cresçam 18% em 2007-08 para 34 milhões de toneladas, de acordo com projeções do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
“O setor agrícola está pronto para impulsionar as commodities e pronto para durar pelo menos seis ou sete anos”, disse Armstrong.
Um comentário:
Para acompanhar as cotações de commodities em tempo real de forma gratuita - http://www.forexpros.com.pt/commodities/cota%C3%A7%C3%A3o-de-futuros-em-tempo-real
Postar um comentário